quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O poder do sal grosso

Fonte: http://ceuesperanca.com.br/textos/o-poder-do-sal-grosso/

O sal grosso é considerado um potente purificador de ambientes.
Povos diferentes usam o sal para combater o mau-olhado e deixar a casa a salvo de energias nefastas.

O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos radiestesistas.

Ele tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos.
Visto do microscópio, o sal bruto revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados.

As energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa.
Por isso, colocar um copo de água com sal grosso ou sal de cozinha, equilibra essas forças e deixa a casa mais leve.

Para uma sala média onde não circula muita gente, um copo de água com sal em dois cantos, é suficiente.
Em dois ou três dias já se percebe a diferença.

Quando formam-se bolhas, é hora de renovar a salmoura.
A solução de água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera,reequilibrando a energia dos ambientes...

Principalmente em locais fechados, escuros ou mesmo antes de uma tempestade, esses íons têm efeito intensificador e podem provocar tensão e irritação.

A prática simples de purificação com água e sal, deve ser feita à menor sensação de que o ambiente está carregado, depois de brigas ou à noite no quarto, para que o sono não seja perturbado.
Banho de sal grosso e o antigo escalda-pés (mergulhar os pés em salmoura bem quente), têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo.

Para quem mora longe da praia, é um ótimo jeito de relaxar e renovar as energias.
Já foi considerado o ouro branco (salmoura para conservar alimentos).

Os povos foram desenvolvendo técnicas de usar o sal, como as abaixo descritas: Uma pitada de sal sobre os ombros, afasta a inveja.

Para espantar o mau-olhado ou evitar visitas indesejáveis,caboclos 
e caipiras costumam colocar uma fileira de sal na soleira da porta ou um copo de salmoura do lado esquerdo da entrada.
A mistura de sal com água ou álcool, absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar e impede que a inveja, o mau-olhado e outros sentimentos inferiores, entrem na casa.

Depois de uma festa, lavar todos os copos e pratos com sal grosso, para neutralizar a energia dos convidados, purificando a louça para o uso diário.

Tomar banho de água salgada com bicarbonato de sódio, descarrega as energias ruins e é relaxante. O único cuidado é não molhar a cabeça, pois é aí que mora o nosso espírito e ele não deve ser neutralizado.

Na tradição africana, quando alguém se muda, as primeiras coisas a entrar na casa são: um copo de água e outro com sal. Usam sal marinho seco, num pires branco atrás da porta para puxar a energia negativa de quem entra.

Também tomam banho de água salgada com ervas, para renovar a energia interna e a vontade de viver.
No Japão, o sal é considerado poderoso purificador.

Os japoneses mais tradicionais, jogam sal todos os dias na soleira das portas e sempre que uma visita mal vinda vai embora.

Representa o símbolo de lealdade na luta de sumô. Os campeões jogam sal no ringue, para que a luta transcorra com lealdade.
Use esse poderoso aliado! É barato, fácil de encontrar e pode nos ajudar em momentos de dificuldade energética e esgotamento.

Modo de tomar o banho de sal grosso
Após seu banho convencional, deixe um punhado de sal grosso escorrer do pescoço para baixo, embaixo da água da ducha. Uma opção que agrada muitas pessoas, é colocar um punhado de sal dentro de uma meia,e repousar esta na nuca (atrás do pescoço) debaixo da ducha. Não é aconselhável banhos freqüentes com o sal. De preferência para os banhos na fase da Lua Cheia, utilize velas no banheiro, e se quiser ativar sua intuição, apague as luzes do banheiro.

Benefícios de banhos e escalda pé com sal grosso
Benefícios Fisiológicos.
Ajuda a desintoxicar o corpo e afastar os vírus.
Estimula a circulação natural para a melhoria da saúde.
Ajuda a aliviar o pé do atleta, calos e calosidades.
Relaxa a tensão, dores musculares e nas articulações.
Ajuda a aliviar artrite e reumatismo.
Ajuda a aliviar a dor lombar crônica

Benefícios estéticos
Tira as impurezas da pele.
Alivia irritações da pele como psoríase / eczema.
Alivia comichão, ardor e picadas.
Suaviza e amacia a pele.
Incentiva a pele se renovar.
Ajuda a curar as cicatrizes.
Restaura o equilíbrio a umidade da pele.
Alivia o cansaço, os pés doloridos e os músculos da perna.
Alivia a tensão nas mãos e punhos.
Ajuda a aliviar lesões no desporto Psico-física.
Proporciona um relaxamento profundo.
Ajuda a aliviar o estresse e tensão.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ONDE VOCÊ COLOCA O SAL ?


autoria desconhecida

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
Qual é o gosto? - perguntou o Mestre. 
Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovemjogou o sal no lago.
Então o velho disse:- Beba um pouco dessa água. 
Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:- Qual é o gosto?'
- Bom! disse o rapaz.- Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
- Não... -disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e
disse:- A dor na vida de uma pessoa não muda. 
Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. 
Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. 
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.

domingo, 26 de agosto de 2012

Perguntas e respostas sobre a Obra, Missão e Vaidade.




O que é essa missão?
Missão nada mais é do que um compromisso em cumprir uma determinada tarefa. No caso do umbandista a nossa missão é fazer a caridade e ensinar a fé e o amor a Deus, aos Orixás e ao próximo. Como espíritas, nossa missão também compreende o desapego das más tendências como o ódio, vícios da carne, inveja, vaidade etc.

E a obra, o que é?
a obra é a união de todas as missões e, por lógica, de seus missionários (não confunda com um missionário pentecostal como R. R. Soares e outros, no caso da umbanda missionário são todos que sabem de sua missão). Em outras palavras a obra é o terreiro.

Mas o terreiro não é um templo?
Se limitarmos a nossa visão, sim o terreiro é apenas uma edificação que pode ser chamada de templo, tenda, casa, roça, aldeia etc. Só que o propósito deste blog é abrir as mentes das pessoas, por isso entenda a imaterialidade da Casa Umbandista, um terreiro é a união de pessoas como irmãos de fé (espiritualidade), livres de suas relações maritais, de pai e filho ou de patrão e empregado. Lá somos todos frutos da mesma fonte (Deus, Zambi, Olorum, Oxalá) e estamos lá com único propósito: cumprir nossa missão enquanto conscientizamos outras pessoas de suas respectivas missões.

Se somos todos irmãos e frutos da mesma fonte, por que há Pais e Mães de Santo?
Os pais em um terreiro nada mais são do que pessoas mais experientes as quais os Orixás Superiores depositaram certa confiança para que eles conduzam os demais irmãos no rumo certo. Pais e Mães de Santo não são perfeitos, vão aprendendo a cada dia e são passíveis de cair nas mesmas armadilhas da vida que todos os filhos, contudo possuem visão mais aguçada espiritualidade e conseguem assim evitar com mais facilidade alguns defeitos que podem derrubar uma casa.

E quais defeitos são esses?
A falta de desprendimento e principalmente a vaidade. Há muitos outros, mas classifiquei estes como os mais nocivos porque a falta de desprendimento faz com que a pessoa confunda outras faces da vida - como a cotidiana, amizades, emprego, família, esposa e filhos - com a cena espiritual. Não raro temos de receber desafetos em nossa casa e é nossa obrigação tratá-los com o mesmo amor que damos aos demais. Já a vaidade é, segundo o Senhor Marabô, "Uma praga traiçoeira que rasteja no escuro e te paga pelos calcanhares e antes que você se dê conta, ela já está na sua cabeça". Aí você passa a se achar mais especial do que é, perde fo foco na obra e na missão e não raro começa a se enfeitar da cabeça aos pés ao ponto da forma ter mais destaque que o conteúdo.

