quarta-feira, 31 de julho de 2013

MEDITAÇÃO PARA EXPANDIR A LUZ DO SEU CORAÇÃO

Embora o ideal seja reservar algum tempo e um lugar sossegado para meditar na chama trina do coração, você pode usar esta meditação como uma visualização a qualquer momento do dia.
Mesmo no meio de qualquer problema, pode concentrar a sua atenção no coração. Visualize uma pequena esfera de fogo branco. Sinta esta luz branca pulsando à medida que se move e cintila no seu coração.

Do topo desta esfera saem pequenas chamas — azul à esquerda, amarela no centro e rosa à direita. Elas têm uma altura de 4 centímetros. Mas assim que você entra numa meditação mais profunda, elas expandem e crescem até ficarem do seu tamanho.

Visualize no seu interior as três chamas com o mesmo tamanho e em perfeito equilíbrio, representando as qualidades espirituais do poder, da sabedoria e do amor de Deus.

Veja es as chamas começando num ponto abaixo dos seus pés e expandindo-se até atingirem cerca de três metros de altura. Se você achar que uma das chamas é menor do que as outras, precisa cultivar as qualidades dessa chama até que ela fique igual às outras.

Medite no mais profundo do seu coração e distinga qual das chamas — amor, sabedoria e poder — é maior e mais forte, e qual é menor e mais fraca. Silenciosamente, pergunte ao seu Buda interior o que precisa fazer para equilibrá-las.

Escute a resposta...

Agora concentre a sua atenção ainda mais e escute o palpitar do coração de Deus, o palpitar do coração do Buda. Sinta o amor do Buda. Ele se expande a partir do seu coração, da sua chama trina, em anéis sobre anéis de uma névoa de luz rosa.

Veja esta névoa dissolver tudo o que impede a harmonia de manifestar-se. Veja-a dissolver toda a dureza de coração dentro de você e dentro daqueles com quem teve conflitos.

Veja o conflito ser consumido num intenso fogo rosa, violeta e rubi.

Agora medite na paz que advém da resolução da sua alma no coração do Buda. Visualize novamente a sua chama trina e veja a chama e você mesmo selados numa esfera de luz branca.

Mensagens de Buda - Elizabeth C. Prophet. - Summit Lighthouse Press
Mensagem enviada por: Paulo Rodrigues

terça-feira, 30 de julho de 2013

Tese de mestrado da USP mostra benefícios da Umbanda à saúde


Estudo realizado no final de 2012 no Instituto de Psicologia da USP apresentou a relação entre religiosidade e saúde ao analisar duas religiões brasileiras: Santo Daime, que faz uso sacramental da bebida psicoativa Ayahuasca, e a Umbanda, ambas com rituais fundamentados em práticas de estados diferenciados de consciência, segundo a autora.

A psicanalista Suely Mizumoto, em sua dissertação de mestrado Dissociação, religiosidade e saúde: um estudo no Santo Daime e na Umbanda, fez diversas constatações. Entre elas, que adeptos do Santo Daime e da Umbanda apresentaram diferenças significativas quanto à redução da frequência de mudanças de humor e de sentimentos contraditórios. As diferenças foram baseadas nas experiências anteriores e posteriores à participação nos rituais de cada religião. Quando comparados a um grupo controle, os adeptos mostraram ter maior equilíbrio de humor e emoção.
Segundo a pesquisadora, a comunidade religiosa, provedora de apoio emocional, material e afetivo, pode também ser compreendida como uma comunidade terapêutica para as condições psicológicas estressantes. Os adeptos podem encontrar em suas comunidades suporte em momentos de fragilidade. No entanto, Suely diz que, “na verdade, o aprendizado que essas religiões proporcionam podem ensinar seus adeptos a ter um domínio maior quanto ao enfrentamento espiritual dessas questões, diminuindo experiências mediúnicas traumatizantes”.
A psicóloga empregou um questionário que abordava o perfil social, a religiosidade e a saúde, tanto física como mental, dos voluntários.  “Os resultados obtidos dos perfis sociais, saúde e religiosidade e das escalas revelaram indicadores de bem estar que confirmam índices de saúde inteiramente satisfatórios e até melhores quando comparados aos resultados do grupo controle”, relata a pesquisadora.
Com o tema de sua dissertação, Suely espera amenizar os preconceitos com as religiões afro brasileiras. A Umbanda é um exemplo de religião que trabalha exclusivamente na arte do ensino da prática mediúnica, não faz uso de psicoativos, mas mesmo assim pode não ser bem interpretada. “Não havendo nocividade nestas práticas, a relação entre religião e saúde, mais bem esclarecida por esta pesquisa, pode ajudar a desconstruir muito do senso comum que envolve a religiosidade no País”, disse.
Ficou interessado? Leia aqui o estudo na íntegra.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

