sábado, 28 de dezembro de 2013

Diferença entre as Ciganas e as Pomba Giras Ciganas

Os Ciganos trabalham em todos os “lugares”, são livres para trabalhar e precisam dessa liberdade para sua evolução. Os Ciganos não trabalham a serviço de um Orixá específico, eles respeitam os Pais e Mães Divinos dos médiuns, por isso não são guardiões de um terreiro. Essa linha trabalha em paralelo e conjugada com as demais, onde o seu compromisso primeiro é com a caridade e não com nenhuma outra linha específica. Os Ciganos são protetores e não guardiões. Podem trabalhar dentro da linha de Exu porém sem função de chefia e de guarda. Já os Exus Ciganos e Pomba Giras Ciganas são Exus e Pomba Giras como outros quaisquer, exercendo todas as funções que qualquer Exu e Pomba Gira exercem. Em resumo: Cigano é uma coisa, Exu Cigano é outra. Eles têm funções diferentes, embora a mesma origem cigana. Os Ciganos se manifestam nos terreiros de Umbanda, justamente por ela ser uma religião aberta e dar liberdade para qualquer linha de trabalho que venha fazer caridade. Por serem muito alegres, os médiuns começaram a se fascinar e ter excesso de culto por essa Linha. Aí começaram as vaidades, as roupas enfeitadas, bebidas, fumos, danças, firmezas, assentamentos, jogos em casa ou até mesmo no terreiro, e assim, infelizmente, muitos espíritos que ainda estavam em “desenvolvimento” para ingressar nessa Linha se perderam junto com os médiuns, e hoje podemos ver os absurdos que são feitos usando o nome de entidades de luz. Lembrem sempre que todas as entidades são iguais, trabalham juntas em um único objetivo, a Caridade. Pensem: a árvore para dar frutos e sombra precisa da água para germinar a terra, da terra para poder se fixar, ter um porto seguro e poder ter vida, do vento para espalhar suas sementes e assim formar uma mata, do calor do sol para o crescimento das sementes. Agora vou mostrar como isso funciona dentro de um terreiro de Umbanda. O médium precisa de um(a) dirigente espiritual para ajudá-lo a se desenvolver, do terreiro como um porto seguro para incorporar as entidades, de estar harmonizado com o alto para expandir a caridade, de estar equilibrado para doar energia e poder ajudar uma pessoa necessitada. Cuidado: Tudo em excesso pode ser destruidor. Se há amor em excesso, há ciúmes e possessão, Se há ódio, há morte, Se há fascinação, há vaidade, Se há alegria em excesso, há inveja, Se há tristeza em excesso, há depressão, Se há culto em excesso, há fanatismo. É preciso que tudo na vida esteja bem equilibrado, e o equilíbrio tem um nome que se chama Umbanda. Umbanda é a paz interior, é fazer caridade ao desconhecido, é o amor pela vida e pelo próximo. Umbanda é luz, vida e amor.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Médium de Umbanda