E o que acontece com pessoas assim?
Nós as alertamos do que está acontecendo, mas a Umbanda é feita de simplicidade e quando a vaidade se apresenta o templo reage naturalmente como um organismo reage a um vírus. O resultado é um desconforto sentido por todos e o vaidoso acaba se corrigindo sozinho ou termina por sair e procurar um novo rumo.

E o que você recomenda para os leitores poderem trilhar bem sua jornada na Umbanda.
Fé em Deus e na obra, foco na missão, simplicidade e bom senso. E lembre-se: Não se envaideça, vocês não são especiais sozinhos, são lindos quando vibram em conjuntos, todos iguais.

Fonte:  http://serumbandista.blogspot.com.br/2012/07/perguntas-e-respostas-sobre-obra-missao.html
Agradeço o nosso irmão Cláudio Correa por nos alertar sobre as fontes, que por vezes nos esquecemos de indicar.
Pedimos desculpas a todos os irmãos que assim fizemos e estaremos corrigindo as falhas ao longo dos próximos dias.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Magia de Umbanda


objetivo que iremos abordar é sobre a interface entre as manifestações a nível material e astral de várias manipulações energéticas e suas formas de atuação e utilização.
O principio base da magia na Umbanda vem da união de luz, som e movimento. Vindo desde os tempos imemoriáveis, passando pela grande explosão e se perpetuando até os dias de hoje. O maior exemplo disso no ritual de umbanda é a própria gira, onde se observa claramente a união deste fundamento. Dentro de cada unidade encontramos ainda variações vibratórias, mais ou menos densas, interligadas entre si.
Os organismos primários para a manipulação energética são os quatro elementos da natureza (fogo, água, terra e ar) que servem como “matéria prima” para a confecção magística. A partir do objetivo deve ser analisado qual é o elemento que vibrara mais perto do objetivo almejado.
Vamos exemplificar as características para cada um dos quatro:
Fogo
As características básicas do principio do fogo são o calor e a expansão, é um elemento características do pólo positivo construtivo, criador, gerador, e seu pólo negativo é desagregador e exterminador.

Água
Elemento contrario ao fogo, suas características básicas são o frio e a retração, é um elemento com as características do pólo positivo construtivo, doadora de vida, nutriente, preservador, e seu pólo negativo desagregador, fermentador, decompositor e dissipador.

Ar
Elemento intermediário entre o fogo e a água, assumindo do fogo o calor e da água a umidade, é um elemento com o pólo positivo a característica da doação da vida, e no negativo exterminador.

Terra
Como o ar, também é um elemento transitório porem é uma integração entre o fogo, água e ar, com uma característica especifica a solidificação.

1. Feitiço
O encantamento ou enfeitiçamento de objetos ou seres sempre implicava na presença de um mago, porque era um processo vinculado à velha magia. O homem percebeu que poderia tira melhor proveito dessa acumulação de forças e dinamização do éter físico de objetos ou seres. Logo surgiram os filtros mágicos e as beberagens misteriosas, para favorecer amores e casamentos, enquanto se faziam amuletos com irradiações nocivas, com finalidades vingativas. A palavra feitiço, que definia a arte de encantar a serviço do bem, passou-se a indicar um processo destrutivo ou de magia negra.

O feitiço é o processo de convocar forças do mundo oculto para catalisar objetos, que depois irradiam energias maléficas em direção às pessoas visadas. O fenômeno é perfeitamente lógico e positivo, porque toda ação enfeitiçante é ativada no campo das energias livres, em correspondência com as energias integradas nas coisas, objetos e seres. O que o mago faz é inverter os pólos dessas forças, empregando-as num sentido agressivo e destruidor, conforme acontece com as próprias energias da natureza descoberta pelos homens.
2. Concepção setenária dos corpos
De acordo com a concepção setenária (divisão dos corpos em sete), o Homem-Espírito se compõe de dois estratos distintos: a tríade divina, constituída do "Eu Crístico", e o quaternário inferior, ligado ao ego e mutável como ela. Nestes estratos, cada corpo tem denominação e características distintas, com manifestação limitada à dimensão a que está adstrito, pois cada um destes corpos vibra em universo dimensional distinto.

I - Corpo Físico
O corpo físico é a “carcaça” em que vivemos pesado e quase incômodo, de que nos utilizamos para atuar no plano físico, constituído de compostos químicos habilmente manipulados pelo fenômeno chamado vida. Porque constituído de matéria, nosso corpo opera no meio físico com facilidade, pois corpo e meio físico pertencem à mesma dimensão eletromagnética.

II - Corpo Etérico
Como o nome indica, esse corpo tem estrutura tênue, invisível porque diáfana, de natureza eletromagnética densa, mas de comprimento de onda superior ao da luz ultravioleta, razão por que é facilmente dissociado por esta. Pode-se dizer que se trata de matéria tangenciando a imaterialidade. O equilíbrio fisiológico reflete a harmonia que reina no cosmo, e o corpo etérico tem por função estabelecer a saúde automaticamente, sem interferência da consciência. Funcionando como mediador plástico entre o corpo astral (corpo mais grosseiro do espírito) e o físico, o corpo ou duplo etérico é de natureza material: pertence aos domínios do homem-carne.

a. Constituição e propriedades - O ectoplasma
Em situações normais o corpo etérico não se separa do corpo somático da criatura viva, ao contrário dos corpos astral e mental; ele é físico, está jungido à carne. Quando separado através de energia vinda de fora do corpo, isso acontece por momentos apenas, em distância também reduzida. Sabe-se, hoje, que esse corpo é constituído de material a que Richet deu o nome de ectoplasma. Trata-se, com efeito, de substância semelhante a um plasma, fluído fino que tem a propriedade de se condensar logo que exsudado do corpo do doador. Enquanto o corpo somático é composto por sólidos, líquidos e gases que formam células, tecidos, órgãos e aparelhos, o corpo etérico é constituído pelos mesmos elementos e minerais, estruturados, porém, em estado tão tênue que escapa por inteiro ao crivo laboratorial - a não ser quando o corpo é exteriorizado e condensado suficientemente, de modo a se tornar visível e palpável: nestas anormais condições, fragmentos foram analisados em laboratório, constatando-se a dominância de elementos proteínicos semelhantes aos dos órgãos carnais. Embora pareça fantasma, o corpo etérico não é espiritual e se dissolve com a morte, ao cabo de algumas horas. Ás vezes é visto nos cemitérios, em forma de nuvem leve que aos poucos se dissolve. Como já frisamos, não tem consciência. E pode servir de alimento vital para espíritos humanos inferiores e à imensa variedade de seres habitantes do astral, principalmente os zoologicamente inferiores e os que
costumam freqüentar cemitérios. Clarividentes sem experiência não raro confundem esses duplos etéricos desativados (cascões) com fantasmas de mortos.

b. - Doenças etéricas
Grande número de doenças que se considera radicadas no corpo físico têm como sede, na realidade, o substrato anatômico da organização etérica. É dali que passam para o corpo somático, onde aparecem como disfunção vital. Tal fato, apenas um dentre muitos deveria merecer dos cientistas médicos uma atenção cuidadosa, pois abre campos de investigação ainda não devassados por lentes e escalpelos.

c. - Uma ponte entre o físico e o astral
Por intermédio da estrutura etérica todos os atos volitivos, os desejos, as emoções e quaisquer manifestações da consciência superior passam a atuar sobre o corpo físico ou, mais precisamente, sobre o cérebro carnal. Ela promove a necessária degradação de freqüência entre o campo espiritual do astral e o campo físico.