11º Arraiá Beneficente

Pessoal...

O Templo Escola Estrela da Manhã está ajudando o Pró+Vida neste Arraiá, estamos com cartelas de bingo para vender e nos dias do Arraiá vamos estar com barraca de Mini-Pizza para vender, nos sabores de Mussarela e Calabreza.
Vamos participar, ajudar esta instituição a cuidar cada vez melhor dos queridos idosos que lá estão.
Contamos com a participação, divulgação e colaboração de todos.
Informações no email teem.caragua@gmail.com ou no fone (12) 9758-6227 após as 16h.
Abraços e Luz a todos.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Quem cuida do cuidador?


As primeiras e mais ancestrais cuidadoras são nossas mães e avós que desde o início da humanidade cuidaram de sua prole. Caso contrário, não estaríamos  aqui escrevendo  sobre o cuidado. E lembremos as mães-crecheiras com todo o seu zelo.
Neste contexto queremos mencionar duas figuras, verdadeiros arquétipos do cuidado: o médico suiço Albert Schweitzer (1875-1965) e a enfermeira inglesa Forence Nightingale (1820-1910).
Albert Schweitzer era exímio exegeta bíblico e um dos maiores concertistas de Bach de seu tempo.  Aos trinta anos já com fama em toda a Europa, largou tudo, estudou medicina para, no espírito das benaventuranças de Jesus, cuidar dos mais pobres dos pobres (os hansenianos) em Lambarene no Gabão. Numa de suas cartas  confessa explicitamente: ”o que precisamos não é de missionários que queiram converter os africanos, mas de pessoas dispostas a fazer aos pobres o que deve ser feito, se é que o Sermão da Montanha e as palavras de Jesus possuem algum valor. Minha vida não está nem na arte nem na ciência mas em ser um simples ser humano que no espírito de Jesus faz algo por insignificante que seja”. Foi dos primeiros a ganhar o Prêmio Nobel da Paz.
Por cerca de quarenta anos viveu e trabalhou num hospital por ele construido com o dinheiro de tournés de concertos de Bach. Nas poucas horas vagas, teve tempo para escrever vasta obra centrada na ética do cuidado e do respeito pela vida. Formulou assim seu lema: “a ética é a responsabilidade ilimitada por tudo o que existe e vive”. Numa outra obra  assevera:”a idéia chave do bem consiste em conservar a vida, desenvolvê-la e elevá-la ao mais alto valor; o mal consiste em destruir a vida, prejudicá-la e impedir que se desenvolva plenamente; este é o princípio necessário, universal e absoluto da ética”.
Outro arquétipo do cuidado foi a enfermeira inglesa Florence Nightingale. Humanista e profundamente religiosa, decidiu melhorar os padrões da enfermagem em seu país.
Em 1854 com outras 39 companheiras Florence se deslocou para  campo de guerra na Criméia da Turquia, onde se empregavam bombas de fragmentação que produziam muitos feridos. Aplicando no hospital militar,  a prática do rigoroso cuidado, em seis meses reduziu de 42% para 2% o número de mortos. Esse sucesso granjeou-lhe notoriedade universal.
De volta a seu pais e depois nos EUA, criou uma rede hospitalar que aplicava o cuidado como eixo  norteador da enfermagem e como sua ética natural. Florence Nightingale continua  a ser  uma referência inspiradora.
O operador da saúde é por essência um curador. Cuida dos outros como missão e como opção de vida. Mas quem cuida do cuidador, título de um belo livro do médico Dr. Eugênio Paes Campos (Vozes 2005)?
Partimos do fato de que o ser humano é, por sua natureza e essência, um ser de cuidado. Sente a predisposição de cuidar e a necessidade de ser ele também cuidado. Cuidar e ser cuidado são existenciais (estruturas permanentes) e indissociáveis.
É notório que o cuidar é muito exigente e pode levar o cuidador ao estresse. Especialmente se o cuidado constitui, como deve ser, não um ato esporádico mas uma atitude permanente e consciente. Somos limitados, sujeitos ao cansaço e à vivência de pequenos fracasos e decepções. Sentimo-nos sós. Precisamos ser cuidados, caso contrário, nossa vontade de cuidar se enfraquece. Que fazer então?