Autor: Rubens Saraceni


O médium de Umbanda, ainda que muitos não o valorize, é o ponto chave do ritual de Umbanda no plano material.  E, por sê-lo, deve merecer dos filhos de Fé já maduros (iniciados) toda atenção, carinho e respeito quando adentram no espaço interno das Tendas, pois é mais um filho da Umbanda que é “dado” à luz.
E tal como quando a generosa mãe dá à luz mais um filho, onde tanto o pai quanto os irmãos se acercam do recém-nascido e o cobrem de bênçãos, amor, carinho e compreensão para com seus choros, o novo filho de Fé ainda é uma criança que veio à luz e precisa de amparo e todos os cuidados devido à sua ainda frágil constituição íntima e emocional.
Do lado espiritual, todo o apoio lhe é dado, pois nós, os espíritos guias deles, sabemos que este é o período em que mais frágil se sente um ser que traz a mediunidade.  Para um médium iniciante, este é um momento único em sua vida e também um período de transição, onde todos os seus valores religiosos anteriores de nada lhe valem, pois outros valores lhe estão sendo apresentados.
Para todos os seres humanos este é um período extremamente delicado em suas vidas. E não são poucos os médiuns que se decepcionam com a falta de compreensão para com sua fragilidade diante do novo e do ainda desconhecido.
É comum uma pessoa dotada de forte mediunidade e de grandes medos ser vista como “fraca” de cabeça pelos já “tarimbados” médiuns. Mas estes não param para pensar um pouco no que realmente incomoda o novo irmão e, com isto, o Ritual de Umbanda Sagrada vê mais um dos seus recém-nascidos filhos perecer na maior angústia, e socorre-se a outros rituais que primam pela ignorância do mundo espiritual e sufocam nos seus fiéis seus mais elementares dons naturais.
Muitos apregoam que tantos e tantos brasileiros são umbandistas, e que isto demonstra o vigor da religião umbandista. Mas, infelizmente, isto não é verdade, e só serve para diminuir o que poderia ser uma grande verdade. Vários milhões de brasileiros já assumiram suas mediunidades por completo e são médiuns praticantes, que incorporam regularmente seus Guias dentro das Tendas onde trabalham, ou nas suas reuniões mais íntimas em suas próprias casas.  Mas alguns milhões de filhos de Fé com um potencial mediúnico magnífico já foram perdidos para outros rituais, porque os diretores das Tendas não deram a devida atenção ao “fator médium” do ritual de Umbanda, assim como não atentaram para o fato de que aqueles que lhes são apresentados pelos Guias zeladores dos novos médiuns, se lhes são enviados, o são pelo próprio espírito universal e universalista que anima a Umbanda Sagrada, e que é o seu espírito religioso, que no lado espiritual tem meios sutis de atuar sobre um filho de Fé, mas no lado material depende fundamentalmente dos pais e mães no Santo, animadores materiais desse corpo invisível, mas ativo e totalmente religioso.
É tão comum vermos médiuns já iniciados que não tem a menor noção da existência desse corpo religioso umbandista que se move através do plasma universal que é Deus, é fé e é religiosidade. “Eu sou filho de tal Orixá…”, e pronto! Sua fé acaba a partir daí, e sua ligação com este plasma divinizado numa religião fica restrito a isto: “Eu sou filho de tal Orixá”.  Incorporam seus Guias, estes trabalham, e maravilhosamente, pois estão em comunhão total com este espírito ativo que é o corpo religioso umbandista, corpo este que assume a forma de Orixás ou de seus pontos de forças, mas que não deixam de irradiar essa energia divina chamada “Fé”.
O ritual é aberto a todas as manifestações, mas o lado material (médiuns) tem de ser esclarecido de que as manifestações só acontecem por causa desse espírito religioso invisível conhecido por Ritual de Umbanda Sagrada, e que fora dele não há manifestações, mas tão somente possessões espirituais.  É este espírito invisível que sustenta todas as manifestações, quando em nome da Umbanda Sagrada são realizados.
Houve um tempo em que os Orixás foram sincretizados com santos católicos, pois aí a concretização do ritual aconteceria. As imagens “mascaravam” a verdade oculta e as perseguições religiosas, políticas e policiais foram abrandadas.  Mas, atualmente, isto já não é preciso como meio de expansão da Umbanda Sagrada. Hoje já existe liberdade suficiente para que todos digam abertamente: “Sou um filho de Fé, sou um filho de Umbanda!”.
Mas para que isso possa ser realmente dito, é chegado o tempo de a Umbanda deixar de perder seus filhos recém-nascidos para religiões que ainda recorrem a princípios medievais, quando não obscurantistas.  Há de ser criada uma forte linha de fé doutrinadora dos sentimentos religiosos dos filhos de Fé, pois só assim a Umbanda Sagrada sairá do interior das Tendas e dos lares e abarcará, num movimento abrangente e envolvedor, os milhões de irmãos que afluem às Tendas ou aos médiuns à procura de uma palavra de consolo, conforto ou esclarecimento.
É chegado o momento de todos os médiuns, diretores espirituais, dirigentes espirituais e pais e mães no Santo, imprimirem aos seus trabalhos mais uma vertente da Umbanda Sagrada: a doutrinação dos irmãos e irmãs que afluem às Tendas nos dias de trabalho.  É preciso uma conscientização dos pais e mães no Santo de que os necessitados, os aflitos, os carentes afluirão não só às Tendas de Umbanda, mas também a todas as outras portas abertas onde há uma promessa, um vislumbre de socorro imediato. Mas só aquelas portas que, a par do socorro imediato, oferecerem uma luz para toda a vida, alcançarão seu real objetivo, pois a par do imediato também oferecem o Bem duradouro, que é a fé forte numa religião. E a Umbanda Sagrada é uma religião!
Por isso, ela tem de sair das Tendas e conquistar corações dos que a ela afluem nos dias de trabalho e conquistar o respeito e a confiança de todos os cidadãos no seu trabalho de doutrinação e salvação de almas.
Nós temos acompanhado com carinho e atenção os irmãos umbandistas que têm oferecido a maior parte de suas vidas a esta necessidade da religião umbandista – abençoados são estes verdadeiros filhos de Umbanda, mas temos acompanhado a vida de todos os pais e mães no Santo e temos visto que bloqueiam a si próprios e às suas potencialidades doutrinadoras dentro da Umbanda Sagrada, quando limitam a si e sua religião aos trabalhos dentro de suas Tendas, quando os seus Guias incorporam e trabalham.
