sexta-feira, 30 de novembro de 2012

BANHO DE ERVAS | MANJERICÃO

Indicado como fortalecedor do espírito, harmonizador dos chacras e excelente na recuperação de doentes.
Referência: Livro Rituais com Ervas: banhos, defumações e benzimentos | Adriano Camargo - Erveiro

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Tenha FÉ na Umbanda


Por Alexandre Cumino

Se você que é Umbandista está pas­sando por dificuldades, lembre-se todos passam por dificuldades e não é por conta de ser adepto desta ou daquela religião e sim porque a vida tem algo para nos dizer, algo para se aprender dentro de nossas necessidades e mere­ci­mentos.
Procure dar um sentido a suas dores e frustrações. 
Tente olhar de fora e compreender melhor.
Medite, esvazie a mente, reze, converse com seus guias. Procure ir na natureza, veja como a vida é maior e mais preciosa que todas as dificuldades juntas.
Antes de sair cor­rendo para buscar receitas mágicas e mirabolantes da mão de pessoas que só tem interesse em rendi­mentos monetários a custo de sua dor e sofrimento, tenha fé na Umban­da.
Tenha fé em Deus e nos Orixás, agüente firme as difi­culdades que a vida nos dá,
busque com os Guias – Enti­dades/Espíritos – de Umbanda a melhor forma de passar por esta dor seja ela qual for. 

domingo, 25 de novembro de 2012

Costumávamos ouvir que


Costumávamos ouvir que:
"muitos são chamados e poucos são escolhidos""
"Deus escolhe os capacitados"
"mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha que um rico ir para o céu"
"A porta que leva ao céu é estreita e a porta do inferno larga"

"A senda da iniciação é árdua"
"sexo é pecado"e etc...

Hoje sabemos que:

Todos são chamados e escolhidos são os que se dedicam,
Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos,
Dinheiro não é sujo o problema é a cobiça, avareza e apego,
O céu e o inferno estão dentro de nós mesmos,
A iniciação é um caminho de muita satisfação e realização,
Sexo é sagrado e pecado não existe.
Somos umbandistas, não cremos em pecado, nem em dogmas ou tabus!
Temos uma religião linda, encantadora e libertadora.

sábado, 24 de novembro de 2012

Morrer e Nascer muitas vezes na Umbanda



Por Alexandre Cumino

O mundo ocidental, essencialmente ca­pitalista, molda a mentalidade do homem moderno e sua forma de ver o mundo, no qual tudo está aí para ser consumido. E muitos chegam ou procuram a Umbanda com esta mesma mentalidade.
“Tipo assim”... sabe...:

Nº 1: Limpeza espiritual
         e corta demanda.
Nº 2 Orientação e Prosperidade.
Nº 3 Abre Caminho e Sorte no Amor.

Se puder falar o quanto custa, me­lhor! Sem comprometimento, sem envolvi­mento, sem doutrina ou reflexão.
Muitos chegam assim na Umbanda, e outros, “umbandistas”, saem da Umbanda quando crêem que está “demorando muito” para receber Nº 1, o Nº 2 ou o Nº 3.
Alguns, quando percebem que a Um­banda não os servirá em seus pro­pósitos de desavença, vingança, amar­rações e outros “trabalhinhos”, facilmente encon­trados nos classificados “marronzi­nhos” ou nos postes, que prometem sorte, di­nheiro, amor e poder em 24 hs.
O curioso é que, muitas vezes, nem as pessoas que oferecem tais coi­sas as possuem. Como oferecer algo que não se tem, como dar o que não pode ser possuído, comprar o que afinal? Dinheiro só compra dinheiro na bolsa de valores, dinheiro só compra amor na obra de Nelson Rodrigues, dinheiro só compra espiritualidade superficial para agradar o ego... o ego espiritual.
No caso da Umbanda podemos e devemos dizer o que ela tem para dar: HUMILDADE, AMOR e CARIDADE. Como caminho para PAZ, HARMONIA e EQUI­LIBRIO, conquistados na busca em dar um sentido para a vida que é em si a leitura da mesma de uma perspectiva espiritual, mágica e divina.  Para tal é preciso disciplina, doutrina e muita vontade de aprender, morrer e nascer outra vez, muitas vezes.