Logicamente, cada pessoa precisa enfrentar com sentido de resiliência (saber dar a volta por cima) esta situação dolorosa. Mas esse esforço não substitui o desejo de ser cuidado. É então que a comunidade  do cuidado, os demais operadores de saúde, médicos e o corpo de enfermagem devem entrar em ação.
O enfermeiro ou a enfermeira, o médico e a médica sentem necessidade de serem também cuidados. Precisam se sentir acolhidos e revitalizados, exatamente, como as mães fazem com seus filhos e filhas. Outras vezes sentem necessidade do cuidado como suporte, sustentação e proteção, coisa que o pai proporciona a seus filhos e filhas.
Cria-se então o que o renomado  pediatra  R. Winnicott chamava de “holding”, quer dizer, aquele conjunto de cuidados e fatores de animação que reforçam  o estímulo para continuarem no cuidado para com pacientes.
Quando este espírito de cuidado reina, surgem relações horizontais de confiança e de mútua cooperação, se superam os constrangimentos,  nascidos da necessidade de ser cuidado..
Feliz é o hospital  e mais felizes  são ainda aqueles pacientes que podem contar com um grupo de cuidadores. Já não haverá “prescrevedores” de receitas e aplicadores de fórmulas mas “cuidadores” de vidas enfermas que buscam saúde.
A boa energia que se irradia do cuidado corrobora na cura.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

LINHA DE BOIADEIROS

São espíritos hiperativos que atuam como refreadores do 
baixo astral, e são aguerridos, demandadores e rigorosos 
quando tratam com espíritos trevosos.

O símbolo dos boiadeiros são o laço e chicote que, em 
verdade, são suas armas espirituais e são verdadeiros 
mistérios, tal como são as espadas, as flechas e outras 
“armas” usadas pelos espíritos que atuam como refreadores 
das investidas das hostes sombrias formadas por espíritos 
do baixo astral.

Da mesma maneira que os pretos-velhos representam a 
humildade, boiadeiros representam a força de vontade, 
a liberdade e a determinação que existe no homem do 
campo e sua necessidade de conviver com a natureza e 
os animais, sempre de forma simples, mas com uma 
força e fé muito grande. São habilidosos e valentes.

São regidos por Iansã-Oyá e Ogum, tendo recebido da 
mesma autoridade de conduzir os eguns da mesma forma 
que conduziam sua boiada, onde levam cada boi 
(espíritos) para o seu destino, e trazem os bois 
que se desgarram (obsessores, kiumbas e etc) de 
volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).

Suas maiores funções não as consultas como as dos 
pretos-velhos, nem os passes e as receitas de remédios 
como os caboclos, e sim o “dispersar de energias” aderida 
aos corpos, paredes e objetos. É de extrema importância 
esta função, pois enquanto os outros guias podem se 
preocupar com o teor das consultas e dos passes, 
os boiadeiros “sempre” estarão atentos à qualquer 
alteração de energia do local 
(entrada de espíritos negativos).