Limitam-se só a isto e limitam à própria religião umbandista, pois não concedem a si próprios as qualidades que seus Orixás lhes mostram que são possuidores. Muitos filhos de Fé, movidos de nobres e dignificantes intenções, buscam nas línguas a explicação do termo “Umbanda”. Alguns chegam a mergulhar no passado ancestral em busca do real significado desta palavra. Nada a opor de nossa parte, mas melhor fariam e mais louvável aos olhos dos Orixás seriam seus esforços, caso já tivessem atinado com o real e verdadeiro sentido do termo “Umbanda”.
Umbanda significa: o sacerdócio em si mesmo, na m’banda, no médium que sabe lidar tanto com os espíritos quanto com a natureza humana. Umbanda é o portador das qualidades, atributos e atribuições que lhe são conferidas pelos Senhores da natureza; os Orixás! Umbanda é o veiculo de comunicação entre os espíritos e os encarnados, e só um umbandista está apto a incorporar tanto os do Alto, quanto os do Embaixo, assim como os do Meio, pois ele é, em si mesmo, um templo.
• Umbanda é sinônimo de poder ativo.
• Umbanda é sinônimo de curador.
• Umbanda é sinônimo de conselheiro.
• Umbanda é sinônimo de intermediador.
• Umbanda é sinônimo de filho de Fé.
• Umbanda é sinônimo de sacerdote.
• Umbanda é a religiosidade do religioso.
Umbanda é o veículo, pois trazem em si os dons naturais, pelos quais os encantados da natureza falam aos espíritos humanos encarnados.
Umbanda é o sacerdote atuante, que traz em si todos os recursos dos templos de tijolo, pedras ou concreto armado.
Umbanda é o mais belo dos templos, onde Deus mais aprecia ser manifestado, ou mesmo onde mais aprecia estar: no íntimo do ser humano.
Umbandas foram os primeiros espíritos dos sacerdotes, que aos poucos foram criando para si, no íntimo dos médiuns filhos de Santo já preparados para recebe-los, uma linha tão poderosa, mas tão poderosa que realizavam curas milagrosas nos frequentadores dos chamados Terreiros de “macumba”.
Umbandas eram os caboclos índios que dominavam os quiumbas e libertavam os espíritos encarnados de obsessores vingativos e perseguidores.
Umbandas eram os Pretos Velhos que baixavam nas “mesas brancas” e faziam revelações que não só deixavam admirados quem os ouviam, mas encantavam também.
Umbandas eram os Exus e Pombagiras brincalhões, debochados e francos, tanto quanto os encarnados, pois falavam a estes de igual para igual, e com isso iam rompendo o temor dos filhos de Santo para com seus “santos”.
Umbanda era o início do rompimento da casca grossa da rituália de culto aos eguns (os sacerdotes) já no outro lado da vida.
Umbanda é o sacerdócio; embanda, o chefe do culto; Umbanda, o ritual aberto do culto dos ancestrais.
Umbanda, onde na banda do “Um”, mais um todos nós somos, pois tudo o que nos cerca, através de nós pode se manifestar.
Umbanda, na banda do “Um” , um todos são e sempre serão, desde que limpem seus templos íntimos dos tabus a respeitos dos Orixás e os absorvam através da luz divina que irradiam seus mistérios. Daí em diante, serão todos “mais um”, plenos portadores dos mistérios dos Orixás.
Na Umbanda, o médium não é esvaziado, mas tão somente enriquecido com a riqueza espiritual de todos os orixás.
Umbanda provém de “m’banda”, o sacerdote, o curador.
Umbanda é sacerdócio na mais completa acepção da palavra, pois coloca o médium na posição de “doador” das qualidades de seus Orixás, que impossibilitados de falarem diretamente ao povo, falam a partir de seus templos humanos: os filhos de Fé!
Despertem para esta verdade, pais e mães de Santo! Olhem para todos os que chegam até vocês, não como seres perturbados, mas sim como irmãos em Oxalá que desejam dar “passagem” às forças da natureza que lhes chegam, mas encontram seus templos (mediunidade) ocupados por escolhos inculcados neles, através de séculos e séculos que estiveram afastados de seus ancestrais Orixás. Não inculquem mais escolhos dizendo a eles que tem Orixá brigando pela cabeça deles, ou que Exu está cobrando alguma coisa… Tratem os filhos que Olorum, o Incriado, lhes envia com o mesmo amor, carinho e cuidados que devotam a seus filhos encarnados.  Cuidem deles; transmitam a eles amor aos Orixás, pois Orixá é o amor do Criador às Suas criaturas.
Ensinem-lhes que, na Lei de Oxalá, ninguém é superior a ninguém, pois na banda do “Um”, mais um todos são.  Mostrem-lhes que Orixá é um santo, mas é mais do que isso: Orixá é a natureza divina se manifestando de forma humana, para os espíritos humanos.
Ensinem-lhes que, se estão aptos a incorporarem o “seu” pai de cabeça, também estão aptos a serem as moradas de todos os outros “pais”, pois Orixá é antes de qualquer coisa e acima de tudo, isto: senhora da cabeça. É senhor da coroa luminosa que paira em torno do mental purificado do filho de Fé já liberto dos escolhos que o mantinham acorrentado e escravizado a tabus e dogmas religiosos, que antes de tudo visavam impedi-lo de ser mais um na banda do “Um”, e mantê-lo na eterna dependência da vontade dos carnais senhores dos cultos ao Criador, onde um é o pastor e os restantes, só rebanho, ovelhas mesmo!  Digam que na banda do “Um”, o rebanho é composto só de pastores, pois “Umbanda” é sacerdócio.
Esclareçam ao filho recém-chegado que se sente incomodado, que isto não é nada ruim, pois há todo um santuário aprisionado em seu íntimo que está tentando explodir através de sua mediunidade magnífica.
Conversem demoradamente com ele e procurem mostrar-lhe que Umbanda não é a panacéia para todos os males do corpo e da matéria, mas sim o aflorar da espiritualização sufocada por milênios e milênios de ignorância e descaso para com as coisas do espírito.
Estabeleçam um dia da semana ou do mês dedicado exclusivamente a um Guia doutrinador que lhe falará da Umbanda a partir da visão mais acurada desta religião, em que os fiéis são mais que fiéis: são “meios” onde toda uma gama magnífica de seres de altíssima evolução se manifestam como humildes Pretos Velhos, garbosos mas amáveis Caboclos, inocentes Crianças ou humanos Exus e Pombagiras. Sim, porque nós conhecemos irmãos Exus que possuem muito mais luz do que vocês imaginam. E se preferem atuar como Exus é porque assim, bem humanos, chegam mais rápido até onde desejam: aos consulentes sofredores e veículos de espíritos sofredores afins.
Ensinem aos médiuns que eles trazem consigo mesmo todo um templo já santificado e que nele se assentam os Orixás sagrados. E que através desse templo muitas vozes podem falar, e serem ouvidas pois Umbanda provém de Embanda: sacerdote!  E o médium é um sacerdote, um embanda, um Umbanda, ou mais um na banda do um, a Umbanda!

