sexta-feira, 29 de junho de 2012

Reforma Íntima sem Martírio


Reforma íntima deve ser considerada como melhoria de nós mesmos e não a anulação de uma parte de nós considerada ruim.

Uma proposta de aperfeiçoamento gradativo cujo objetivo maior é a nossa felicidade.

Quem está na reforma interior tem um referencial fundamental para se auto-analisar ao longo da caminhada educativa, um termômetro das almas que se aprimoram: inevitavelmente, quem se renova alcança a maior conquista das pessoas livres e felizes:

 O prazer de viver.

Convenhamos que há muitos companheiros queridos do nosso ideário satisfeitos com o fato de apenas evitarem o mal,
entretanto, estejamos alerta para a única referência ética que servirá a cada um de nós no reino da alma liberta da vida física: Fazer todo o bem que pudermos no alcance de nossas forças.

Para isso, somente trabalhando por uma intensa metamorfose  nos reinos do coração de onde procedem todos os males.

Nossas imperfeições são balizas demarcatórias do que devemos evitar,um aprendizado que pode ser aproveitado para avançarmos.

A postura de “ser contra” o passado é um processo
de negação do que fomos, do qual a astúcia do orgulho aproveita para encobrir com ilusões acerca de nossa personalidade.

O ensino do Evangelho “reconcilia-te depressa com teu adversário enquanto estás a caminho com ele” é um roteiro claro.

Essa conciliação depende da nossa disposição de encarar a realidade sobre nós próprios, olhar para o desconhecido mundo interior, vencer as “camadas de orgulho do ego”, superar as defesas que criamos para esconder as “sombras”e partir para uma decidida e gradativa investigação sobre o mundo das reações pessoais ,através da auto-análise, sem medo do que encontraremos.

Reformar é formar novamente, dar nova forma. Reforma íntima nada mais é que dar nova direção aos valores que já possuímos e corrigir deficiências cujas raízes ignoramos ou não temos motivação para mudar.

É dar nova direção a qualidades que foram desenvolvidas  na horizontalidade evolutiva,que conduziram
o homem às conquistas do mundo transitório.

Agora, sob a tutela da visão imortalista, compete-nos dirigir os valores amealhados na verticalidade para Deus, orientando as forças morais para as vitórias eternas nos rumos da elevação espiritual pelo sentimento.

O passado está arquivado como experiência intransferível e eterna; não há como matar o passado, porém, podemos vitalizá-lo com novos e mais ricos potenciais do espírito na busca do encontro como o ser divino, cravado na intimidade profunda de nós próprios.

Não há como extinguir o que aconteceu, todavia, podemos travar uma relação sadia e construtora de paz com o pretérito...

Não são poucos os companheiros que demonstram silencioso desespero quando percebem que o esforço pessoal de melhoria parece insuficiente ou sem resultados.

Para a maioria de nós, contrariedade significa que algo
ou algum acontecimento não saiu como esperávamos,  por isso algumas criaturas costumam dizer: nada na minha vida deu certo!

É tudo uma questão de interpretação.

Quase sempre essa expressão “não deu certo” quer dizer que não saiu conforme nosso egoísmo.

O desapontamento, portanto é altamente educativo quando a alma, ao invés de optar pela tristeza e revolta, prefere enxergar o futuro diverso daquele que planejou e, no qual a grande meta da felicidade pode e deve estar incluída.

Procure retornar ao ambiente sensório lentamente trazendo essa sensação de felicidade consigo mesmo, de auto-amor.

Repita sempre a vivência.

O êxito dependerá da disciplina na assiduidade e no cultivo do desejo de melhorar sua vida integral.

Seja feliz sempre.

Todos temos um incomparável valor perante a vida, compete-nos descobri-lo e viver plenamente.

Wanderley S. de Oliveira/ Ermance Dufaux

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Águia e a Galinha


Uma metáfora da condição humana

                   Era uma vez um camponês que foi a floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Coloco-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
 - Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
            - De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha. 
Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão. 
 - Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas. - Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
  Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que você de fato é uma águia,  já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.                   O camponês comentou:  
-         Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!  
-         Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia.  
E uma águia será sempre uma águia. Vamoexperimentar novamente amanhã. 

                  
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe: 
-         Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe! 
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.  