III - Corpo Astral
A alma recebeu de Kardec o nome genérico de "perispírito". Nesta denominação foram abrangidos os diversos corpos "sutis”, até mesmo o etérico que, no entanto, é físico. Para Kardec são sinônimos, portanto, "alma" e "espírito". Para nós, "alma" e "perispírito" é que deveriam ser sinônimos, ambas as expressões designando o conjunto de envoltórios do espírito, desde o corpo astral aos outros, mais sutis (com obvia exceção do etérico).

a. Importância e densidade
Dá-se o nome de corpo astral ao invólucro espiritual mais próximo à matéria, tanto que facilmente pode ser visto pelos clarividentes. Todos os espíritos que incorporam em médiuns possuem esta estrutura corpórea sutil. Ela é tão necessária para a manifestação do espírito, na dimensão em que se encontra (astral), como o corpo para os humanos. É com este corpo que os espíritos vivem na dimensão astral; os que se comunicam habitualmente nas sessões espíritas possuem este veículo mais ou menos denso, conforme o grau evolutivo do seu possuidor. Aqueles que já não o possuem, porque mais evoluídos, comunicam-se com os médiuns por sintonia mental, sem incorporação.

O corpo astral não tem a mesma densidade em todas as criaturas humanas. Varia grandemente de massa, de tal modo que o homem desencarnado possui verdadeiro peso específico que, em Física, é resultado da massa de um corpo dividida por seu volume: P = M/V. Este estado de maior ou menor densidade é que diferencia os espíritos: quando desencarnados, somos quase automaticamente localizados na região ou faixa vibratória do mundo espiritual que for mais compatível com nosso peso específico.
b. Propriedades e funções do corpo astral
Esta facilidade de separar-se do corpo físico é característica do corpo astral. Imaterial e de natureza magnética, não tem constituição fluídica como o duplo etérico; não se condensa e tampouco forma objetos materializados, pois de natureza completamente diversa da matéria. No entanto, pode ser modelado pela ação da força mental com relativa facilidade. Desta propriedade nos servimos em técnica de tratamento de espíritos enfermos, aleijados, mutilados ou feridos, que ainda sentem os sofrimentos das enfermidades que lhes provocaram a morte. Uma das mais importantes funções do corpo astral é a da sensibilidade. Sabemos que ela reside nesse campo ou dimensão; o corpo físico apenas transmite estímulos recebidos, cabendo à estrutura o registro da sensação dolorosa ou de prazer. Os vícios são de natureza psíquica exatamente por causa disso; sua origem está no astral: é o astral que sente. Por esta razão, levamos conosco os nossos vícios e paixões. Ao morrermos; se fosse de modo diverso, não haveria motivo para desencarnados continuarem sofrendo dores de natureza física. Nem serem portadores de deformações dolorosas como se constata, em reuniões espíritas. A sensação é a mais grosseira forma de sentimento. Já a emoção tem mais complexidade, ligando-se ao desejo; pode ser exacerbada até atingir a anormalidade da paixão. Mas não nos esqueçamos que tanto sensações como emoções são estados muito importantes de consciência, pois dão colorido e força aos nossos atos. A luta maior que travamos - contra nós mesmos, em favor de nossa evolução consiste precisamente em refrear, policiar e dominar desejos e sentimentos, principalmente as paixões. Desde os impulsos instintivos e animais, como a fome, sede, desejo sexual, até os sentimentos elevados como o amor ao próximo, solidariedade, amizade, afeto, ternura etc., ou as desenfreadas paixões de posse, poder ou concupiscência. Todas as emoções e desejos se manifestam no mundo astral. Desse corpo, e por evolução, os sentimentos se devam e passam a outros níveis de consciência, próprios de espíritos superiores.

c. Alimentos e "morte" do corpo astral
Nosso corpo astral perde energia constantemente, necessitando de suprimento energético para sua sustentação, tal qual o corpo físico. Mas a natureza deste alimento varia muito; vai dos caldos protéicos necessários aos espíritos muito materializados, fornecidos pelas casas de socorro no astral, até as quintessenciadas energias que alimentam os espíritos superiores, colhidas (através da prece) diretamente do infinito reservatório de energia cósmica. Espíritos habitantes do astral inferior ainda bastante animalizados costumam comer até mesmo alimentos humanos. Se: houver perda de energias sem a necessária reposição, principalmente em decorrência de paixões, o espírito pode perder o corpo astral; ficará reduzido a um ovóide inativo, conforme nos relata ANDRÉ LUIZ.
A forma normal de se perder este corpo, no entanto, é por evolução; assim como se perde o corpo físico pela morte, perde-se também o astral. Os espíritos que já não o possuem mais, porque muito evoluídos, não podem ser vistos pelos moradores mais grosseiros desse plano - como já vimos.

Em síntese: a evolução faz com que nos afastemos cada vez mais de organizações densas, próprias da matéria, até abandoná-las por completo. A involução, por outro lado, pode também nos levar este corpo - exatamente como se perde o corpo físico em conseqüência de vícios e paixões.
IV - Corpo Mental
Este é o veículo de que se utiliza o eu cósmico para se manifestar como intelecto concreto e abstrato; nele a vontade se transforma em ação, depois da escolha subjacente ao ato volitivo. Campo do raciocínio elaborado dele brotam os poderes da mente, os fenômenos da cognição, memória e de avaliação de nossos atos, pois que é sede da consciência ativa, manifestada. Enquanto do corpo astral fluem a sensibilidade física e as emoções, o veículo mental pode ser considerado fonte da intelectualidade.
De certa forma, o corpo mental ainda constitui invólucro inferior, pois padece da horizontalidade desses fenômenos ou funções a que se convencionou chamar "intelecto". Somente em níveis superiores de consciência - em que estão presentes, no mais alto grau, as virtudes que resultam do afetivo amor por todos os seres - pode manifestar-se a espiritualidade mais elevada, nossa essência.

a. Mental concreto e mental abstrato
Este campo, corpo ou dimensão do Homem-Espírito costuma ser dividido em dois, para melhor compreensão:
- Corpo mental concreto, chamado também de mental inferior: trata de percepções simples e bem objetivas, como, por exemplo, as de objetos materiais, pessoas, casas, veículos, etc.:
- Corpo mental abstrato, corpo causal ou mental superior: elabora e estrutura princípios e idéias abstratas, buscando sínteses ou conclusões que, por sua vez, são geradoras de novas idéias - é assim ad infinitum - processo responsável pelo avanço científico e tecnológico, além de todo o nosso embasamento filosófico.

b. Aura - Projeções mentais
O corpo mental tem forma aproximadamente ovóide, envolvendo o corpo físico. Suas porções periféricas constituem a aura, que tem tamanho e cores variáveis de acordo com a freqüência dos campos vibratórios gerados pelos pensamentos. Aos clarividentes é fácil perceber o que se passa na mente das criaturas: pensamentos bons têm cores claras, cristalinas, brilhantes; os inferiores (ódio, inveja, maldade, vingança. etc.) apresentam cores escuras, densas e desagradáveis.