-- 
"Umbanda é Linda;
Umbanda é Tudo de Bom;
Umbanda é Religião,
Portanto Só Pode Praticar o BEM!!!"
Alexandre Cumino

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pense Bem


Crescendo e matando o EGO

Este texto é do nosso irmão e amigo Alexandre Cumino e acredito ser muito oportuno para este momento em que estamos vivendo. A Umbanda na cidade de Caraguatatuba avançou muito nestes últimos dias. Muito Obrigado a todos que compartilharam este sonho conosco.


Por Alexandre Cumino Medium
Palavra do Editor do Jornal de Umbanda Sagrada, Ed. 90 - 2007

Ser umbandista é um ato de coragem ou não, pois muitos por covardia negam que praticam ou freqüentam a Umbanda. Assumir-se Umbandista com Orgulho é um ato de rebeldia. Então, quando estudamos a história das religiões descobrimos que os maiores avatares e iluminados foram rebeldes e corajos
os como Jesus Cristo, Mohamed, Moisés, Abraão, Buda Sidharta Gautama, Shankara, Ramakrishna, Gandhi, Osho e outros líderes espirituais.
Ter uma proposta real de crescimento espiritual implica em comprometimento, e quantos estão realmente comprometidos com o crescimento espiritual de si mesmos?
O Caboclo das Sete Encruzilhadas criou a religião de Umbanda com estas palavras: “Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade.” Fazer a caridade pura e simplesmente não implica em ser uma pessoa melhor, pois, para se tornar melhor, é preciso o autoconhecimento.
Podemos até dizer que muitos fazem a caridade por desencargo de consciência e outros ainda a fazem por vaidade. A partir do momento que se diz que a melhor pessoa é a que faz mais caridade, muitos passam a fazê-la para ser melhor que os outros, e assim tornam-se objetos do Ego e da Vaidade. Qualquer movimento no sentido de ser melhor do que os outros, é um movimento do ego. O único crescimento está em ser melhor do que eu mesmo. Isto implica numa análise profunda de autoconhecimento.
Bem, ainda sobre o Caboclo das Sete Encruzilhadas, ele também disse que: “Aprenderemos com quem sabe mais e ensinaremos a quem souber menos, a ninguém voltaremos as costas.” Aqui o caboclo coloca uma direção importante para a religião de Umbanda, ele mostra que é fundamental o crescimento e aprendizado.

Agora digo eu:

Se, podemos aprender com todos, também podemos aprender de todas as doutrinas, filosofias e religiões. Só não podemos perder o propósito de aprender, de sermos melhores. Fazer o Bem e não fazer o mal é algo muito simples. Devemos aproveitar a religião para um propósito maior, como nos autoconhecer.
No nosso modelo de trabalho espiritual é possível ser um bom médium, que tem um dom de incorporação bem apurado, dar boas comunicações e no entanto ser um ser humano desequilibrado.
Me parece que temos super valorizado o dom em detrimento do ser humano que somos, não nos interessa se tal pessoa é boa ou não, para trabalhar na Umbanda só interessa se é bom médium.
Assim, nós os umbandistas nos acomodamos na posição de ir ao terreiro incorporar os guias para trabalhar e voltar para casa, dessa forma, não precisamos ter nenhum comprometimento com nosso crescimento interior.
A maioria das pessoas acredita que ter crescimento interior consiste em ler alguns livros e fazer alguns cursos. O crescimento começa com o identificar dos nossos defeitos e procurar caminhos para corrigi-los, quanto mais comprometidos e sinceros, mais vamos identificá-los e lutar por uma transformação interior.
Esquecemos ou ninguém nos ensinou que Céu não existe fora de nós. Não adianta fazer toneladas de caridade, se estivermos desequilibrados internamente, não alcançaremos um lugar bom.
Sendo tempo e espaço uma ilusão comprovada pela física, o único lugar que podemos ir é para dentro de nós mesmos e o único tempo real é agora, logo caridade não leva a lugar nenhum se antes você não for a este lugar internamente. A caridade também deve ser uma conseqüência e não o objeto ou a senha para entrar no céu.
Tenho Orgulho de Ser Umbandista ! ! !
-- 
"Umbanda é Linda;
Umbanda é Tudo de Bom;
Umbanda é Religião,
Portanto Só Pode Praticar o BEM!!!"
Alexandre Cumino