O camponês sorriu e voltou à carga: 
-         Eu lhe havia dito, ela virou galinha! 
-                     Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração  de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã a farei voar. 
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: 
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe! 
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. 
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre se mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...
E Aggrey  terminou conclamando:
 - Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus!  Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos . Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

(Autor:  Leonardo Boff)
( Co-autor:  James Aggrey  - Natural de GAMA, pequeno pais da África Ocidental.
Político que defendia a liberdade.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O Hábito de Rotular Pessoas


O nosso planeta é habitado por vários tipos de criaturas, e entre elas os seres humanos. Plantas e animais apenas vivem. Agem e reagem sobre o meio-ambiente, guiados apenas pelos instintos. Mas o homem existe e pode modificar a sua existência e atuar em seu meio, modificando-o. À medida que o homem evolui ele não apenas existe, mas transcende à própria existência.
A complexidade das estruturas psíquicas do homem faz com que ele reaja positiva ou negativamente diante dos estímulos externos, mediante o seu livre-arbítrio.
Dessas reações decorrem as demonstrações de força ou fraqueza, coragem ou covardia, fé ou descrença, amor ou ódio, altruísmo ou egoísmo, humildade ou orgulho.
Um dos hábitos enraizados profundamente nos homens é o de rotular, coisas, situações e pessoas. Rotula-se pessoas com dificuldades de raciocínio de retardadas. Rotula-se os deficientes físicos de incapacitados. Rotula-se ricos, pobres, bonitos, feios, bêbados, homossexuais, prostitutas, negros, heróis, bandidos e tantos rótulos que se torna impossível enumerá-los.
É ruim rotular porque esquecemos que por traz dos rótulos existem pessoas que amam, odeiam, choram, riem, possuem toda uma gama de sentimentos e qualidades próprias dos seres humanos.
Transpondo essa mesma situação para o movimento espírita vemos que não estamos livres do impulso de rotular. Idéias divergentes são rotuladas de "movimentos paralelos". Infelizmente linhas paralelas não se encontram nunca. Os que se dedicam ao estudo da ciência espírita são classificados como científicos, e místicos ou religiosos são os que aceitam o espiritismo como uma religião. Os que preferem tê-lo como uma filosofia não religiosa, são denominadas "laicos".
Rotulamos de obsessores os espíritos que atuam maleficamente sobre as pessoas. Obsedados são os que sofrem esse assédio. Por traz do rótulo de obsessor identificamos o espírito maldoso, vingativo, esquecidos de que ele pode ter razões ponderáveis para agir desta maneira, e ainda não é capaz de perdoar. Ele pode odiar alguém e obsidiá-lo, mas pode ser que ame muitos outros. O obsedado, quando não é rotulado de pobre vítima, é classificado como caráter frágil, ou espírito endividado.
Não estamos justificando a existência de obsedados e obsessores, nem estamos iludidos a ponto de julgar que não existam espíritos maus, porém lembrando a todos que o rótulo serve para a classificar certas coisas, mas nem sempre refletem toda a realidade.
Felizmente o Espiritismo está acima de rótulos e tendências, teorias ou práticas, pois ele é a própria vida. É o amor que se faz presente, se materializa entre nós para nos iluminar.
Lembremo-nos que o rótulo é frio, estático, inclemente. Por isso temos que lutar contra a nossa tendência de tudo rotular, colocando mais amor e compreensão em nossos julgamentos. O mesmo amor e compreensão que desejamos para nós mesmos.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Que sonhos orientam nossa vida?

por Leonardo Boff                    

O que decide o destino de nossa vida é o sonho que alimentamos e o que fazemos para realizá-lo. Por isso os sonhos são da maior importância. Morrem as ideologias e envelhecem as filosofias. Mas os sonhos permanecem. São eles o húmus que permite continuamente projetar novos projetos pessoais novas formas de convivência social e de relação para com a natureza.

1.Qual é o nosso sonho do homem branco

Com acerto escrevia o cacique pele vermelho Seattle, ao governador Stevens, do Estado de Washington em l856, quando este forçou a venda das terras indígenas aos colonizadores europeus. O cacique, com razão, não entendia por que se queria comprar a terra e com ela, a aragem, o verde das plantas e o esplendor da paisagem. Neste contexto refletia que os peles vermelhas compreenderiam o por quê e a civilização dos brancos “se conhecessem os sonhos do homem branco, se soubessem quais as esperanças que transmite a seus filhos e filhas nas longas noites de inverno e quais as visões de futuro que oferece para o dia de amanhã”.

domingo, 24 de junho de 2012

XANGÔ


Talvez estejamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro Deus Iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras.
Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo.
Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos.
Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão.

sábado, 23 de junho de 2012

Eu, a Umbanda e o Templo


Saravá Meus Irmãos!