A aura, portanto, revela a nota tônica do campo mental das pessoas. A energia da mente pode ser projetada no espaço através de estruturas conhecidas como formas-pensamento. Constituídas de um núcleo de energia com forma moldada pela mente que as projeta, elas podem prejudicar ou beneficiar as pessoas que visam, conforme a vontade de quem as crie - consciente ou inconscientemente. Negativas, assumem formas de dardos, setas, projéteis ou campo turvo, por exemplo. Positivas, com mais eficiência tomam as formas que o operador desejar; podemos, por exemplo, empregar a energia da mente também para beneficiar espíritos desencarnados, limpando-os, vestindo-os e alimentando-os, no objetivo de melhorar suas condições espirituais. A dimensão natural dessa energia é o mental. Projetada, ela normalmente atua primeiro sobre o campo ou corpo mental de outros seres, daí passando para os corpos ou campos astral e etérico, para enfim agir sobre o físico, já convertida em ação psicomotora. Se lançada com emoções, porém, se revestirá de massas magnéticas tanto mais densas e turvas quanto mais baixas (e negativas) forem as freqüências vibratórias das emoções; nestes casos, em que se inclui a geração de formas-pensamento, a energia mental emitida atingirá primeiro e diretamente: o corpo astral da criatura visada, de onde passará para o etérico e, em seguida, o físico. O pensamento é força viva. A energia que projeta é proporcional à potência da mente e à força de vontade do emissor.
d. Outras propriedades
Não se conhece, na intimidade, a fisiologia desse campo, estrutura, dimensão ou corpo que chamamos "mental". Tudo indica, porém, que seja de natureza magnética, com freqüência vibratória muito superior à do corpo astral. Que a energia mental é de natureza magnética parecem indicar experiências que vimos fazendo desde há doze anos, e das quais se originou uma das nossas mais interessantes técnicas, em tratamentos de desobsessão: a espolarização dos estímulos da memória, de que trataremos adiante. Por pertencer a um universo dimensional próprio, o corpo mental apresenta propriedades e funções específicas, além de ação mais poderosa e penetrante que a do corpo astral. Esta energia irradiada não é uniforme. Varia enormemente de freqüência, segundo a qualidade ou natureza do pensamento: se grosseiro, se veicular interesses inferiores ou se maléfico (revestido de emoções de ódio, agressão ou inveja, por exemplo), terá freqüência muito baixa. A energia será de escassa penetração, mas o pensamento terá massa. E se essa massa malfazeja alcançar a estrutura astral da vítima poderá aderir a da (principalmente se coincidir com algum abaixamento da tônica de freqüência da pessoa), prejudicando-a sobremaneira. É o caso das práticas de magia negra, que tendem a tornar cada vez mais baixas as vibrações das pessoas visadas, causando-lhes sofrimentos e angústias indefiníveis, mal-estar, sensações de abafamento etc. Ao contrário, se o pensamento for impregnado de bondade, compaixão, amor, solidariedade (tudo, enfim, que tenda à harmonia), a criatura visada haverá de se sentir bem, esperançosa, feliz, com sensação de indefinível leveza. Isso se explica pela freqüência da emissão, pois vibrações superiores à tônica da pessoa dão-lhe bem-estar; se inferiores, o efeito será oposto. O pensamento, como se vê, pode ser criador ou destrutivo. Se a criatura possui uma freqüência elevada como nota tônica de sua personalidade, as formas-pensamento negativas não têm condições de aderir ao seu corpo astral: são automaticamente repelidas. Nada se envisca à estrutura corporal-espiritual das criaturas em que a bondade e a pureza são características dominantes; formas-pensamento maléficas só podem atingir pessoas que estejam em faixa vibratória compatível.

e. - Ressonância mental
O corpo mental é muito ou pouco refinado, na medida do grau de desenvolvimento intelectual e moral. Ao pensar, o Eu imprime vibração específica no campo ou estrutura mental, com o estado vibratório se propagando em todas as direções - como, aliás, acontece com fenômenos de que se ocupa a Física. Ao receber, essa energia com onda de comprimento fixo, todos os campos ou estruturas (corpos) mentais que estiverem na mesma freqüência, ou em harmonia com da, entram em ressonância vibratória.

Se o pensamento for de natureza elevada, os seres afinados vibrarão nessa nota tônica, reforçando a onda inicial. Com pensamentos maléficos ou de baixo nível moral acontece o mesmo.
É fácil, por isso, compreender a importância de se manter a tão decantada higiene mental e os bons pensamentos, a pureza de coração recomendada por Mestres, iniciados e espíritos evoluídos de todas as eras. Vivemos atolados em ambiente de baixo nível vibratório, onde predominam emanações passionais e interesses materiais rasteiros, imediatistas: um oceano de baixas freqüências. Se cultivarmos pensamentos e atitudes de elevado padrão moral, essas emanações inferiores não nos atingirão. Mas se procedermos de modo inverso, estaremos sintonizando essas faixas negativas, rebaixando nosso tônus vibratório mental e, em conseqüência, afundando em processo de inferiorizarão que implica sofrimento, conflitos e doenças.
V - Corpo Buddhi
Quase nada se pode dizer sobre a estrutura vibratória (ou campo, corpo, ou dimensão) mais próxima do espírito. Tão distante está este corpo de nossos padrões físicos e de nossos meios de expressão que não há com que compará-lo, descrevendo-o. É possível dizer que buddhi é o perispírito na acepção etimológica do termo: constitui a primeira estrutura vibratória que, envolvendo o espírito manifesta-o de modo ativo.

VI - O Corpo Átmico Ou Espírito Essência
Haveria alguma forma de definir Aquilo que, por definição, transcende símbolos e palavras? Qualquer tentativa de descrever o que designamos por "Espírito" resultará deficiente porque, para isso, a ineficácia das palavras tem sido comprovada ao longo dos milênios e sucessivas civilizações.

Clássicos, contudo, e milenares os conceitos da filosofia védica continuam os mais esclarecedores, por sua transparência. Segundo os Vedas. o Ser Uno e Universal - Brahman (o Imanifestado), transcendente e eterno - ao se manifestar se torna imanente em sua temporária Ação; os indivíduos d'Ele emanados contêm sua Essência assim como o Pensador está em seus pensamentos. O Absoluto, o Universal, manifesta-se em cada um dos seres individualizados, por menores que sejam; mas exatamente por ser Absoluto, e, assim, escapar a todo entendimento humano, transcende a tudo que tem existência. A esse onipresente Absoluto manifestado e manifestando cada indivíduo, dá-se o nome de Atman ou Espírito. O "corpo" átmico ou "Espírito" puro, esse Eu Cósmico constitui a Essência Divina em cada ser criado. Somos idênticos a Deus pelo Ser (Essência), mas diferentes d'Ele pelo existir: Deus não "existe"; Deus É eternamente presente. Não deve ter sido por outra razão que Jesus disse: "Vós sois Deuses."
3. Reversibilidade Energética
Segundo a Física: Quântica, a Matéria se dissolve em Energia e, esta, em algo desconhecido. Esse algo desconhecido, no entanto, nada mais é do que... Espaço!
O Espaço é a última conseqüência, o último estágio de degradação energética no trajeto da Matéria para o aparente "nada". Por outro lado, se quisermos partir do "nada" em direção à Matéria, nosso ponto de partida seria o Espaço - repositório de tudo quando existe - até chegar aos metais pesados, em longo e complexo processo de adensamento paulatino. A Matéria, portanto, é, em última análise, condensação do espaço. E a Energia, com seu imenso leque de faixas vibratórias, o estágio intermediário entre Espaço e Matéria. Esse estágio intermediário é formado pela deformação do espaço num estado tensional.