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

SOU UMBANDISTA, APENAS UMBANDISTA!!! ESTA É A MINHA VERDADE!!!


Por Alexandre Cumino

Não vemos católicos que são judeus, não vemos muçulmanos pentecostais, não vemos budistas jainistas. No entanto, vemos umbandistas que são candomblecistas, umbandistas católicos, umbandistas espíritas, umbandistas evangélicos e etc. Muito curioso, praticar duas religiões que tenham fundamentos totalmente diversos.
Sou umbandista, apenas umbandista, pois a Umbanda me basta em todos os sentidos e expectativas.
Pertencer a uma religião é ter seus valores como valores de sentido para nossa vida. Viver com valores dissonantes é ter uma vida com caminhos dissonantes. Cada religião tem uma egrégora de energia própria e nem sempre as egrégoras se complementam. Pelo contrário, muitas vezes se chocam, por conta de seus valores e convicções diversos.
Pertencer a muitas religiões não é como fazer muitos cursos e pendurar seus diplomas na parede. Cada religião chama, e algumas exigem, que seu adepto assuma seus valores em um caráter confessional, ou seja, confissão de fé, aceitação de que ali está a sua verdade. Fica a pergunta: onde está a sua verdade, onde está seu coração?
Pertencer a muitas religiões pode criar uma hipocrisia religiosa, pois num dia da semana você nega os valores que prega no outro dia da semana.
Múltipla pertença religiosa tem sido usado como rótulo para dizer que é mais descolado, mais espiritualizado. O que não corresponde a verdade. O mais espiritualizado é aquele que vai mais fundo dentro de si mesmo para vencer suas dores e dificuldades, e logo se torna melhor para todos ao seu redor, por se tornar alguém mais bacana, mais agradável, mais feliz, mais realizado.
Usamos palavras como humildade, paciência e desprendimento para rotular quem é mais espiritualizado. Talvez por isso, os interessados em serem mais espiritualizados vão forjando uma imagem de si mesmos, forjando uma máscara social de mocinhos e mocinhas da luz... este é o “ego espiritualizado”, uma hipocrisia espiritual. 
Ser espiritualizado é ser você mesmo antes de tudo e tomar consciência da vida material, espiritual, mental e emocional, tudo junto. Mesmo porque, querer ser espiritual, negando o corpo e a mente, é um erro cometido por religiões repressoras que prometiam o céu a quem negasse tudo que existe no mundo.
Mesmo nos dedicando muito a uma única religião, ainda assim não é fácil ter um aprofundamento da mesma em nossa alma e espírito, o que dirá praticando muitas. Não se consegue ter profundidade em nenhuma, fica sendo algo superficial. Nos enchemos de coisas e elementos externos para tentar tapar um buraco existencial: nossos medos e fraquezas.
Existem muitas religiões, porque existem muitas formas diferentes de entrar em contato com o sagrado, com o divino, e cada grupo de pessoas se identifica com uma forma, ou cria uma nova forma de sentir e expressar sua espiritualidade. 
A Umbanda, por se tratar de uma religião nova, que nasceu no mundo moderno e se desenvolve no mundo pós-moderno e contemporâneo, é muito moderna, inovadora, aberta, evolucionista e inclusiva. A Umbanda nos oferece uma quantidade infinita e inesgotável de recursos. A incorporação e o passe mediúnico são apenas dois dos inesgotáveis recursos da religião. O fato é que subestimamos a Umbanda e muitos, na primeira dificuldade, procuram uma outra religião, ou o sacerdote de outra religião para lhe orientar e este vai lhe cuidar segundo fundamentos de outra religião. O correto seria ter paciência e confiar em seus guias de Umbanda. Se aprofundar e buscar respostas no lugar onde mora a sua verdade. Descobrir que a Umbanda tem fundamentos e recursos que vão se abrindo e se apresentando de acordo com nossas necessidades. Ao longo de muitos anos, vários recursos vão se abrindo dentro da religião, muitos mistérios se descortinam, mas primeiro é preciso aprender o básico.
O que é Umbanda?
Qual é a minha religião?
Quais seus fundamentos básicos?
Qual o por quê de cada gesto ritual, de sua liturgia?
Qual é a sua magia, por que tantos elementos?
Dentro da umbanda, existe um ambiente mais interno de iniciações na força dos Orixás, existe uma apresentação formal de muitas linhas de trabalho (caboclos, pretos velhos... etc), que se apresentam a quem queira se aprofundar no conhecimento sacerdotal. Por isso e muito mais, estudamos Teologia de Umbanda Sagrada e Sacerdócio de Umbanda Sagrada. Porque queremos  mais, muito mais, da NOSSA RELIGIÃO, da religião de UMBANDA. Queremos muito, mas muito mais mesmo, que apenas ir ao terreiro uma vez por semana “fazer nossa obrigação”, ou “fazer a caridade”. Tudo rotulado, bonitinho, mecanicamente autômato. Estamos e continuamos comprando um pedaço do céu, agora chamado Aruanda. Muitos continuam católicos, no inconsciente, continuam espíritas, continuam com velhos paradigmas e perdem a oportunidade de ir mais fundo na Umbanda, estão presos na margem, na superfície, no raso. Vamos fundo na Umbanda, com a Umbanda e para a Umbanda.
EU SOU UMBANDISTA. ALEXANDRE CUMINO
-- 
"Umbanda é Linda;
Umbanda é Tudo de Bom;
Umbanda é Religião,
Portanto Só Pode Praticar o BEM!!!"
Alexandre Cumino