Texto retirado do Livro O Código de Umbanda, obra psicografada pelo autor.

domingo, 22 de dezembro de 2013

NATAL PARA O UMBANDISTA

Por Rodrigo Queiroz


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O Natal em síntese é a comemoração do nascimento de Jesus, ritualizado anualmente por todos países que tiveram a dominação da Igreja Católica e/ou por católicos de todo o mundo.
Acontece que não existe evidências reais e comprovadas de quem foi este Jesus histórico, tampouco saberíamos quando este teria nascido, o certo é que é improvável uma criança nascer nesta data numa estrebaria de Israel onde o inverno é muito intenso, seria, nascer e congelar. Sabemos que na realidade e Igreja criou esta data no ano de 374 para suprimir uma importante festa pagã de culto ao Deus Mitra, importante deidade persa e muito popular em Roma. Esta festa era denominada de Natalis Solis Invicti (“nascimento do sol invencível”).
Tudo bem, mas nada disso é importante de fato, pois na Umbanda reverenciamos, cultuamos e devotamos nossa fé em Jesus a divindade, que é sincretizado ou mesmo uma expressão do Orixá Oxalá e por conta da cultura popular e mesmo desta egrégora que se forma neste período é potencial nos voltarmos às vibrações de Pai Oxalá e Jesus o Cristo.
Então é aí que começamos a vislumbrar o sentido do Natal para o Umbandista, pois este deve ser um período de consciência e não de mero ritual comercial, como ocorre nos tempos atuais.
O ritual de trocas de presentes é muito bacana, claro! Principalmente porque é uma oportunidade de carregar o presente de sentimentos, vibrações e fazer esta troca de bons sentimentos tendo no objeto ofertado um veículo para estas vibrações.
Sendo assim entendo que para o Umbandista o Natal transcende a criação católica e está mais voltada a interagir com a atmosfera emotiva e fraterna que este período proporciona. É um momento de comungar com o sentimento de amor, de união familiar, de fraternidade. É um ato religioso de religar-se com as pessoas que nos são importantes e que nos estimulam os sentimentos mais nobres.
Imersos nesta vibração é a grande oportunidade de se harmonizar, avaliar o que é mesmo importante na vida e renovar os propósitos da sua existência no novo ciclo que logo iniciará.
Para o Umbandista o Natal é o momento em que canaliza-se a atuação intensa de Pai Oxalá, na presença mística de Jesus que traz á tona a vontade de ser e fazer o melhor de si, que sensibiliza os olhos que observa o mundo à volta com mais integração.
O Natal é o encontro com aqueles que amamos,
É a partilha do que temos de melhor em nós com aqueles que mais queremos bem,
É o reforço da nossa fé em nós mesmos e no próximo,
É a esperança renovada.
Que seja para você intenso!