I - Origem da Matéria
Temporariamente deformado e em estado de tensão, o Espaço libera força cuja intensidade é proporcional ao grau de deformação. No segmento de Espaço afetado nasce um estado dinâmico, pois que "força" ou "energia" implicam dinamismo, potência, trabalho. Quando a energia dessa tensão atinge certo grau de dinamismo, é levada a condensar-se naturalmente, pelo movimento cada vez mais intenso em vórtices cada vez menores. Largas "massas" de Espaço vão reduzindo de "tamanho" até se adensarem na primeira e mais simples manifestação estável e mensurável da Matéria - segundo a equação:

Ou seja:
Me- = 0,91070027179 x 10-27 g (massa de elétron)
h = 6,6128273143 X 10-27 erg/s (Constante Universal de Planck) essa constante aponta a energia necessária para o salto de um elétron, de sua órbita original, para outra mais exterior.
Vy = 1,23777 X 1020 ciclos/s (Freqüência do raio gama)
C² = 8,987764166 x 1020 cm2/s2 (Quadrado da velocidade da luz)
Por esta equação, vemos que a Energia dá origem à Matéria.

II - O Nascimento do Fóton
Para que a equação anterior se processe, porém, temos de equacionar um estágio anterior de condensação, em que o dinamismo espacial - a um máximo de energia - produz vórtice infinitamente pequeno de que resulta certo valor ainda mais elementar, por enquanto desconhecido pela Física. É o valor do fóton gama, que ainda não pôde ser verificado e medido pelos aparelhos de que dispomos, mesmo os mais sofisticados. Diz-se, só por isso, que o fóton não tem massa.

Poderíamos chamá-la de "massa quântica", ou seja, massa dinâmica. com valor 0,73578882342 x g determinado teoricamente pela Matemática.
O valor do fóton gama, base para o aparecimento do elétron é dado pela equação:
Mo = significa a massa quântica do fóton
h = Constante de Planck (chamada "Quantum" de energia); Dividida pelo quadrado da velocidade da luz, a Constante de Planck materializa o fóton gama.
III - Momento de inércia: massa unitária do magnetismo?
Se tomarmos o "quantum" de energia de Planck - a constante h - e o dividirmos pela velocidade da luz, terão:

ou seja:
Mas este mesmo valor de "M" é obtido com o produto da massa teórica de fóton gama pela
velocidade da luz:
(0,735758882342 x ) x (2,99796 x ) = 2,2057756989 x
Como se vê, ambos os resultados apontam para uma partícula de massa infinitamente pequena: g. É possível que ela represente a massa unitária do magnetismo.

IV - Espaço, Reservatório de Infinita Energia
Discorremos sobre o binômio fundamental da Física - Matéria e Energia - só para acrescentar (por motivos que adiante se verá) que não se trata propriamente de binômio, mas de um trinômio: Matéria. Energia e Espaço. Vivemos e respiramos Espaço, ele nos rodeia e interpenetra o íntimo de nosso ser, está presente tanto nas três dimensões de nosso corpo físico como nas outras, invisíveis, do mundo espiritual. Tudo é Espaço. Somos, em última conseqüência, Espaço manifestado, Espaço tomado fenômeno.

O Espaço, portanto, é primeira manifestação de Deus. É por essa razão que, em nível de grandeza, ele se confunde com Deus na infinitude de extensão.
Apenas para ilustrar, e para que se tenha condições de perceber a equivalência entre Matéria e Energia livre, desenvolveremos a equação de EINSTEIN, estabelecendo comparação bem simples. Transformemos o peso de um homem de oitenta e cinco kg em energia pura:
Comparemos agora este total de energia pura, liberada por um homem de 85 kg de peso com a energia elétrica produzida por grandes usinas, em escala industrial. A usina de Itaipu no Paraná em 2008 produziu 9,468x kWh no ano.
Dividindo a energia resultante de um homem de 85 kg pela produção anual de Itaipu, teremos:
Isto é, Itaipu teria de fornecer toda a energia que produz, e durante vinte e dois anos, para formar um homem de apenas 85 kg. Ou, a recíproca: a energia liberada pela matéria contida em um homem de 85 kg seria suficiente para suprir a produção Itaipu por vinte e dois anos.
Vê-se, assim, como é imenso o potencial energético condensado na Matéria. E, por outro lado, o quanto é imenso, inimaginável o potencial de energia livre que é o Espaço.
V - O enigma do Espaço
Além das micro-partículas que integram o átomo, por baixo dos universos infinitamente pequenos com que se manifestam tudo que existe lá, além da energia primordial há Algo indefinível, que escapa ao nosso entendimento.

Não é matéria, tampouco energia. No entanto é o Ser Absoluto em estado de existência potencial. Deste estado de existência pura, ainda não manifestada, provém toda a Criação; ele é o substrato último de toda a existência.
Essência de tudo relativo, o Absoluto contém a infinita potencialidade. Ser Único, eterno e não manifestado, Ele se transforma em todas as formas de vida e em tudo que tenha existência, criando continuamente. Em conseqüência, é a última - e eterna - realidade científica, o ômega da ciência.

O Espaço que nos rodeia nos dá idéia dessa Realidade. Ao contemplar o céu estrelado sentimos a vertigem das grandezas incomensuráveis; milhões de astros, constelações, galáxias, universos se sucedem nos infinitos do Tempo e do Espaço, de tal modo que nos vemos incapazes de conceber grandezas macro cósmicas. Por outro lado, ao baixarmos os olhos para o infinitamente pequeno, somos colhidos pela mesma vertigem: ali também se abre o Espaço, nele evoluem micro mundos, constelações de energias, universos subatômicos.
4. Obsessão
I - Ressonância vibratória
Ressonância, em Física, é "o fenômeno que ocorre quando um sistema oscilante (mecânico, elétrico, acústico etc.) é excitado por agente externo periódico, com freqüência idêntica a freqüência fundamental do receptor, ou a uma de suas freqüências harmônicas. Nestas circunstâncias, há uma transferência fácil de energia da fonte externa para o sistema, com oscilações que podem ter amplitude muito grande. Se não houver amortecimento da onda, a amplitude pode atingir, em princípio, qualquer valor, por maior que seja; nos casos práticos, o amortecimento da onda, por dissipação de energia, a limita."