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

1º Semana Umbandista de Caraguatatuba

É isso ai...
A Umbanda é reconhecida como religião, como brasileira.
Vamos participar da 1º Semana Umbandista de Caraguatatuba, vamos nos conhecer, nos reconhecer, sermos vistos e percebidos.
Axé a todos e aguardo em nossas comemorações.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

1º Semana Umbandista em Caraguatatuba

É isso ai....

O Brasil já reconhece o dia 15 de novembro como dia Nacional da Umbanda, através da Lei Federal 12.644/2012.
E nós Umbandistas de Caraguatatuba, em ação conjunta iremos comemorar esta data tão importante para todos.
Vamos participar, prestigiar e comemorar este avanço religioso e cultural.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Um Pouco sobre Mediunidade

Por Julio Isao


Mediunidade

a)      O que é Mediunidade?
Será que sabemos ao certo o que vem a ser a mediunidade? Podemos com toda confiança defini-la e desta forma demonstrar o quanto dominamos este assunto?
Emmanuel define a mediunidade como a ocorrência que, invariavelmente, nasce de espírito para espírito. Ou seja, é natural e própria de todos os espíritos, independente do estágio em que estejam.
Assim podemos definir com toda propriedade que todos os espíritos encarnados ou desencarnados possuem capacidade mediúnica, pois é a forma primordial de comunicação do espírito.
Conforme definimos acima, concluímos que a mediunidade é uma faculdade ou aptidão inata do espírito, ou ainda, uma faculdade de comunicação do espírito. Portanto, um dos componentes da mente, definida como conjunto de faculdades que atuam em sincronismo e em regime de interdependência.
Assim, se nos livrarmos dos dogmas, das ortodoxias, das teorias de culpa, conseguimos visualizar a mediunidade como valioso instrumento de educação e progresso.
É bem certo que a comunicação de espírito para espírito, é um processo que necessita ser desenvolvido e aprimorado constantemente, pois o espírito que está recebendo a mensagem precisa ter condições mínimas de conhecimento e intelecto para compreender e aprender o que o espírito está lhe transmitindo.
Assim, é um grande equivoco presumir que os Espíritos suprem todas as nossas deficiências, pois a cada um é dado conforme suas condições.