Feliz Natal Umbandista!

Obs.: sei que não é possível falar na Umbanda pela Umbanda, aqui falo como Umbandista, dentro da minha perspectiva. Caso você seja Umbandista e este texto não te representa, eu entendo.

sábado, 21 de dezembro de 2013

A Umbanda e os 14 orixás


No decorrer de um século de existência da Umbanda vários arquétipos ou formas de apresentação nas incorporações se consolidaram e firmam-se no imaginário popular, místico e religioso umbandista… ou não é verdade que as incorporações já tornaram-se tão caracterizadas que todos reconhecem quando é um Caboclo, um Preto-velho ou uma Pomba-gira que incorporou em seu médium?
Isso já acontece tanto com os Guias Espirituais, todos identificados por suas linhas de trabalhos e seus nomes simbólicos quanto com as linhas de Orixás, que também têm seus manifestadores espirituais.
Ou não é verdade que:
* Quando canta-se para Yansã manifestam-se, incorporam e giram espíritos “Yansãs”.
* Quando canta-se para Yemanjá, incorporam e giram espíritos de “Yemanjás”.
* Quando canta-se para Xangô, incorporam e giram espíritos “Xangô”.
* Quando canta-se para Ogum, incorporam e giram espíritos “Oguns”.
* Quando canta-se para Oxum, incorporam e giram espíritos “Oxuns”.
* Quando canta-se para Oxossi, incorporam e giram espíritos “Oxossis”.
* Quando canta-se para Nana, incorporam e giram espíritos de “Nanãs”.
* Quando canta-se para Oxalá incorporam e giram espíritos de “Oxalás”.
* Quando canta-se para Omulú, incorporam e giram espíritos de “Omulús”.
* Quando canta-se para Obaluaiyê, incorporam e giram espíritos “Obaluaiyês”.
* Quando canta-se para Oxumarê, incorporam e giram espíritos “Oxumarês”.
* Quando canta-se para Obá, incorporam e giram espíritos “Obás”.
* Quanto canta-se para Oyá´Logunan, incorporam e giram espíritos “Oyás-Logunãns”.
* Quando canta-se para Egunitá incorporam e giram espíritos “Egunitás”.
Esses quatorze cantos e incorporações acontecem naturalmente em todos os centros de Umbanda que já adotaram as sete irradiações divinas bi-polarizadas como sendo as sete linhas da Umbanda.
São quatorze cantos diferentes; são quatorze danças ritualísticas diferentes; são quatorze Orixás manifestados por seres espirituais e naturais regidos integralmente por eles e que, quando incorporam nos médiuns umbandistas, eles são os representantes desses quatorze Orixás e nós os denominamos como manifestadores naturais dos Sagrados Orixás.
Nós os temos como Orixás da natureza porque cada um é associado a um elemento formador da natureza terrestre.
Essas quatorze manifestações de seres Orixás da natureza, em incorporações especificas e com suas danças ritualísticas tipicamente umbandistas criaram para a Umbanda quatorze incorporações arquetípicas identificadoras dos Orixás regentes das Sete Linhas irradiações Divinas formadoras do Setenário Sagrado Umbandista.
Observem que, além da incorporação arquetípica de Caboclos, de Pretos-velhos, de Baianos, de Boiadeiros, de Marinheiros, de Crianças, de Exús e de Pomba Giras que já acontecem em todos os Centros de Umbanda quando se canta para essas linhas de trabalhos espirituais, também existem as quatorze incorporações características, associadas aos Orixás regentes dos quatorze pólos das Sete Linhas de Umbanda.
É certo que não são todos os centros umbandistas que cultuam e louvam os quatorze orixás e realizam engiras (ou giras) periódicas para cada um deles, sendo que a maioria limita-se aos Orixás Oxalá, Yemanjá, Ogum, Oxum, Xangô, Yansã , Oxossi e Nãnã. Mas que se, cantarem e invocarem os outros orixás eles também lhes enviarão seus manifestadores naturais que incorporarão nos seus médiuns e farão suas danças ritualísticas bem características, adaptadas das danças rituais existentes a séculos no Candomblé.
Não são exatamente iguais porque foram pensadas e desenvolvidas para o Ritual de Umbanda e os passos, os movimentos das mãos e dos giros obedecem ao ritmo e aos cantos religiosos umbandistas.
Mas eles existem e já estão sendo adotados gradualmente por muitos centros de Umbanda, antes limitados à louvação de apenas alguns Orixás.
Isso, sem considerarmos os centros que cantam para os Orixás e neles só acontecem incorporações de guias espirituais.
Nisso tudo ninguém está errado porque a grande abertura dos Orixás na Umbanda ocorrerà nesse seu segundo século de existência, quando eles se firmarão de forma indelével e definitiva nela e imporão lentamente suas presenças arquetípicas nas suas danças ritualísticas definindo todo um universo divino, natural e espiritual, reservado por eles para a religião umbandista.
Até o final desse segundo século de existência da Umbanda o seu universo religioso estará totalmente implantado no lado material e essas quatorze incorporações arquetípicas através de cantos e danças ritualísticas terão se popularizado de tal forma que serão vistas e tidas como de Umbanda e não surpreenderão a mais ninguém.
No momento, só é preciso que todos entendam que, em religião, tudo se processa de forma lenta e gradual porque tudo depende da aceitação e da assimilação através do Sentido da Fé, que rege a ação dos Mistérios Divinos cultuados religiosamente.