Muitas vezes, como dirigentes de um Templo Umbandista, nos deparamos com situações peculiares, que nos levam a refletir e pensar em diversas intercorrências tanto no trato com a Espiritualidade como no trato interpessoal.
Temos como bandeira a Caridade, mas o que ela vem a realmente ser? Será que conseguimos compreende-la de forma clara e profunda, de forma verdadeira? Será que o que realmente estamos fazendo é a caridade, ou apenas uma pseudocaridade?
Se nos lembrarmos do Divino Rabi, ele nos ensinou o “Sim, Sim, Não, Não”, onde o bom combate deve ser travado para nos auxiliar e auxiliar o nosso irmão. Nunca falou em expor os atos para justificar os fatos, mas sim, sempre amparou, mesmo que neste amparo fosse preciso ser mais duro e firme com os seus.
Procurou vivenciar o amor, mas com disciplina, e por vezes foi e ainda é mal compreendido pelos demais irmãos de evolução.
No “sim, sim, não, não” ele nos impõe a necessidade de definir posturas, fazer escolhas, nos expor e expor o que realmente queremos, sentimos e temos. Não nos é lícito, espiritualmente falando, alterar fatos para que os demais companheiros sintam pena e dó das nossas próprias escolhas, ocultar sentimentos e posturas para macular a postura do outro.
Fácil fazer com que o julgamento saia, difícil é buscar a compreensão dos reais motivos que levaram a chegada daquele momento em tela.
Ser a vitima recorrente da perseguição humana, utilizar da vitimização para conseguir ocultar as próprias mazelas, eis a postura mais comum dentre os irmãos de evolução, e neste ponto que a Espiritualidade, na figura dos Guias tiram nossas máscaras, nos revelam e quebram nossas fantasias.
A Caridade é auxiliar na evolução, na transformação, é permitir que cada individuo consiga, com seus próprios méritos, quebrar a casca de seu ovo, mesmo que para isso ainda pareça estar fragilizado e fraco, com dores e medos, com revoltas e frustrações. É bicar o próximo para que caia de um penhasco, e quando ele sentir que se não abrir as asas ira morrer ao atingir o solo, descobre que consegue voar, como um falcão, e o medo de ousar fora do ninho desaparece.
É conseguir crescer com as cicatrizes que no futuro virarão belas histórias e recordações.
Eis a Caridade que encontramos na Umbanda, não a solução de nossas aflições, mas sim o convite para a verdadeira transformação, o resgate do “EU” verdadeiro, e enfim, o enfrentamento do bom combate diante do mundo.
Muitas vezes as palavras vibram de forma desconfortável, mas é para conseguir nos fazer reencontrar a nota harmônica de nossa essência, ouvindo a nota fora do tom, buscamos afinar nossos instrumentos para tocar o tom certo.
O brado, a língua estranha, o trejeito, o jeito, a estranha forma da manifestação da Espiritualidade nada mais é do que o próprio conjunto de instrumentos que separados podem soar estranhos, mas juntos são a sinfonia da transformação.
Difícil ao irmão de fé, ou que assim se diz, perceber que antes do nascimento da FENIX, existiu, viveu e morreu um pássaro desprovido de beleza, e na morte dolorosa, na queima total de si mesmo, ele ressurge como a FENIX, que sangra os céus, que mergulha nas Cordilheiras do Himalaia, enfrenta o frio da Sibéria, o calor do Saara, a chuva da Amazônia e sempre esta bela e forte, preparada para novos voos.
Eis a Caridade, como me é explicada pelo Sr. Caboclo das Sete Lanças, que no brado, das línguas ancestrais, não fala a minha língua, mas fala no meu vibrar. Me lança neste momento no conforto da certeza que ainda estou aprendendo, me desenvolvendo.
Aos que ainda não conseguem compreender a missão do Templo Escola Estrela da Manhã, sugerimos deixar o pensar, o falar e o raciocinar de lado, e se permitam vibrar na frequência Cósmica, que é quem nos ampara e sustenta.
Em relação aos irmãos que passam, sentimos saudades e a falta da convivência, mas o resgate e os mergulhos nas profundezas da escuridão não podem cessar, o compromisso que temos em sermos ferramentas de amparo e resgate é premente a nossa própria escolha, então, em momento futuro, estaremos novamente em companhia, mas por ora, sigamos nossas trilhas, que para alguns é conhecer a luz, e mergulhar nas trevas, para outros é conhecer as trevas e buscar a luz.
Que Olorum nos ampare hoje e sempre.
Que nossos Pais e Mães Orixás nos sustentem.
Que nosso Pai Ogum Sete Lanças nos Guie.
Que nosso Pai Chico Preto, ou para nós, Pai Chiquinho nos Ilumine.
Que nosso Pantera Negra nos cure.
E todos que estão na Egregora do Templo Escola Estrela da Manhã nos ajude a cumprir com o que nos foi confiado.
E que meus irmãos de fé compartilhem comigo desta jornada.