Já a transferência de energia de um campo eletromagnético para um sistema atômico (condutor material), em presença de um campo magnético, pode ocorrer pela absorção da energia do sistema indutor, pelos núcleos ou pelos elétrons orbitais do sistema receptor. É a ressonância magnética.
No campo espiritual, ressonância é a transferência de energia de um sistema radiante, indutor, para outro sistema radiante, receptor, que tenham freqüências sintonias.
É um fenômeno mental. A energia do pensamento do espírito emissor (encarnado ou desencarnado) é captada e absorvida pela energia mental do espírito receptor, esteja encarnado ou desencarnado. Esta transferência energética faz com que o receptor sofra influência da energia vinda de fora. Seu estado mental varia para melhor ou para pior, sua freqüência fundamental se eleva ou se rebaixa segundo as características do influxo indutor. Se rebaixada a freqüência, o receptor haverá de se sentir mal, e, conforme o estado de desarmonia que o abaixamento provocar, poderá até adoecer. Há, nisso, gradação, conforme a potência do influxo indutor: desde a sensação de cansaço para a de peso nos membros e na cabeça, evoluindo para mal-estar geral, náusea, até atingir o estado mórbido declarado. Quando o influxo deva a freqüência fundamental do receptor, dá-se o contrário. Há de se sentir muito bem, leve e lúcido.
Para que se possa bem avaliar a importância desses fenômenos de ressonância, lembramos que a magia negra, em última análise, é um processo de intenso abaixamento de freqüência, habilmente manipulado para gerar destruição, sofrimento e desarmonia. Para comprimir violentamente para baixo a freqüência vibratória de suas vítimas, os magos negros se utilizam de processo diabólico, de vasto alcance, em que estudam o individuo visado, seus hábitos, vivências afetivas, defeitos, vicioso tendências, ambições de realização econômica, possíveis defesas espirituais e, principalmente, quantidade de seus inimigos do Passado e potencial maléfico deles. Outro tipo de ressonância costuma gerar síndrome psicopatológica perfeitamente definida, a que damos o nome de Síndrome de Ressonância com o Passado, com sintomatologia, patologia, terapêutica e prognóstico bem definidos.
Os médiuns que lidam com a magia, que manipulam energias telúricas relacionadas com os quatro elementos planetários, ar, terra, fogo e água, aliadas às enormes quantidades de ectoplasma que envolvem as curas espirituais nos terreiros, acabam desenvolvendo intenso poder mental pelas seguidas concentrações que envolvem os trabalhos na Umbanda. As repulsas, os ódios, ciúmes e aversões inexplicadas, inconscientes, plasmam formas-pensamentos selváticas, que tranqüilamente podem se comportar como verdadeiros enfeitiçamento, a ponto de "atacarem" os alvos visados.
II - Tipos
A obsessão vai bem além do tipo mais conhecido, que é o desencarnado sobre o encarnado. Existem ainda quatro tipos de obsessão além do já citado, que são:
1- Encarnado sobre o desencarnado
2- Encarnado sobre encarnado
3- Desencarnado sobre desencarnado
4- Auto-obsessão

Observamos que os motivos que levam a tais atos são normalmente: Carência afetiva, inveja, conflitos interpessoais seguindo de sentimentos negativos. Segundo "Livro dos médiuns" - Allan Kardec existe três níveis de obsessão:
Obsessão simples - Consiste na imposição do espírito sobre o médium e impedindo sua comunicação com outros. O médium tem consciência da atuação negativa do obsessor.

Fascinação - Ocorre pela ação direta do espírito sobre o pensamento do médium que de certa maneira paralisa o seu raciocínio. Fazendo com que o médium não acredite que a influência seja negativa.
Subjugação - Consiste na paralisia daquele que a sofre. Fazendo agir de modo não habitual. Perdendo completa ou parcialmente o controle de seu raciocínio e/ou corpo físico.
Podemos observar que isso só é possível se ocorrer uma brecha, ou seja, ele tem que estar em uma faixa vibracional que propicie a obsessão. Segundo Caboclo do Mar a pior delas é a auto-Obsessão, como o próprio nome já diz a vítima é o próprio algoz.

Dentro da umbanda os trabalhos de desobsessão consistem primeiramente em apresentar-lhe a situação e compreender o mal que está causando, caso não surta efeito são impostas medidas doutrinarias.
III- Aparelhos Parasitas
São aparelhos criados para obsediar vitimas indiretamente, sem a presença constante do obsessor. O processo geralmente consiste na relação entre uma entidade obsessora e um mago-negro especializado, também chamado de técnico.

O aparelho é implantado no sistema nervoso central da vítima e é controlado a distancia por um tipo de controle remoto. O implante gera efeitos físicos na vítima que vão desde desmaios ate algo assemelhado a convulsões. Também efeitos psicológicos geralmente tendendo a depressão.
O mecanismo recebeu aperfeiçoamentos, inicialmente era feito de material “sintético”, mas recentemente está sendo utilizado um aparelho feito do próprio ectoplasma da vitima.

5. Utensílios
I. Endereço Vibratório
Endereço vibratório é um objeto ou coisa pertencente à vítima, e que o feiticeiro usa como um catalisador de energia. Serve de orientação para a carga. As coisas se impregnam das emanações de seus possuidores. Quantos aos efeitos que atuam sobre os alvos do objeto, os feiticeiros os conseguem através da “projeção” de fluidos, que desdobram nos campos eletrônicos dos objetos preparados sob o ritual vibratório.

II. Atuação do Astral Baixo Sobre Utensílios
O êxito da bruxaria também depende da ajuda de espíritos desencarnados comparsas, os quais se encarregam de desmaterializar os objetos em questão e, transportando as “matrizes” ou duplos etéricos para serem materializados em travesseiros, colchões ou locais onde as vítimas permanecem freqüentemente.
Os acontecimentos da vida estão intimamente ligados à ação da Energia sobre a Matéria. O conceito atual de matéria, aceito pela ciência acadêmica, é a energia condensada ou força coagulada. Sendo assim, a matéria, embora partícula de força condensada age vigorosamente em todos os campos vibratórios dos planos etéreo-astral em mental onde se originou. Desde que essa matéria ou energia acumulada seja acionada com mais veemência, ela aumenta a sua ação nos correspondentes planos vibratórios do seu natural “habitat”. Essa atividade amplia-se tanto quanto seja a capacidade de se ativar ou excitara substância material, fazendo-a repercutir em direção ao seu campo dinâmico natural. Atuando vigorosamente na matéria, atuareis nos planos energéticos de onde ela provém, porquanto houve uma “condensação” ou “aglomeração” para os sentidos físicos.

Conseqüentemente, essa energia presente em todos os corpos e aprisionada pelos limites da forma, extravasa continuamente, formando as “auras” dos minerais, vegetais e seres humanos. O campo magnético, à superfície dos corpos físicos, é rico de radiações, ou seja, partículas magnéticas que se desagregam continuamente de todas as expressões da vida material. Visto que as criaturas humanas são também energia condensada, elas então alimentam um campo radioativo em torno de si, e que deixa um rastro ou uma pista de partículas radioativas por onde passam pelos quais os cães se orientam utilizando-se do “faro” animal. A tradição de que o enfeitiçamento feito no rasto da vítima é absolutamente eficiente e difícil de desmancho, é porque a condensação de fluidos perniciosos é feita diretamente no campo magnético da aura de energia em liberação do enfeitiçado. O lençol de partículas radioativas da vítima, ainda em ebulição e ativo na área do trabalho, então favorece uma imantação mais compacta e profunda na penetração áurica. Embora considerando o extraordinário senso de orientação que a “mente - instintiva” proporciona às aves e aos animais , ajudando-os na luta pela sobrevivência, com poderes ou faculdades que espantam o próprio homem, o certo é que, durante as suas deslocações de um lugar para o outro, eles também despendem partículas radioativas e deixam verdadeiras pistas magnéticas vibrando no mundo oculto. Assim, os cães e gatos, quando afastados a quilômetros distantes de sua moradia, eis que retornam habilmente até o ponto de partida, porque seguem o contrário da própria pista radioativa que deixaram anteriormente.
A atmosfera magnética viscosa, que resulta da presença de condensadores enfeitiçados, transforma-se em excelente campo alimentício de larvas, embriões, bacilos e vibriões psíquicos oriundos do mundo invisível aos sentidos humanos. Esses elementos do astral buscam vorazmente as zonas de “depressão magnética” da vítima, para seu sustento mórbido. Condensam-se em formas gradativas intermediárias no perispírito, até alcançarem o plano físico, onde a ciência, depois os pressente na forma de “vírus” e “ultra vírus” e demais probabilidades patogênicas, responsabilizando-os por inúmeras enfermidades.
A ação transformadora dos objetos enfeitiçados inverte os pólos de freqüência e o dinamismo natural da energia em liberdade, degradando-a para uma condição realmente viscosa, decomposta e deteriorada. Essa viscosidade como lençol denso de magnetismo, torna-se o elemento intermediário, ou revelador, a fim de as coletividades destruidoras fazerem o seu “descenso” vibratório para o campo material. Elas então ingressam nessa aura de magnetismo pegajoso da vítima, convergindo para o seu metabolismo fisiológico e criando-lhe estados enfermiços de origem dificílima de identificarem pelo mais abalizados exames médicos.
As “auras viscosas” dos objetos manipulados podem fortalecer-se através dos próprios desequilíbrios psíquicos das criaturas humanas, que se encontram no raio de ação do trabalho, mesmo as que não foram visadas pela bruxaria poderão sofrer seus efeitos no astral enfermo.
Criam em torno da vítima um campo de fluidos inferiores, dificultando muitas vezes a receptividade intuitiva de instruções e recursos socorristas a serem transmitidos pelos guias espirituais, que operam em faixa mais sutil.
O esforço principal do feiticeiro é isolar a vítima do auxílio psíquico, entregando-a apenas as sugestões malévolas que lhe desorientam todos os campos da vida, seja ela financeira, emocional, social, etc.
A melhor defesa contra as projeções de fluidos maléficos é a vigilância incessante contra toda sorte de pensamentos pecaminosos, maledicentes e emoções descontroladas. A oração é um poderoso antídoto de química espiritual decompondo os fluidos ofensivos e deprimentes.