b)     Desenvolvimento
O desenvolvimento mediúnico é tema que levanta muitas questões, mas o que observamos é a necessidade de agregar o conhecimento prático com o teórico.
Precisamos sinalizar a diferença entre desenvolvimento mediúnico e educação mediúnica; no primeiro o processo é focado no desenvolvimento das faculdades mediúnicas, sem, contudo se preocupar com a percepção da origem da mensagem, no segundo caso, o processo é direcionado a reforma íntima do médium, procurando sinalizar a origem da mensagem em esferas superiores.
Assim, podemos dizer, que na educação mediúnica, quem se aprimora é o individuo ao invés de aprimorar as ferramentas, isto implica na busca pela evangelização pessoal, e conseqüentemente a evangelização e evolução dos guias que nos dão suporte direto.
Neste enfoque, percebemos que o papel do médium é muito mais amplo do que percebemos, mas vamos deixar este enfoque para ser observado mais adiante.

c)      Tipos – classificação
Podemos classificar a mediunidade de várias formas, mas para melhor compreendê-la, vamos dividir a faculdade mediúnica em relação à: Natureza, quanto ao Médium e quanto ao Fenômeno.

Quanto a Natureza temos a natural e a de prova ou tarefa. A primeira se desenvolve com a aprimoramento moral do individuo e a de prova, que é a concessão pelo Alto de uma faculdade mediúnica que naturalmente o indivíduo não teria condições de tê-la.
Podemos dizer que a faculdade mediúnica natural é algo inerente ao homem, como podemos perceber a intuição ou a inspiração, que muitos tem, estes são exemplos mais simples para conseguir visualizar.
Nas faculdades mediúnicas de prova, podemos citar como exemplos as de psicografia, incorporação, psicofonia etc.

Quanto ao Médium podemos classificar em: inconscientes, semiconscientes e conscientes.
- Médiuns Inconscientes: que durante o transe mediúnico não tem consciência do que ocorre, neste grupo também, incluímos os sonambúlicos, este é um nicho que esta diminuído drasticamente com o passar dos anos, pois, estamos cada vez mais, conhecendo a dinâmica do Plano Espiritual.
Estes médiuns não guardam qualquer lembrança do que ocorreu durante o transe.
- Médiuns Semiconscientes: são os que guardam alguma lembrança do que ocorreu no transe mediúnico, mantém o controle sobre o corpo e o processo de transe, podendo inclusive interferir no processo de manifestação.
- Médiuns Conscientes: mantém total lembrança do que ocorre durante o transe mediúnico, podendo interferir no processo de manifestação ou mesmo do transe em si.

Quanto ao Fenômeno: dividir em Lucidez, incorporação e efeitos físicos.
- Lucidez: incluímos a telepatia, vidência, psicometria, audição e intuição, são desenvolvidas pelos médiuns conscientes.
- Incorporação – total ou parcial: incluímos as manifestações orais, escritas, sonambúlicas, são faculdades desenvolvidas pelos médiuns inconscientes ou semiconscientes.
Não existe incorporação em médium consciente, o que se tem é o processo de irradiação.
- Efeitos Físicos: incluímos todas as séries de fenômenos assim denominados, inclusive os processos de cura, desenvolvidas pelos médiuns das três categorias.