Julio Isao
Caboclo Sete Lanças

quinta-feira, 21 de junho de 2012

PERDA E SUSPENSÃO DA FACULDADE MEDIÚNICA


As características de quem abusa do exercício mediúnico são:
- acreditar-se privilegiado por possuir a faculdade;
- não atender às solicitações de estudo da Doutrina;
- achar que o guia espiritual ensina tudo;
- não ter horário para trabalhar mediunicamente, entregando-se à prática a qualquer hora, ocasião e local;
- fazer trabalhos mediúnicos habitualmente em casa domiciliar;
- cobrar monetária ou moralmente pelos bens que eventualmente possa obter pela faculdade mediúnica.
O médium que emprega mal a sua faculdade está se candidatando:
- a ser veículo de comunicações falsas;
- a ser vítima dos maus Espíritos;
- à obsessão;
- a se constituir em veículo de idéias fantasiosas nascidas de seu próprio
Espírito orgulhoso e pretensioso;
- à perda ou suspensão da faculdade mediúnica.
A faculdade mediúnica pode ser retirada em determinadas circunstâncias da vida?
Eis a resposta de Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier:
"Os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o patrimônio
divino é desviado de seus fins, o mau servo torna-se indigno da
confiança do Senhor da seara da verdade e do amor. Multiplicados no bem,
os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas;
todavia se sofrem o insulto do egoísmo, do orgulho, da vaidade, da
exploração inferior, podem deixar o intermediário do invisível entre as
sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de
expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irrefletidos." [O
Consolador-qst389]
Existem casos em que a interrupção demonstra uma prova de benevolência do
Espírito protetor para com o médium, segundo nos esclarece Allan Kardec [LM-it 220].
Nesta situação, há três aspectos a considerar:
1º - Quando o Espírito amigo e protetor quer provar que a comunicação mediúnica
não depende dele, médium, e que assim, este não se deve vangloriar ou envaidecer;
2º - Quando o médium está debilitado fisicamente e precisa de repouso;
3º - Quando se fizer necessário por à prova a paciência e a perseverança do
médium ou lhe dar tempo para meditar nas instruções recebidas dos Espíritos.
Como vemos, a mediunidade pode ser considerada como verdadeiro instrumento de
redenção da criatura humana, que, ao usá-la com dignidade e coração, tem oportunidade de
exercitar as virtudes cristãs como a humildade, o perdão, o amor e a caridade.
Sendo uma faculdade como as outras que possuímos, pode de uma hora para outra
sofrer interrupções. Isto acontece porque a produção mediúnica ocorre através do concurso
dos Espíritos, sem eles nada pode o médium; a faculdade continua a existir em essência
mas os Espíritos não podem ou não querem se utilizar daquele instrumento mediúnico.
Os bons Espíritos se afastam dos médiuns por vários motivos.
Analisemos alguns:
a) Advertência: quando o médium se serve da faculdade mediúnica para atender a
coisas frívolas ou com propósitos ambiciosos e desvirtuados.
Como coisas frívolas, citamos a prática dos "ledores da sorte". Infelizmente,
este desvirtuamento da verdadeira prática mediúnica existe em larga escala, e, mais cedo
ou mais tarde, tais médiuns terão que prestar contas ao Senhor da aplicação feita dos
talentos recebidos.
Os chamados "profissionais da mediunidade" não se agastam em receber pagamentos,
quer sob a forma de dinheiro, presentes, favores, privilégios ou até mesmo dependência
afetiva ou emocional.
Recordemos as palavras do Espírito Manoel Philomeno de Miranda:
"(...) o médium, habituando-se aos negócios e interesses de baixo teor
vibratório, embrutece-se, desarmoniza-se (...). A mediunidade com Jesus,
liberta, edifica e promove moralmente o homem, enquanto que, com o mundo,
aturde, escraviza e obsidia a criatura." [Seara do Bem, Profissionais da
Mediunidade]
Quando os Espíritos que sempre se comunicam por um determinado médium deixam de
o fazer, o fazem para provar ao médium e a todos que eles são indispensáveis, e que, sem
o seu concurso simpático, nada se obterá. Muitas vezes, tal atitude se prende à forma
pela qual o médium vem se conduzindo, deixando a desejar sob o ponto de vista moral e
doutrinário.
Geralmente, este tipo de suspensão é por algum tempo e a faculdade volta a
funcionar, cessada a causa que motivou a suspensão.
b) Benevolência: quando as forças do médium estão esgotadas e seu poder de
defesa fica reduzido, para que não caia como presa fácil nas mãos de obsessores, sua
faculdade é suspensa, temporariamente, até que volte aos seu estado normal e possa
exercitar com eficiência. Assim,
"A interrupção da faculdade nem sempre é uma punição, demonstra às vezes
a solicitude do Espírito para com o médium, a quem consagra afeição,
tendo por objetivo proporcionar-lhe um repouso material de que o julgou
necessitado, e neste caso não permite que outros Espíritos o substituam."
[LM-it 220]
Léon Denis [No Invisível-cap IV] afirma que:
"A intensidade das manifestações está na razão direta do estado físico e
mental do médium. A saúde do médium parece-nos ser uma das condições de
sua faculdade. Conhecemos um grande número de médiuns que gozam perfeita
saúde; temos notado mesmo que, quando a saúde se lhes altera, os
fenômenos se enfraquecem e cessam de se produzir."
Por que sinal se pode reconhecer a censura na interrupção da mediunidade?
"Que interrogue o médium a sua consciência e pergunte a si mesmo que uso
tem feito da sua faculdade, que benefícios têm resultado para os outros,
que proveito tem tirado dos conselhos que lhe deram, e terá a resposta."
[LM-it 220]
Vianna de Carvalho nos diz que
"O mau uso da faculdade mediúnica pode entorpecê-la e até mesmo fazê-la
desaparecer, tornando-se para o seu portador, um verdadeiro prejuízo, uma
rude provação. Algumas vezes como advertência, interrompe-se-lhe o fluxo
medianímico e os Espíritos superiores, por afeição ao médium, permitem
que ele perceba, a fim de mais adestrar-se, buscando descobrir a falha
que propiciou a suspensão, restaurando o equilíbrio; outras vezes, é-lhe
concedida com o objetivo de facultar-lhe algum repouso e refazimento.”
c) Provação: quando o médium, apesar de se conduzir com acerto, ter o
merecimento por boa conduta moral e não necessitar de descanso, tem suas possibilidades
mediúnicas diminuídas ou interrompidas, Allan Kardec nos diz que:
"Servem para lhes por a paciência à prova e para lhes experimentar a
perseverança. Por isso é que os Espíritos nenhum termo, em geral, assinam,
à suspensão da faculdade mediúnica; é para verem se o médium desanima.
Muitas vezes, serve também para lhes dar tempo de meditar as instruções
recebidas.
Outra causa é quando o médium não aproveita as instruções nem os conselhos
que os protetores espirituais propiciam. O Espírito protetor aconselha
sempre para o bem, sugerindo bons pensamentos ou amparando nas
aflições o seu tutelado mas, em situação alguma, desrespeita o livrearbítrio
de quem quer que seja. (...) Afasta-se, quando vê que seus
conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido, a decisão de
submeter-se à influência dos Espíritos inferiores. Mas não o abandona
completamente e sempre se faz ouvir. É então o homem que tapa os ouvidos.
O protetor volta desde que este o chame." [Le-qst 495]
No caso de não mais funcionar a faculdade mediúnica, isto jamais se deve ao fato
de o médium ter encerrado a sua missão, como se costuma dizer, porque toda missão
encerrada com sucesso é prenúncio de nova tarefa que logo se lhe segue, e assim,
sucessivamente. O que ocorre nestes caso é a perda por abuso da mediunidade ou por doença
grave.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mensagens Recebidas no Trabalho de ArteCura de 19.06.12