Conclusão
Concluímos que o campo magístico é de difícil acesso ou compreensão, suas informações são geralmente restritas seguindo uma proteção por nível hierárquico, além que se tratar de um conhecimento seqüencial. E compreendemos que é desta forma porque tal conhecimento gera poder, e poder em mãos erradas pode ser destruidor.
E tendo isso em mente vemos que apesar de nossos esforços existe muita coisa faltando, e outras que foram pouco citadas, com o nosso atual conhecimento notamos que não conseguimos absorver conhecimentos mais avançados.
Agradecimento
Decidimos pelo tema por motivos de duvida em relação ao assunto. As informações sobre o tema são de difícil acesso, então as pequenas informações que foram obtidas significaram grandes conquistas. Gostaríamos primeiramente de agradeces aos nossos guias que nos orientaram na busca desse material, aos nossos colegas de equipe, aos nossos entrevistados que foram de grande valia e muito prestativos e todos que colaboraram direta ou indiretamente. E ao Paulo pela sua iniciativa com o grupo de estudos.

Grupo de Estudos Terreiro do Pai Maneco
Magia de Umbanda

Tutor: Paulo Braz
Douglas Cellarius Barros
Bruno Paredes Veiga


Referências Bibliográficas
1. Albert de Rochas - L'Extériorisation de la Sensibilité (Paris, 1912) Trad. Edicel - 1971
2. Alexandre Aksakof - Animismo e Espiritismo - Ed. FEB
3. André Luiz - Obreiros da Vida Eterna; Libertação; Os Mensageiros; Missionários da Luz - Ed. FEB
4. Antônio Freire: - Da Alma Humana - Ed. FEB
5. Arthur Koestler - O Fantasma da Máquina
6. Dr. Baraduc - La Force Vitale (Paris, 1912)
7. C. E. M: Hansel - E. S. P. and Parapsicology - Prometheus Books, New York, 1980
8. E. Guemey and F. W. H. Meyers - Visible Apparitions - Nineteenth (1972)
9. Eliphas Levi - Dogma e Ritual da Alta Magia - Ed. Pensamento, 1924
10. Ernesto Bozzano - Desdobramento - Fenômenos de Bi locação - Ed. Calvário, 1972
11. Evangelho (Novo Testamento)
12. G. N. M. Tyrrel- The Personality of Man - London, Pelican Books
13. Gabriel Dellanne - Les Apparitions Materialisés de Vivants et des Morts (1911)
14. Gumey, Meyers and Podmore: - Phantasms of the Living - London, 1886
15. Hector Durville: - Le Fantôme des Vivants - 2 vol., Paris, 1909
16. Horacio Macedo - Dicionário de Física
17. Huberto Rohden - O Homem
18. Isaías - Profetas (Velho Testamento)
19. Manuel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão - Ed. FEB, 1972
20. Pierre Teilhard de Chardin - O Fenômeno Humano
21. Pietro Ubaldi - Noures
22. Waldo Vieira - Projeções da Consciência - Ed. Lake:, 1983.
23. William Crookes - Katie King
24. Allan Kardec - Livro dos Mediuns
25. Ângelo Inácio/Robson Pinheiro - Legião
26. Tambores de Angola - Ângelo Inácio - Robson Pinheiro
27. Ramatis - Magia De Redenção
28. Allan Kardec - Livro dos Espíritos
29. Franz Bardon – Magia Pratica – O caminho do Adepto
30. José Lacerda de Azevedo - Obras extraídas da casa espírita Casa do Jardim
* Equações extraídas dos trabalhos de MANUEL DOPACIO, físico argentino contemporâneo.
* A teoria sobre o Espaço é de DINO KRASPEDON.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Iansã


Iansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oiá. É um dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona, na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que têm participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura católica de Santa Bárbara. Iansã costuma ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque Iansã é uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, e o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.
Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Iansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, e ao mesmo tempo feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma desmedida com que exterioriza sua cólera.
Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados inicialmente pelos iorubás, é a divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Oiá, pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.
A figura de Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura - enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos.
É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão.
Foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô. é irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas  é também dona do teto da casa, do Ilê.
Iansã é a Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim - seu instrumento litúrgico durante as festas, uma chibata feita de rabo de um cavalo atado a um cabo de osso, madeira ou metal.
É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluaiê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. Comanda também a falange dos Boiadeiros.
Duas lendas se formaram, a primeira é que Iansã não cortou completamente relação com o ex-esposo e tornou-se sua amante; a segunda lenda garante que Iansã e Ogum, tornaram-se inimigos irreconciliáveis depois da separação.
Iansã é a primeira divindade feminina a surgir nas cerimônias de cultos afro-brasileiros.
Deusa da espada do fogo, dona da paixão, da provocação e do ciúme. Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase estou apaixonado, tem a presença e a regência de Iansã, que é o orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúme doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão propriamente dita. É a falta de medo das conseqüências de um ato impensado no campo amoroso. Iansã rege o amor forte, violento.

Características

Cor
Coral (amarelo)
Fio de Contas
Coral (marrom, bordô, vermelho, amarelo)
Ervas
Cana do Brejo, Erva Prata, Espada de Iansã, Folha de Louro (não serve para banho), Erva de Santa Bárbara, Folha de Fogo, Colônia, Mitanlea, Folha da Canela, Peregum amarelo, Catinga de Mulata, Parietária, Para Raio (Catinga de mulata, Cordão de frade, Gerânio cor-de-rosa ou vermelho, Açucena, Folhas de Rosa Branca)
Símbolo
Raio (Eruexim -cabo de ferro ou cobre com um rabo de cavalo)
Pontos da Natureza
Bambuzal
Flores
Amarelas ou corais
Essências
Patchouli
Pedras
Coral, Cornalina, Rubi, Granada
Metal
Cobre
Saúde

Planeta
Lua e Júpiter
Dia da Semana
Quarta-feira
Elemento
Fogo
Chacra
Frontal e cardíaco
Saudação
Eparrei Oiá
Bebida
Champanhe
Animais
Cabra amarela, Coruja rajada
Comidas
Acarajé (Ipetê, Bobó de Inhame)
Numero
9
Data Comemorativa
4 de dezembro
Sincretismo
Sta. Bárbara, Joana d’arc.