Matéria – Espírito: antes de prosseguir, necessitamos distinguir o que vem a ser a matéria e o Espírito.
Considerando que tudo no universo é energia, que tem como único ponto de diferenciação o grau de adensamento, ou, melhor dizendo, de densidade, onde a energia na sua forma mais sutil é utilizada para compor a estrutura do Espírito e na sua forma mais densa compõe as estruturas do perispírito e do corpo físico. Este é um tema que iremos discorrer de forma mais abrangente no próximo modulo do Curso.
Fizemos esta introdução para podermos falar da absorção, esta se dá em conformidade com a densidade do meio em que se encontra, ou seja, quando mais fluídico, etéreo estivermos maior será a nossa capacidade de absorver as energias fundamentais do universo, chegando a ponto de, em algumas civilizações mais avançadas moralmente, a base alimentar seja puramente fluídica, o que não é o nosso caso ainda. O mesmo se dá com os fluidos espirituais, se mantivermos nosso padrão vibratório elevados, aumentamos a nossa capacidade de absorvê-los, caso contrário, nos tornamos refratários a todo tipo de intervenção.
Para elucidar, vamos imaginar que estamos em uma situação de perigo, onde estamos necessitando de ajuda, se nos mantivermos calmos, seremos (na medida do possível) e confiantes na proteção divina, iremos receber a ajuda com muito mais tranqüilidade e agilidade, caso contrário, não iremos nem mesmo conseguir ouvir as orientações que os nossos amigos estão nos dando.
Tudo é uma questão de estar sintonizado na estação certa, na hora certa.

Fluído – Irradiação: fluído é a manifestação da energia num estado mais sutilizado, de forma que tem uma penetração mais abrangente e profunda nos corpos materiais, esta energia escoa no universo como se estivesse num grande oceano, a distinção que temos dos fluídos está relacionada com a carga energética que o criou, ou seja, podemos direcionar fluidos para a cura material, para o reequilíbrio espiritual etc, enquanto a irradiação e o direcionamento direto, focado e com um objetivo claro de uma determinada carga fluídica, mental, etérea ou material, assim, podemos perceber que existem casos de manifestações mediúnicas que se dão através de irradiação mental do Espírito comunicante sobre o agente comunicador, desta forma, os campos energéticos, ou auras, não são interpostas, possibilitando ao espírito comunicante a manutenção de distância necessária, não temos como adentrar no campo das necessidades reais da pratica da irradiação no processo de comunicação mediúnica.
Nos processos de cura, a irradiação é utilizada para que a área que será objeto do tratamento receba a carga necessária sem que ocorra uma sobrecarga na região em torno, possibilitando o direcionamento de tratamentos específicos para áreas pré-determinadas, o que na matéria podemos visualizar com as cirurgias a Laser, por exemplo.

Aproximação: sempre que um espírito se aproxima, podemos perceber pela carga vibratória que o envolver, assim, podemos distinguir quando é um amigo espiritual ou não, se é uma entidade elevada ou não, mas para isso, se faz necessário que desenvolvamos nossa capacidade de observação, somente com a observação, é que conseguimos aprimorar esta sensibilidade.
Por falta de aprimoramento, muitas vezes confundimos capacidade magnética com capacidade moral, às vezes ouvimos falar que tal pessoa sente mais forte a entidade x do que a y, na verdade ela consegue perceber melhor um padrão de energia do que outro, isto implica dizer que mesmo que sentimos de forma mais branda a aproximação desta ou daquela entidade, não implica que elas são mais ou menos fortes, mais ou menos evoluídas, mas sim que ainda não desenvolvemos mecanismos para ler estes padrões energéticos.
Motivo pelo qual, alguns médiuns são enganados por espíritos inferiores, por ter um padrão energético muito intenso, se passando por espíritos superiores. Daí a necessidade de distinguir padrão vibratório e padrão energético nas aproximações.

d)     Passes espirituais e magnéticos
Os passes são grandes ferramentas de auxilio aos necessitados, conhecidos pelos homens deste os tempos mais remotos de nossa história, está tão presente no nosso dia a dia, que muitas vezes nem nos damos conta, que estamos aplicando um passe em determinada pessoa, por exemplo, quando um filho se machuca, e a mãe assopra o machucado ou põe a mão sobre a ferida e ajuda seu filho a aliviar a dor, este é um exemplo de passe.
Existem basicamente 2 tipos de passes, os passes magnéticos e os passes espirituais.
No primeiro caso, o passista pode ou não captar energias sutilizadas, incrementando com as suas próprias e doando em favor do necessitado. Não existe processo mediúnico neste caso, pois a doação é de energia magnética do passista para o necessitado. Neste caso, se faz necessário que o passista tenha se preparado adequadamente para o atendimento.
Já no segundo caso existe uma combinação de elementos espirituais e materiais, onde o passista, por intermédio do Guia, aplica fluidos ao necessitado, tudo sob orientação e manipulação direta do Guia. Neste tipo de passe pode haver ou não a combinação do agente magnético do passista com o agente espiritual do Guia.