Portanto quando bradam em tom de ordem como se estivessem 
laçando seu gado, estão na verdade ordenando os espíritos 
que entraram no local a se retirarem, assim “limpam” o 
ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações, 
já que as presenças desses espíritos muitas vezes interferem 
nas consultas de médiuns conscientes.

Esses espíritos atendem os boiadeiros pela demonstração 
de coragem que os mesmos lhe passam e são levados por 
eles para locais próprios de doutrina. Com seus chicotes 
e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando 
os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência. 
Outra grande função de um boiadeiro e manter a disciplina 
das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da 
casa ou consulentes.

Eles nos ensinam a força que o trabalho tem e que o 
principal elemento de sua magia é a força de vontade, 
fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.

É uma linha poderosa e muito numerosa no mundo espiritual 
e seus caboclos atuam nas sete linhas de Umbanda, 
e são descritos como Caboclos da Lei.



Atabaques : Dentro da ritualistica de Umbanda existe 
um elemento de grande importância que é a Curimba formada 
por médiuns que se dedicam ao estudo dos cânticos 
ritualísticos.

Há uma grande influência dos boiadeiros no trabalho da 
curimba,pois eles regem suas forças e fundamentos.

Os atabaques são formados basicamente por três elementos 
da natureza: Animal (couro) , Vegetal (madeira) , 
Mineral (ferragens) . Estes elementos por sua vez 
encontram-se no ambiente (reino) natural destas entidades 
e a força da curimba no terreiro está justamente em conseguir 
dissipar as energias negativas, inibir a ação de obsessores 
e desagregar miasmas e larvas astrais que estejam impregnados 
no ambiente de trabalho conseguindo com isso um êxito maior.



Ervas de Boiadeiro: Alecrim do Campo, Capim-Manteiga, 
Cravo da Índia, Folha de Manga, Gravata e Chapéu de Couro. 

Saudação: Getuá Seu Boiadeiro!

Oração a Boiadeiro



Ó Deus salve o oratório (bis)

Onde Deus fez sua morada, oiá meu Deus 

Onde Deus fez sua morada , oiá

Onde mora o cálice bento (bis)

E a hóstia consagrada oiá meu Deus 

E a hóstia consagrada oiá

De Jessé nasceu a vara (bis)

Da vara nasceu a flor oiá meu Deus

Da vara nasceu a flor oiá

E da flor nasceu Maria (bis)

De Maria o salvador oiá meu Deus

De Maria o salvador oiá.



Pontos de Boiadeiro



Me chamam de boiadeiro

Não sou boiadeiro não

Eu sou laçador de boi

Boiadeiro é meu patrão

Getuâ,Getuâ



Abre a porta minha mãe.

Deixa boiadeiro passar (bis)

Ele vem de muito longe minha gente

Pra nos ajudar (bis)



Chetruá....chetruá

Laço de laçar meu boi

Chetrua....chetrua

Eu laço um e pego dois

Chetrua...chetrua

O meu laço é de laçar

Chetruá....chetruá

Meu boi fugiu mandei buscar

Chetruá....chetruá



Ô Sr. Juiz

Quem lhe chamou fui eu

Na hora da firmeza Getruá

O grito que o Sr. Deu (bis)



Cadê a minha corda

De laçar meu boi

O meu boi fugiu

Eu não sei pra onde foi (bis)