Em Religião nada deve ser imposto porque só é aceito, assimilado, internalizado e integrado naturalmente à religiosidade do ser se for um procedimento natural.
Assim foi como os Guias Espirituais e assim será com os Orixás: sem pressa, sem afoiteza, sem precipitação e sem alarde!
Tudo fluirá como a água que brota de uma nascente e que vai correndo lentamente desde o ponto mais alto para o ponto mais baixo, estabelecendo seu curso natural, que muitas vezes dá longas voltas, desviando-se dos obstáculos que surgem no seu caminho.
Não raro, muitos dos que hoje vivem à volta do grande “lago” religioso umbandista não sabem onde a sua corrente alimentadora nasceu e que distância percorreu para a formá-lo e beneficiar a tantos.
Só eventualmente um ou outro segue a corrente em sentido contrario e, só após muito esforço e persistência consegue chegar até a nascente sem desviar-se e seguir o percurso de outras correntes que também fluíram para aquela, que é a original.
Assim são com os rios e lagos, assim são com as grandes religiões que, ainda que recebam em seus longos cursos a adição de outras correntes, no entanto têm uma que é a sua corrente mestra e original que a caracteriza e a distingue, diferenciando-a das demais.
Assim foi com a Umbanda, que nasceu de uma “nascente” localizada no Estado do Rio de Janeiro, em 15 de novembro de 1908, na Federação Espírita de Niterói, quando o Caboclo das 7 Encruzilhadas incorporou em seu médium Zélio Fernandino de Morais e que, por ter sido convidado a se retirar (desincorporar), avisou a todos os presentes que no dia seguinte, as 20 horas incorporaria na Casa do seu médium, localizada à Rua Floriano Peixoto, 30 – Neves- RJ.
Ali, naquela data e local, no dia 16 novembro de 1908 brotou uma nascente religiosa denominada Umbanda, que serviu-se de um jovem de 17 anos de idade que pouco ou nada sabia sobre espiritismo e sim, sabia-se assediado por espíritos que o levaram até a Federação Espírita de Niterói para receber um passe.
Essa nascente tem que ser preservada e muito bem zelada senão outros acabarão incorrendo no erro cometido por muitos outros umbandista que só iniciaram-se nela muitos anos depois da corrente original ter brotado através de Pai Zélio de Morais e do Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas que quiseram apossar-se dela e do seu curso original, desviando-o para suas terras que, infelizmente para eles, eram  estéreis e improdutivas e nelas só nasciam ervas daninhas que não deixavam crescer as arvores frutíferas que só precisavam receber as águas da nascente original da Umbanda para darem saborosos frutos e abundantes sementes, tal como as que foram plantadas às margens da corrente original e tornaram-se multiplicadoras da Umbanda original fundada por Pai Zélio e pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas, estes sim, os responsáveis pelo nascimento de um rio que tanto se parece com o Amazonas (a herança indígena), com o São Francisco ( a corrente cristã) e com o Nilo (a corrente africana)
Quanto aos “córregos” criados posteriomente e para o qual quiseram puxar todos os umbandistas, revelaram-se correntes de águas turvas, não potável, e contaminadas com certos resíduos tóxicos que esterilizaram muitas das arvores frutíferas umbandistas e só serviram para alimentar as ervas daninhas da vaidade, da soberba e da prepotência.
Umbanda, só existe uma.
Quanto à visão que cada um tem dela, aí já é uma questão de pontos de vista, pois ela ainda não assumiu seus contornos finais e nem esgotou sua capacidade de assimilar novas correntes de águas límpidas.
Mas, se a Umbanda já tem cem anos de existência, isso não é nada se comparado à eternidade ã frente, não é mesmo?
Que cada um dê sua contribuição para o crescimento dela, mas que ninguém arvore-se como seu único dono ou o seu “papa”.
Todos têm o direito de colocar suas contribuições para a apreciação dos umbandista, que poderão assimila-las ou não.
Nós colocamos todo um manancial de conhecimentos desenvolvidos por mentores espirituais e fundamentados em mistérios divinos que estão na Umbanda, mas só visíveis para quem tem suas chaves interpretativas, muitas das quais já decodificadas dentro dos livros já publicados por mim nos últimos anos.
Mas vejo pessoas que, sem lê-los ou estudá-los com isenção e imparcialidade emitem seus pareceres condenatórios, como se a Umbanda fosse deles e de ninguém mais ou que são os únicos que podem ensiná-la ou escrever e falar sobre ela, sentindo-se melindrados ou ofendidos quando outros o fazem.
Considero isso hipocrisia porque, se todos concordam que a Umbanda não tem dono, então que cada um dê sua contribuição para sua expansão e seu crescimento e que seja respeitado, justamente porque quer fazê-lo, sempre pagando um preço muito alto por ousar fazê-lo dentro de uma religião que prega a tolerância mas esta cheia intolerantes para com seus próprios irmãos de fé.
A nossa contribuição esta sendo colocada gradualmente e se for boa será assimilada por muitos umbandista e se não for, com certeza será refutada no seu todo ou em muitas de suas partes.
Pai Rubens Saraceni.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O que acontece quando nossas emoções ficam guardadas no corpo