Centros de Força: são acumuladores e distribuidores de força espiritual, situados no corpo etéreo pelos quais transitam os fluidos energéticos de uns para outros dos envoltórios exteriores do espírito encarnado.
No homem comum, eles se apresentam como círculos de mais ou menos 5 centímetros de diâmetro, quase sem brilho, porém no homem espiritual, é quase sempre um vórtice luminoso e refulgente.
Temos os seguintes centros de força:
Plexo
Localização
Centro de Força
Sacral
Base da Espinha
Básico
Hipogástrico
Baixo Ventre
Genésico
Mesentérico
Região do baço
Esplênico
Solar
Região do estômago
Gástrico
Cardíaco
Região precordial
Cardíaco
Laríngeo
Garganta
Laríngeo
Frontal
Fronte
Frontal
*
Alto da Cabeça
Coronário
* O chacra coronário não está relacionado com nenhum plexo do corpo físico, mas o está com a glândula pineal.
Iremos estudá-los de forma mais aprofundada no próximo modulo do Curso

Corpo Etéreo: é composto de eflúvios vitais, na sua maior parte emanados do neuropsiquismo do corpo denso, e assegura a ligação entre o perispírito e este do qual, aliás faz parte, como se fosse um prolongamento.
Este corpo etéreo se desintegra com 30 a 40 dias após a morte do corpo físico.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Pantera Negra - EXU ou Caboclo?