Incompatibilidades

Rato, Abóbora.
Qualidades
Egunitá, Onira, Balé, Oya Biniká, Seno, Abomi, Gunán, Bagán, Kodun, Maganbelle, Yapopo, Onisoni, Bagbure, Tope, Filiaba, Semi, Sinsirá, Sire, Oya Funán, Fure, Guere, Toningbe, Fakarebo, De, Min, Lario, Adagangbará.


Atribuições
Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.


As Características Dos Filhos De Iansã

Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social.
Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.
Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas.
São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.
Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.
São de Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.
Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.
Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.
Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos para seu círculo mais íntimo.
Cozinha ritualística

Ipetê
Cozinhe inhames descascados em água pura sem sal. Frite, a seguir, os inhames cozidos e cortados em rodelas no azeite de dendê e separe. No próprio azeite que usou para a fritura, coloque o camarão seco descascado e picado e salsa, de modo a fazer um "molho". Coloque os inhames fritos num prato e regue-os com esse "molho".

Acarajé
Na véspera, ponha o feijão fradinho de molho. No dia seguinte, ele estará bem inchado. Descasque o feijão - grão por grão - retirando o olho preto, e passe na chapa mais fina da máquina de moer carne. Bata bastante para que a massa fique leve, isto é, até arrebentarem bolhas. Tempere com sal e a cebola ralada. Ponha uma frigideira no fogo com azeite de dendê e aí frite os acarajés às colheradas (com uma colher das de sopa), formando, assim, os bolinhos. Depois de fritos, reserve-os e prepare o molho: soque juntos a cebola, os camarões secos, as pimentas e o dente de alho. Depois de tudo bem socado e triturado, refogue em uma xícara de azeite de dendê. Sirva os acarajés abertos com o molho, tudo bem quente.

Bobó de inhame
Cozinhe os inhames com a casca e deixe-os escorrer para que fiquem bem enxutos. Amasse-os. Ponha o azeite de dendê numa panela, junte os camarões secos, a cebola, o alho, o gengibre, a pimenta e uma colherinha de sal. Refogue bem. Acrescente os camarões frescos, inteiros, e refogue mais um pouco. Junte o inhame amassado como um purê pouco a pouco, às colheradas, mexendo sempre. Cozinhe até endurecer.


Lendas De Iansã


Iansã Passa a Dominar o Fogo

Xangô enviou-a em missão na terra dos baribas, a fim de buscar um preparado que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz. Oiá, desobedecendo às instruções do esposo, experimentou esse preparado, tornando-se também capaz de cuspir fogo, para grande desgosto de Xangô, que desejava guardar só para si esse terrível poder.

Como os chifres de búfalo vieram a ser utilizados no ritual do culto de Oià-Iansã

Ogum foi caçar na floresta. Colocando-se à espreita, percebeu um búfalo que vinha em sua direção. Preparava-se para matá-lo quando o animal, parando subitamente, retirou a sua pele. Uma linda mulher apareceu diante de seus olhos, era Iansã. Ela escondeu a pele num formigueiro e dirigiu-se ao mercado da cidade vizinha. Ogum apossou-se do despojo, escondendo-o no fundo de um depósito de milho, ao lado de sua casa, indo, em seguida, ao mercado fazer a corte à mulher-búfalo. Ele chegou a pedi-la em casamento, mas Oiá recusou inicialmente. Entretanto, ela acabou aceitando, quando de volta a floresta, não mais achou a sua pele. Oiá recomendou ao caçador a não contar a ninguém que, na realidade, ela era um animal. Viveram bem durante alguns anos. Ela teve nove crianças, o que provocou o ciúme das outras esposas de Ogum. Estas, porém, conseguiram descobrir o segredo da aparição da nova a mulher. Logo que o marido se ausentou, elas começaram a cantar: 'Máa je, máa mu, àwo re nbe nínú àká', 'Você pode beber e comer (e exibir sua beleza), mas a sua pele está no depósito (você é um animal)'.
Oiá compreendeu a alusão; encontrando a sua pele, vestiu-a e, voltando à forma de búfalo, matou as mulheres ciumentas. Em seguida, deixou os seus chifres com os filhos, dizendo: 'Em caso de necessidade, batam um contra o outro, e eu virei imediatamente em vosso socorro.' É por essa razão que chifres de búfalo são sempre colocados nos locais consagrados a Iansã.

As Conquistas de Iansã

  Iansã percorreu vários reinos, foi paixão de Ogum, Oxaguian, Exu, Oxossi e Logun-Edé. Em Ifé, terra de Ogum, foi a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com ele e ganhou o direito do manuseio da espada. Em Oxogbô, terra de Oxaguian, aprendeu e recebeu o direito de usar o escudo. Deparou-se com Exu nas estradas, com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de Oxossi, seduziu o deus da caça, aprendendo a caçar, tirar a pele do búfalo e se transformar naquele animal (com a ajuda da magia aprendida com Exu). Seduziu o jovem Logun-Edé e com ele aprendeu a pescar. Iansã partiu, então, para o reino de Obaluaiê, pois queria descobrir seus mistérios e até mesmo conhecer seu rosto, mas nada conseguiu pela sedução. Porém, Obaluaiê resolveu ensinar-lhe a tratar dos mortos. De início, Iansã relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e aprendeu a conviver com os Eguns e controlá-los. Partiu, então, para Oyó, reino de Xangô, e lá acreditava que teria o mais vaidoso dos reis, e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão, Iansã aprendeu muito mais, aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu coração.

 


Iansã Ganha de Obaluaiê o Poder Sobre os Mortos

Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele, nenhuma mulher quis dançar com ele.
Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas ekedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador.
O povo o aclamou por sua beleza. Obaluaiê ficou mais do que contente com a festa, ficou grato. E, em recompensa, dividiu com ela o seu reino. Iansã então dançou e dançou de alegria. Para mostrar a todos seu poder sobre os mortos, quando ela dançava agora, agitava no ar o eruexim (o espanta-mosca com que afasta os eguns para o outro mundo). Iansã tornou-se Iansã de Balé, a rainha dos espíritos dos mortos, a condutora dos eguns, rainha que foi sempre a grande paixão de Obaluaiê.

 

Iansã - Orixá dos Ventos e da Tempestade !!!

Oxaguiam (Oxalá novo e guerreiro) estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear. Ogum fazia as armas, mas fazia lentamente.  Oxaguiam pediu a seu amigo Ogum urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Oxaguiam que Oiá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar a fabricação. Oiá se pôs a soprar o fogo da forja de Ogum e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ogum pode fazer muitas armas e com as armas Oxaguiam venceu a guerra. Oxaguiam veio então agradecer Ogum. E na casa de Ogum enamorou-se de Oiá. Um dia fugiram Oxaguiam e Oiá, deixando Ogum enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiam voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oiá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Oxaguiam, onde vivia, Oiá soprava em direção à forja de Ogum. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiam da de Ogum. E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor. E o povo se acostumou com o sopro de Oiá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oiá a forja de Ogum. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oiá e o povo chamava a isso tempestade.