"Quatro dias e quatro noites nas águas tempestuosas do oceano trouxeram a certeza de que a expedição chegara ao fim.
Meus sonhos posso dizer que foram realizados, me senti completo, inteiro, eu mesmo e a presença de Deus era única. Mas alguma coisa ainda me incomodava. A família que me apoiara, agora estava distante, e em ali, em meio a tudo e sem nada. É bem difícil entender a natureza do mundo, das pessoas, das coisas. Busquei sempre satisfazer minhas vontades, as vontades de minha família comprei com dinheiro. Fui um homem que sentiu prazer em estar vivo. Acertei algumas vezes e falhei noutras. Seguindo sempre a direção de que "NAVEGAR É PRECISO". A frase mais bem dita de todas épocas.
E assim fiz da minha vida uma navegação. Não couberam no barco aqueles que amava. Mas por me amar mais do que tudo quando meu veleiro afundou, só trouxe mágoa, ressentimentos e tristezas daqueles que abandonei.
Há diferentes maneiras de abandonar alguém.
Uma delas é pensar que está fazendo de tudo por alguém, quando você percebe que ela não é mais ela, passa a ser aquilo que você quer fazer dela, enfim, a manipulação faz com que os outros se sintam abandonados por eles próprios.
Já outra maneira, ainda na vertente do egocentrismo, é só fazer o que lhe dá prazer sem ao menos olhar para trás, é sempre a outra pessoa que faz a caridade de apoiar seus planos.
Existe também a mais perigosa de todas, o de se fazer abandonado. Fechando as portas do seu mundo porque as pessoas não servem para habitá-lo. É sempre regado a chantagem, é sempre um jogo para estar sozinho. Assim eu fiz com a minha vida. Entendendo que meus familiares e amigos não serviam, ou não eram bons o suficiente para a minha organização, me lancei a viagens, dizendo estar a disposição do desenvolvimento da humanidade. E hoje sofro a ausência daqueles os quais deixei no porto a me esperar.

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Do lado de cá temos chance de pensar e nos reencontrar. Sempre somos amparados, auxiliados e tratados.
O tempo é sempre amigo nestes momentos.
Hoje venho a este grupo trazer minha experiência para que agreguem aos tratamentos psicológicos dos pacientes.
Que  a força das mares tragam todos os alimentos espirituais e materiais.