Por Ras Agdeabo - Edmundo Pelizari

No rico universo místico da Umbanda, existem entidades pouco conhecidas e estudadas. Com o tempo, é
natural que algumas delas sejam esquecidas por nós. Uma delas é Pantera Negra, celebrado por uns como
caboclo e por outros como exu.
Seu Pantera era mais conhecido pelos umbandistas de antigamente, quando muito terreiro era de chão
batido, caboclo falava em dialeto, bradava alto e cuspia no chão.
Nas sessões ele comparecia sempre sério, voz de trovão, abraçando bem apertado o consulente que
atendia. Não gostava muito de falatório, queria mesmo é trabalhar.
O tempo foi passando e raramente o encontramos nos centros, tendas e outros agrupamentos de nossa
Umbanda. Aonde terá Seu Pantera ido?
O falecido Pai Lúcio de Ogum (Lúcio Paneque, de querida memória), versado nos mistérios da esotérica Kimbanda, que se diferencia da popular Quimbanda e está distante da vulgar Magia Negra, dizia que Pantera
Negra era chefe de uma Linha de Caboclos que atuam na Esquerda.
Estes caboclos, explicava Pai Lúcio, eram espíritos oriundos de tribos brasileiras muito isoladas e
desconhecidas, ou de tribos das ilhas do Caribe, Venezuela, México e mesmo dos Estados Unidos.
Índios fortíssimos, arredios e alguns até brutos, as vezes gostam de marcar seus "cavalos", ordenando que
coloquem na orelha uma pequena argola e no braço uma espécie de pulseira de ferro.
Ainda costumam receber suas oferendas em encruzilhadas na mata, na vizinhança de uma grande árvore.
Podem ser assentados em potes de barro com ervas especiais, terra de aldeia indígena e outros elementos
secretos, que são consagradas por sacerdotes iniciadas nos mistérios destes espíritos. Pai Lúcio ainda dizia,
que a maioria dos médiuns destes caboclos são homens.
Os mais conhecidos, além de Pantera Negra, são : Caboclo Pantera Vermelha, Caboclo Jibóia, Caboclo
Mata de Fogo, Caboclo Águia Valente, Caboclo Corcel Negro e Caboclo do Monte.
Alguns irmãos umbandistas conhecem estes trabalhadores astrais, com o nome de Caboclos
Quimbandeiros.
Pantera Negra aparece como caboclo e exu, mesmo fora da Umbanda. Na região Sul do Brasil,
principalmente, o encontramos dentro de um grupo muito especial, chamado de Caboclos Africanos.
Ali ele se manifesta com o nome de Pantera Negro Africano, ao lado de Arranca-Caveira Africano,
Arranca-Estrela Africano e Pai Simão Africano, entre outros. A maneira de atuar destes entes é muito parecida
com a dos Caboclos Quimbandeiros, sendo confundidos com frequência.
Alguns adeptos e médiuns que trabalham com estas entidades, acreditam que é o mesmo Pantera.
Porém Seu Pantera Negra vai além. Seu culto é encontrado nos Estados Unidos e no Caribe, como tive a
oportunidade de conhecer, dentro do Xamanismo Nativo, Santeria Cubana (ou Regla de Ocha) e Palo Monte.
Lembro de David Lopez, um santero de Porto Rico. Quando ele fez dezesseis anos, sua tia, Dona Carita, o
levou a uma festa de Orixá e ali ele desmaiou.
Aconselhado por um babalawo, David resolveu fazer o santo. Antes da iniciação para seu Orixá, como de
costume no Caribe, foi celebrado um ritual em honra aos ancestrais (eguns). Na celebração, incorporou em
nosso amigo um espírito de índio bravíssimo... Batia muito no seu magro peito e vociferava como se estivesse
em uma guerra. Quando foi pedido o seu nome, disse o indígena: sou Pantera Negra!
Vi o mesmo tipo de transe aqui no Brasil, em raros médiuns de Seu Pantera, como o querido irmão Mário
(Malê) de Ogum, sacerdote umbandista.
No Haiti ele é conhecido como Papa Agassou (Pai Agassou) e aparece como uma negra pantera e não mais
como índio.
A tradição considera que ele veio da África, da região do antigo Dahomé, onde era celebrado como totem
e protetor da Casa Real. O primeiro nobre desta linhagem, contam os mais velhos, foi um homem-fera, pois
tinha pai pantera e mãe humana.
Agassou é muito temido, pois é profundamente justo e não perdoa os fracos de caráter. Poucos médiuns
conseguem suportar a incorporação dele ou de outros espíritos da família das panteras. É necessária muita
preparação, firmeza de pensamento e moralidade. Do contrário, e isto realmente acontece, o médium começa
a sangrar muito durante a incorporação. É terrível.
Em outras ilhas do Caribe, também encontramos seguidores de Pantera Negra... Alguns o invocam como
espírito indígena e outros como uma força africana, meio homem, meio felino.
No Brasil, ouvi as mesmas recomendações de pessoas que cultuam ou trabalham com Pantera Negra. Pai
Lúcio me disse, que os aparelhos de Seu Pantera não costumavam beber, falar demais ou serem covardes. Eram
disciplinados, verdadeiros guerreiros modernos.
Em certos rituais de Pajelança Cabocla, podemos ouvir o bater incessante do maracá e o chamado do pajé, que canta:

*YAWARA Ê!*
*YAWARA Ê!*
*HEY YAWARA,*
*YAWARA PIXUNA,*
*PIXUNA Ê, YAWARA,*
*YAWARA, YAWARA!*

Yawara Pixuna, quer dizer Pantera Negra. Alguns traduzem como Onça Negra. O canto acima, pode ser
utilizado para afastar espíritos maléficos, que fogem ao ouvir este nome mágico.
Caboclo ou Exu, Pantera ou Onça, brasileiro ou estrangeiro, ele é mais um mistério que Zambi animou. O
tempo passa, mas Pantera Negra ainda persiste.
SALVE PANTERA NEGRA!

*Edmundo é Teólogo especialista em religiões Afro-Caribenhas, o que é fruto de uma vida dedicada ao
estudo superior e livre das religiões.*