Olha a ponta do laço vaqueiro

Oi vem topa, oi vem topa

Na porteira do curral (bis)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

OS BAIANOS NA UMBANDA

Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente, formada por espíritos zombeteiros e mistificadores. Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma exemplar. Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número de baianos que está assumindo coroas em várias casas. A alegria que essa gira nos traz é contagiante. Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força digna de quem soube aproveitar as lições recebidas. Atualmente já temos o conhecimento de que fazem parte de uma sublinha e nessa designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético, ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais. Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a qualquer momento em que se torne necessário. Cientes dessa valiosa capacidade, nós dirigentes, sempre contamos com eles para um desmanche de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles conseguimos resultados surpreendentes. Os que não admitem essa linha como vertente umbandista defendem sua posição criticando o nome que esses espiritos escolheram para seu trabalho. Já ouvi coisas do tipo “Daqui a pouco teremos linhas de cariocas, sergipanos, etc.” Esquecem eles que a Bahia foi escolhida por ser o celeiro dos orixás. Quando se fala nesse estado, nossos pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao extremo, nada mais natural que sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar que nem todos os baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas, esses espiritos agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades. É evidente que no inicio a Umbanda era formada por legiões de caboclos, preto-velhos e crianças, mas a evolução natural acontecida nestes anos todos fez com que novas formas de trabalho e apresentação fossem criadas. Se a terra passa por constantes mutações porque esperar que o astral seja imutável? O que menos interessa em nosso momento religioso são essas picuinhas criadas por quem na verdade, não defende a Umbanda, quer apenas criar pontos polêmicos desmerecendo aqueles que praticam a religião como se deve, dentro dos terreiros, onde abraçamos a todos os amigos espirituais da forma como se apresentam.
Luiz Carlos Pereira

terça-feira, 23 de julho de 2013

Os Baianos na Umbanda



De um modo geral, os baianos são tidos como pessoas alegres e teimosas em afirmar sua identidade cultural. Os baianos da Umbanda, entretanto, pouco presentes na literatura científica, são guias que mesclam características da direita e da esquerda, nas giras ele se apresenta com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.

Os baianos, trabalhadores da Umbanda, pertencem à chamada Linha das Almas, a mesma dos Pretos Velhos. É uma linha que traz uma mensagem de conforto, por estar mais próxima do nosso tempo. São os Espíritos responsáveis pela “esperteza” do homem em sua jornada terrena. No desenvolvimento de suas giras, os baianos trazem como mensagem a forma e o saber lidar com as adversidades de nosso dia-a-dia, com a alegria, a flexibilidade, a magia e a brincadeira sadia.

A Umbanda caracterizou-se por cultuar figuras nacionais associadas à natureza, à marginalidade, à condição subalterna em relação ao padrão branco ocidental. O nordestino é o “subalterno” da metrópole, o tipo social “inferior” e “atrasado”, e por isso é ridicularizado, mas também de admiração, pois igualmente representa aquele que resiste firmemente diante das adversidades.

O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e, portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande frequência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos.

Muitos dos baianos são descendentes de escravos que trabalharam no canavial e no engenho. Os baianos têm um conhecimento muito grande das ervas e do axé. Falam com sotaque arrastado, igual ao povo que ainda mora na Bahia.

A Linha dos Baianos é formada por Espíritos alegres, brincalhões e descontraídos. Gostam muito de desmanchar demandas. São conselheiros e orientadores e gostam muito dos rituais em que trabalham, girando e dançando com passos próprios.

A gira de Baianos nada mais é do que a alegria de um povo que foi e é sofrido, mas que não perde a esperança por possuir uma fé inabalável e uma experiência em lidar com problemas que fazem os nossos parecerem brincadeira. Agradecem às festas que lhe são oferecidas; bebem batidas de coco e comem comidas típicas da cozinha baiana.

O Povo Baiano vem trazer sua energia positiva, portanto sua gira é sempre muito animada. São Entidades que têm muito a nos ensinar, sempre com uma resposta certeira e rápida para nossas questões. Com seus cocos, azeite de dendê, comidas e cantigas típicas da região, realizam trabalhos em prol da evolução espiritual de todos. Por terem vivido em épocas mais recentes, são Espíritos mais próximos de nós. Estamos sempre aprendendo com os Baianos, com a sua força de viver frente aos problemas e situações cotidianas e o amparo ao próximo, transformando a tristeza em alegria e esperança.