Artigo Original de Kate Bartolotta em The Good Men Project
Tradução Livre por Anne Rammi
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Nunca é tarde demais para prestar atenção nas emoções não expressadas que arquivamos no corpo, que se manifestam através de dores, desconforto e tensões.
Quando olhamos para a linguagem que usamos para falar das nossas reações emocionais, normalmente existe uma sensação física associada a elas: um caroço na garganta, borboletas no estômago, falta de ar, o peso do mundo nos ombros. Isso não é mera coincidência. Essas reações viscerais são mensagens do nosso corpo.
Chamamos de "conexão entre mente e corpo". Essas reações são associadas com o uso da mente - através de pensamentos positivos - para ajudar a melhorar o estado geral do corpo, sua imunidade e provocar sensação de bem estar. Embora usar a mente para atingir o corpo seja extremamente útil e preciso, não podemos ignorar que nosso corpo pode também ser uma forma de acessar e tratar nossas emoções mais escondidas.
A maioria de nós pode se lembrar de um tempo quando expressar uma emoção era desencorajado pelos adultos que nos cercavam. Pais ainda dizem para as crianças que "sejam valentes", ou "engulam o choro". Ou ainda diminuem suas sensações de dor com o clássico "não foi nada". Nossos corpos simplesmente gravam aquilo que acontece com nossas emoções - mesmo que tenhamos sido convencidos intelectualmente a lidar com elas, ou a ignorá-las. O impacto físico e emocional de dores e sentimentos não expressados é algo que perdura. Fica marcado.
Abaixo há uma ilustração de padrões típicos de emoções guardadas no corpo, reconhecidas pelas entidades de trabalhos corporais. Cada pessoa desenvolve também seus padrões individuais, mas esses são alguns dos padrões mias comuns:

Nossos corpos sabem das coisas que nossas mentes gostariam de se livrar. Das coisas que estão esquecidas em algum nível de consciência, estão sempre presentes concretamente no corpo. A boa notícia é que nunca é tarde para acessar esses assuntos, e que os resultados de um olhar para o corpo, podem afetar tanto o plano físico como o mental e emocional.

Alguns passos que você pode dar para liberar emoções mal resolvidas:
1) Encontre uma atividade física diária que você goste. Perceba, não se trata de "faça exercício". Cuidar do corpo é importante, mas a intenção aqui é ser feliz, através do olhar para o corpo. Portanto tem que ser alguma atividade que amamos fazer. É interessante também que seja algo que acalme um pouco a mente. Muitas pessoas encontram na ioga, nas corridas e outras atividades do gênero esse componente meditativo. Pode ser simplesmente uma caminhada silenciosa de dez minutos, onde você pode prestar atenção na sua respiração e outras sensações corporais.