J
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terça-feira, 19 de junho de 2012

Afetividade


As manifestações do amor são tão infinitas, desde as mais primárias até às mais elevadas, que fogem ao nosso entendimento. Na verdade sabemos teorizar o amor, mas não o conhecemos em sua plenitude. Por isso comecemos pela afetividade, como valor principal, porque se nos habituarmos a vivenciá-la, estaremos dando passos importantes para o desenvolvimento do amor mais pleno em nós.
Sabemos que nossas palavras, sentimentos e ações são fortemente influenciados pelos nossos estados de espírito, pelo nosso “clima interior”. Assim, cuidando desse “clima”, estaremos facilitando sobremaneira a vivência de atitudes mais condizentes com o conhecimento espiritual que já alcançamos e com o nosso momento evolutivo.
Sugerimos que pare por instantes esta leitura para imaginar algumas situações nas quais um estado de espírito afetivo pode induzir a atitudes mais condizentes com os valores ensinados pelo Espiritismo.
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Num seminário sobre perdão e auto-perdão o médium e orador espírita Divaldo Franco disse:

segunda-feira, 18 de junho de 2012

BEZERRA DE MENEZES REAFIRMA FASE DE RENOVAÇÃO DO PLANETA


Filhos da alma:

Que o Senhor nos abençoe!

A criatura terrestre destes dias, guindada pela ciência e pela tecnologia a patamares elevados do conhecimento, ainda estorcega nas aflições do seu processo evolutivo.
As conquistas relevantes logradas até este momento não conseguiram equacionar o problema da criatura em si mesma.
Avolumam-se os conflitos entre as nações apesar do esforço de abnegados missionários na área da política e da diplomacia internacionais. Cresce o conflito entre os grupos sociais, nada obstante o empenho de dedicados seareiros do Bem, tornando-se pontes para o entendimento entre os grupos litigantes.
O espectro da fome vigia as nações tecnológica e economicamente menos aquinhoadas, ameaçando de extermínio larga fatia da população terrestre, não se considerando os milhões de indivíduos que, sobrevivendo à calamidade, permanecerão com seqüelas inamovíveis.
A violência urbana, por todos conhecida, atinge níveis quase insuportáveis. E apesar do sacrifício de legisladores abençoados pelo Mundo Espiritual Superior, cada dia faz-se mais agressiva e hedionda, sem arrolarmos os prejuízos dos fatores pretéritos que a desencadearam através dos impositivos restritivos à liberdade individual e das massas.
Não podemos negar que este é o grande momento de transição do Mundo de Provas e de Expiações para o Mundo de Regeneração.

O que você faz com a sua desmotivação?


Saravá meu Povo.

O texto abaixo é uma reflexão que cabe a todos nós.
Boa leitura e se quiserem, podem comentar rsrsrs.

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Conhecemos muitas pessoas e histórias que tinham tudo para dar errado, mas por algum motivo deram certo.
Todos nós, vez ou outra, vivemos situações que nos desafiam, e muitos desanimam diante da dificuldade.

Às vezes, as pessoas tentam fugir da realidade por meio de bebida, drogas, diversão ou até navegando em sites que não possuem ligação direta com o seu problema (desafio).
Um vendedor ou até um gerente, por exemplo, pode ficar navegando no Orkut em vez de tomar uma atitude diante de um momento muito lento em vendas.
A situação o desafia a “novas repostas e soluções”, porém a pessoa não consegue “ler” dessa forma.
A pessoa vê como “um momento horrível” e “que nada dá certo”.

Acredito que um passo importante para alguém se tornar inteligente emocionalmente numa situação de desmotivação é se observar nesses momentos.
O que geralmente você faz?
Como reage?
Quais são as palavras e frases que mais usa?

Às vezes, repetimos os comportamentos de nossos pais.
Temos um cliente que repetia o comportamento da mãe, que era uma pessoa altamente negativa diante das situações difíceis.
Após um trabalho terapêutico, ele pode identificar esse comportamento em si.

O segundo passo é experimentar novos comportamentos.
Em vez de entrar na inércia, invista energia em novas ações.
Se estiver sobrando tempo, aproveite para fazer coisas que geralmente você não faz quando falta tempo.

A terceira etapa será a de experimentar resultados positivos.
É impossível perder o jogo quando se trabalha duro.
E a sensação de vitória é algo que nos faz bem.

Costumo falar nos meus treinamentos que “desmotivação é um luxo”.
As pessoas que mais precisam ganhar dinheiro, ter uma vida rica, saudável e ser feliz são aquelas que mais precisam se motivar.
Buscar novas soluções e respostas.

Desmotivação não paga as nossas contas.
Na verdade, é uma sensação que propõe um desafio a nós mesmos.
Tome a decisão certa e crie algo verdadeiramente produtivo, em vez de se jogar na inércia.

Não deixe a inércia tomar conta da sua vida

domingo, 17 de junho de 2012

TV GLOBO CORRIGE NOTÍCIA SOBRE FALSO PAI DE SANTO


Seguem abaixo 2 vídeos importantes para seu conhecimento.
 