Na Linha de Baianos, enquadram-se também os Espíritos de Marinheiros, que tem sua ligação com o mar e Iemanjá, e os Caboclos Boiadeiros, que foram trabalhadores do Sertão Nordestino. As Linhas de Baianos, assim como as de Boiadeiros, são consideradas Auxiliares, de Trabalho ou Do Meio, com suas Legiões e Falanges. São oriundas de manifestações de regiões brasileiras dentro da Linha de Caboclos.

Durante as giras sempre dão demonstrações de intensa alegria, apresentando fortes traços regionais, usando chapéus de couro ou palha, lembrando os Cangaceiros. Com seu jeito valente, não levam desaforo para casa. Por outro lado, possuem também características de pacientes, e todos gostam de ouvir seus conselhos. Costumam ser também carinhosos, e passam sempre segurança.

É comum presenciarmos estas magníficas entidades desviarem assuntos relacionados a trabalho, dinheiro, ou qualquer outro problema para perguntar sobre as coisas do coração. Impressiona como normalmente estes problemas existiam e era o que realmente estava atrapalhando. Sanado estes problemas de relacionamento, os demais acabam como que por mágica.

Dependendo da forma de trabalho do chefe da casa e de seus médiuns, diferenças de comportamento podem ser observadas, em alguns lugares, os baianos se apresentam com características mais duras, em que parecem ser mais briguentos e falam muito alto, em outros, sua incorporação é mais mansa e a Entidade manipula essências aromáticas, ervas, flores e velas coloridas. Apesar das diferenças, todos têm em comum a popularidade. São muito queridos e fazem sucesso em realidades sociais distintas. Desprendida, sem complicações, um alto astral e uma vontade imensa de resolver as "coisas do coração", verdadeiro obstáculo do ser humano. Porque é nas coisas do coração que se encontram as soluções para todos os outros problemas.

Os Baianos apresentam um comportamento comedido, não xingam, nem provocam ninguém, não sendo enfim zombeteiros. Os trabalhos com a corrente dos Baianos, nos trás muita paz, nos passando perseverança, para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena. Como encarar a vida e seus problemas com entusiasmo e alegria? Pergunte a uma Entidade da Gira de Baianos. Sem a menor dúvida, a gira mais festiva e alegre da Umbanda.

Características dos Baianos na Umbanda:

ComidasCoco, cocada, farofa com carne seca etc.

BebidasÁgua de coco, cachaça, batida de coco etc.

FumamCigarro de palha, fumo de rolo etc.

TrabalhamDesmanchando trabalhos de magia negra, dando passes, etc,. São portadores de fortes orações e rezas. Alguns trabalham benzendo com água e dendê.

Corlaranja ou qual for definida pela entidade

ApresentaçãoUsam chapéu de palha ou de couro e falam com sotaque característico nordestino. Geralmente usam roupas de couro.

Nomes De Alguns Baianos: Severino, Zé Do Coco, Sete Ponteiros, Zé Baiano, Zé Do Berimbau, Maria Do Alto Do Morro, Zé Do Trilho Verde, Maria Bonita, Gentilero, Maria Do Balaio, Maria Baiana, Maria Dos Remédios, Zé Do Prado, Chiquinho Cangaceiro, Zé Pelintra (que trabalham também na Linha de Jurema, Linha de Malandros e Pretos Velhos).

É da Bahia, Meu Pai!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Agradecimentos

Em nome de todos do Templo Escola Estrela da Manhã externamos nossos agradecimentos a Dra. Cecilia, Diretora do AME Caraguatatuba pelo convite em participar na IV Gincana AME, onde estivemos com barraca de Mini-Pizza.
Agradecemos o apoio, carinho, confiança e tudo o estimulo, e gostaríamos de externar este agradecimento a todos os funcionários do AME.
Agradecemos também aos nossos filhos que muito ajudaram, entre eles destacamos Maria do Carmo, Melissa Sampa, Débora, Márcia Astone, Miraci Dourado, além dos nossos irmãos Pedro e Solange Correa da Cablocla Anay, que muito nos ajudaram neste evento.
Que Oxalá derrame sobre todos nós suas bençãos de luz e amor.

Axé a todos.