2) Receber algum trabalho corporal com frequencia. Massagens terapeuticas são uma das formas mais efetivas de se liberar emoções guardadas. Quando alguém trabalha nos nódulos do pescoço, onde guardamos estresse e raiva por tanto tempo, as emoções começam a vir à tona. É comum ver clientes chorando nas mesas dos massagistas. É importante somente lembrar que os profissionais de terapias corporais não são psicoterapeutas, portanto são tidos como agentes auxiliares para liberar as emoções e iniciar o processo de cura, individual de cada um, que pode necessitar em outro momento de ajuda de outros profissionais.

3) Fazer do toque parte integrante de nossos relacionamentos primários. Isso soa simples, óbvio até. Mas infelizmente podemos nos deixar levar pela cultura do "não-me-toque". Menos e menos das nossas interações diárias envolvem o toque. Na medida que apoiamos nossas estratégias de comunicação nas mídias sociais e demais tecnologias, nossos relacionamentos tem menos contato corpo a corpo do que precisamos. Encoste nas pessoas, nos braços ou ombros, quando fala com elas. Cumprimente os amigos com um abraço. Vá jogar basquete com os amigos, ao invés de assistir na TV. Quando começarmos a compreender que não somos mentes presas dentro de um corpo, e sim mente e corpo atuando em perfeita harmonia, podemos começar a curar velhas feridas de uma forma mais profunda e duradora.
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Anne Rammi

Artista Plástica de Formação, comunicadora por vocação, cantora nas horas vagas e mãe em tempo integral. É produtora de conteúdo e aprendiz de Eupreendedora na Rede Ubuntu.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Oração da Tribo Sioux


Ó Grande Espírito, cuja voz ouço nos ventos, cujo sopro anima o mundo, ouça-me.

Sou pequeno e fraco, preciso de sua força e sabedoria.

Permita que eu caminhe na Beleza, e faça que meus olhos contemplem para sempre o vermelho e a púrpura do sol poente.

Faça com que minhas mãos respeitem todas as coisas que o Senhor criou.

Faça meus ouvidos aguçados para que eu ouça a sua voz.

Faça-me sábio para que eu possa entender tudo aquilo que o Senhor ensinou ao seu povo.

Permita que eu apreenda os ensinamentos que o Senhor escondeu em cada folha, em cada pedra.

Busco força, não para ser maior do que meu amigo, mas para lutar contra meu maior inimigo – eu mesmo.

Permita que eu esteja sempre pronto para ir até o Senhor de mãos limpas e olhar firme.

Assim, quando a minha vida estiver no ocaso, como o sol poente, que meu Espírito possa ir à sua presença, sem nenhuma vergonha.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Atitudes que drenam energia


Desespero
1 – Pensamentos obsessivos
Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos – mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.
2 – Sentimentos tóxicos
Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.
3 – Maus hábitos – Falta de cuidado com o corpo
Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.
4 – Fugir do presente
As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.
5 – Falta de perdão
Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.
6 – Mentira pessoal
Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.
7 – Viver a vida do outro
Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.
8 – Bagunça e projetos inacabados
A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.
9 – Afastamento da natureza
A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.
10. Preguiça, negligência
E falta de objetivos na vida. Esse ítem não requer muitas explicações: negligência com a sua vida denota também negligência com seus dons e potenciais e, principalmente, com sua energia vital. Aquilo do que você não cuida, alguém vem e leva embora. O resultado: mais preguiça, moleza, sono….
11. Fanatismo
Passa um ventinho: “Ai meu Deus!!!! Tem energia ruim aqui!!!” Alguém olha para você: “Oh! Céus, ela está morrendo de inveja de mim!!!” Enfim, tudo é espírito ruim, tudo é energia do mal, tudo é coisa do outro mundo. Essas pessoas fanáticas e sugestionáveis também adoram seguir “mestres e gurus” e depositar neles a responsabilidade por seu destino e felicidade. É fácil, fácil manipular gente assim e não só em termos de energia, mas também em relação à conta bancária!
12. Falta de aceitação
Pessoas revoltadas com a vida e consigo mesmas, que não aceitam suas vidas como elas são, que rejeitam e fazem pouco caso daquilo que têm. Esses indivíduos vivem em constante conflito e fora do seu eixo. E, por não valorizarem e não tomarem posse dos seus tesouros – porque todos nós temos dádivas – são facilmente ‘roubáveis’.
O importante é aprender a aceitar e agradecer tudo o que temos (não confundir com acomodação). Quando você agradece e aceita fica em estado vibracional tão positivo que a intuição e a criatividade são despertadas. Surgem, então, as possibilidades de transformar a vida para melhor!
* Vera Caballero é Professora de Yoga, numeróloga, terapeuta floral, reiki master, massoterapeuta, ministra cursos e palestras sobre Bioenergias.