A TV Globo em seus noticiários de hoje, 14 de junho, reconheceu seu erro na divulgação de uma noticia em que um falso pai de santo foi preso em Nilópolis (RJ) por extorquir " clientes" afirmando trazer a " pessoa amada"  em 3 horas.
 
O Movimento da Juventude Umbandista, coordenado por Átila Alexandre Nunes, enviou ontem àquela emissora de TV, a nota abaixo:
 
 
Senhor Editor-Chefe de Jornalismo da Rede Globo de Televisão,
 
O noticiário de hoje aponta Edmar Santos de Araújo, o Pai Bruno da Pombagira, preso em Nilópolis (RJ) por extorsão,  como " pai de santo". Ele não é e nunca foi diretor de culto umbandista. Não tem um centro com médiuns, nada. Trata-se apenas de um oportunista que se fazia passar por dirigente de centro.
 
Por isso, encarecemos, em nome do Movimento da Juventude Umbandista, que seja corrigida a divulgação, nominando o criminoso como falso pai de santo.
É assim que ocorre com os falsos médicos, pastores e padres, que se valem da ingenuidade e boa fé das pessoas.
 
Por último, lembro que não existe dentro do culto umbandista qualquer prática de trazer a "pessoa amada". Este não é o objetivo da nossa religião.
 
ÁTILA ALEXANDRE NUNES
Movimento da Juventude Umbandista
 
 Hoje, no seu primeiro noticiário, o " Bom Dia Rio" , faz a correção. Assista:
Abaixo, segue o comentário completo de Átila Alexandre Nunes no programa Melodias de Terreiro na RÁDIO BANDEIRANTES am 1360:
 

sábado, 16 de junho de 2012

Organização Mundial da Saude reconhece obsessão espiritual como doença

Saravá Meu Povo.

Retomando um tema que foi postado a algumas semanas atrás, que é o reconhecimento da Obsessão como patologia pela Organização Mundial de Saúde, e da necessidade dos Terreiros de Umbanda, Casas Espíritas, Roças de Candomblé e outros locais de atendimento espiritual estarem preparados para atender esta nova demanda, estou postando o link do programa 34 do Programa Visão Espírita, de São José dos Campos, onde, no ano passado, falamos um pouco sobre estas questões.

O link é http://www.visaoespirita.tv/programas.php?pgm=34&ano=2011&pag=5.

Abraços a todos e muito Axé.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Para Pensar e Refletir


Este é quase que o "carma" da Umbanda e do Candomblé,
pagar o preço da ignorância alheia,
aturar gente que quer comprar pessoas com "trabalhos" espirituais,
e saber, claro, que onde tem procura tem oferta e vice versa…


O problema é sempre mais em baixo… mas a conta infelizmente vem sendo paga, em parte, por nós
adeptos das religiões mediúnicas…
Alexandre Cumino


O (falso) pai de santo, a mídia e o CONAR
Por: Rosiane Rodrigues - 13/6/2012
A prisão de Edmar Santos de Araújo – o pai Bruno – por extorsão e formação de quadrilha deveria servir para que os sacerdotes de matrizes africanas tomassem uma postura junto aos muitos classificados de jornais que publicam anúncios cada vez mais surpreendentes sobre os ‘trabalhos espirituais’ que fazem e desfazem qualquer coisa.
Edmar (ou pai Bruno de Pombagira) foi preso ao extorquir uma cliente. Ele prometia trazer o amor perdido de volta, em – Pasmem! - cinco horas. E cobrava caro! O fato, veiculado por quase todos os veículos de comunicação do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (13/06), propõe que a mídia e os religiosos repensem sobre as ignorâncias e desconhecimentos que grassam sobre as muitas práticas religiosas de origem africana que permeiam o imaginário da população. Para muitos é apenas menos um marmoteiro em ação.

Para quem não sabe o que significa marmoteiro, eu explico: na linguagem dos adeptos e iniciados dos cultos dos orixás, voduns e inkices (e também dos umbandistas) é aquele que se diz sacerdote, se faz passar por sacerdote, mas não é nem nunca foi um sacerdote.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"O que você espera de um terreiro?"

Fonte: http://serumbandista.blogspot.com.br/2012/05/duas-perguntas.html
Autor: Claudio Correa

"O que você espera de um terreiro?"

E é exatamente sobre isso que conversaremos hoje. A minha opinião é simples: não espere nada! Porque é exatamente este o propósito da Umbanda, você não ganhará absolutamente nada da instituição ou de qualquer pessoa lá, seja ela carnal ou espirito. O umbandista está na fé para se doar, ele tem a consciência de que faz parte de uma grande máquina chamada vida e sabe que ali ele representa uma dentre milhões de engrenagens que precisa funcionar perfeitamente para que toda a estrutura siga em frente sem danos ou excesso de pressão na engrenagem seguinte. E ele faz mais, ele trabalha mais do que realmente pode para que alguma peça próxima que, por ventura esteja com alguma dificuldade, não sofra tanto com o peso do trabalho.

Isso é ser umbandista: é dar sem esperar receber. Não falo de dar algo material, algum objeto ou valor, eu refiro-me a dar-se, a se entregar de corpo e alma ás atividades do templo afim de aliviar o sofrimento alheio. Fazendo isso vocês sentir-se-ão mais recompensados do que se fossem aplaudidos de pé por uma multidão, isso eu posso apostar!

"Mas como eu faço isso mesmo estando cheio de problemas?"

É uma questão de visão. Uma outra amiga (creio que já posso me referir á ela assim) me mandou hoje uma linda mensagem que, em suma, diz que a vida é uma questão de escolhas. Você escolhe estar feliz ou triste, viver ou morrer, ajudar ou esperar auxílio mesmo sabendo que Oxalá lhe deus plenas condições físicas e mentais de vencer as demandas? A escolha é sua, o livre arbítrio é uma dádiva que Deus nos deu para que possamos fazer de nossas vidas o que bem entendermos e arcar com as consequências. Por isso eu digo a vocês que escolham estar bem, firmes e dispostos, que vão ao terreiro ou ao templo de sua fé para ajudar e fazer o bem, para contribuir com a sua força de espírito. Você sentirá como as energias do local mudarão, como tudo fluirá melhor e mais gracioso. E se você tem problemas, não se preocupe porque você não está só. Todos temos em menor ou maior grau, mas temos! Só que na Umbanda cremos em duas Leis que convergem: a Lei do Retorno e a Lei do Trabalho. Então ajude e a vida lhe mostrará a sua gratidão.

Com base neste pensamento eu deixo duas  questões a vocês:
  1. O que você espera de seu terreiro (leia-se sua religião)?
  2. O que você acha que seu terreiro espera de você?

Santo Antônio - Nossa Homenagem


HISTÓRIA

Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua (nasceu na capital portuguesa; passou seus últimos dias na cidade italiana), chamava-se Fernando, antes de ingressar na Ordem dos Franciscanos, em Coimbra.

Por conta da doutrina adquirida e propagada como frade menor, é o santo defensor dos pobres. Também era evocado para achar coisas perdidas, tal como São Longuinho. No dia que lhe é consagrado, 13 de Junho, distribui-se o pãozinho que deve ser guardado numa lata de mantimentos, como 'amuleto' de garantia que não falte comida durante o ano. Os lírios brancos que acompanham sua imagem indicam a pureza e os sentimentos nobres.

A escolha de Santo Antônio como padroeiro dos namorados deve-se a uma narrativa sobre o santo português; este durante o tempo em que esteve em França, dirigiu-se a um povoado onde casar era considerado um pecado. No local, o santo pregou sobre a importância da formação das famílias, vindo daí tradição que o tornou popular como santo casamenteiro.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sabedoria Indigena


Fundamentos Divinos das Linhas de Umbanda Sagrada


A Umbanda, ainda que não evidencie isso à primeira vista, é uma religião muito rica em fundamentos divinos. E, se isso acontece, é porque é nova, não foi codificada totalmente e não tínhamos um indicador seguro que nos auxiliasse na decodificação dos seus mistérios.
Atualmente, um século após sua fundação por Zélio Fernandino de Moraes e o senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, espíritos mensageiros têm transmitido-nos algumas chaves mestras que têm aberto vastos campos para decodificarmos seus mistérios e iniciarmos sua verdadeira codificação, tornando-a tão bem fundamentada que talvez, no futuro, outras religiões recorram a estas chaves para interpretarem seus próprios mistérios. Se não, vejamos:
  1. Na Umbanda, as linhas de trabalhos espirituais, formadas por espíritos incorporadores, têm nomes simbólicos.
  2. Os guias incorporadores não se apresentam com outros nomes, e só se identificam por nomes simbólicos.
  3. Todos eles são magos consumados e têm na magia um poderoso recurso, ao qual recorrem para auxiliarem as pessoas que vão aos templos de Umbanda em busca de auxílio.
  4. Um médium umbandista recebe em seus trabalhos vários guias espirituais cujas manifestações ou incorporações são tão características que só por elas já sabemos a qual linha pertence o espírito incorporado.
  5. As linhas são muito bem definidas e os espíritos pertencentes a uma linha falam com o mesmo sotaque, dançam e gesticulam mais ou menos iguais e realizam trabalhos mágicos com elementos definidos como deles e mais ou menos da mesma forma.
  6. Cada linha está ligada a alguns orixás e podemos identificar nos seus nomes simbólicos a qual dos espíritos de uma mesma linha são ligados.
  7. Isto acontece tanto com as linhas da direita quando com as da esquerda, todas regidas pelos sagrados orixás.