sábado, 30 de novembro de 2013

Cambones


Cambone é uma atividade exercida nos terreiros de Umbanda e que merece uma atenção especial dada a sua importância como auxiliar das entidades, dos médiuns e dos dirigentes do Terreiro.
Como auxiliar das entidades, cabe ao cambone ser o interprete da mensagem entre a entidade e o consulente, além de um defensor da entidade e da integridade física do médium. Cabe a ele cuidar do material da entidade, orientar o que acontece em sua volta e também ajudar o entendimento do consulente, pois a linguagem do espírito nem sempre é entendida, mas ao cambone fica claro já pela sua intimidade com o comportamento do espírito que ele serve.

Por outro lado a posição do cambone nem sempre é confortável pois algumas vezes cabe a ele fiscalizar também o comportamento da entidade que, se por uma razão ou outra, fugir da normalidade deve imediatamente avisar a direção do terreiro. O limite da intimidade do consulente com o espírito ou o médium deve ser fiscalizado pelo cambone para evitar mal entendidos e desajustes de informações. Finalmente ao cambone é dada uma oportunidade especial de conhecer mais a Umbanda e a forma das entidades trabalharem porque seu contato é direto. Como o cambone tem como obrigação ouvir o que o espírito ouve e fala, seu conhecimento, em cada consulta, aumenta consideravelmente.
Quando eu comecei na Umbanda fiz questão de ser cambone e desempenhei esse papel durante muito tempo e posso afirmar que até hoje ele tem uma importancia direta no meu comportamento como médium e Pai de Santo.
Apenas como informação a quem quiser, estamos divulgando um aviso aos cambones do Terreiro do Pai Maneco elaborado pela Mirtes Rodrigues, responsável como assistente dos cambones na gira que dirijo.

Funções

  • Servir a entidade e ao médium
  • Colaborar material e espiritualmente com o médium e com a entidade, antes, durante e depois do trabalho.
  • Orientar o consulente quando não entende, banhos, entregas, novas consultas, vibrações e o que for necessário.
  • Prestar muita atenção na consulta, para não ser infringida nenhuma regra ou regulamento da casa, e notando alguma anormalidade deve ser comunicado a chefe de cambono ou à hierarquia e, conforme o caso, o pai-de-santo.
  • Deve apresentar honestidade e sigilo absoluto, não devendo nunca contar a ninguém o teor das consultas.
  • Não pode incorporar quando está atendendo a uma entidade, exceto quando autorizado pela entidade a quem estiver servindo.

Antes e durante os trabalhos:

  • Levar todo material da entidade para seu respectivo lugar no terreiro (pemba, velas, ponteiros, bebida, fósforo, tabua, charutos, palheiros, cigarros, ervas, e eventuais outros materiais)
  • Servir a  entidade em tudo que ela precisar.
  • Não deixar de ouvir, mesmo que por solicitação do consulente, as consultas feitas às entidades e as respostas por elas dadas. Em caso de determinação da entidade para se afastar durante uma consulta, avisar imediatamente o pai-de-santo ou a entidade que nele estiver incorporada.
  • Durante a vibração, ficar atento à entidade e ao trabalho que ela realiza, sem contudo ser necessário ficar ao lado da entidade, a não ser que a mesma solicite.
  • Autorizado o atendimento, enquanto risca o ponto e firma seu trabalho, fornecendo-lhe os materiais necessários.
  • Conversar com a entidade quanto ao numero de consultas e o tempo disponível, sendo que ele não pode dizer para ao consulente.

Após os atendimentos:

  • Conversar com a entidade, pedindo orientações quanto ao destino das sobras de material utilizado.
  • Levantar o ponto riscado da seguinte forma: retirar ponteiros, velas e outros materiais do ponto, e jogar cachaça sobre o ponto riscado, em forma de cruz, e com as mãos, apagar o ponto riscado. Depois pode retirar do local e limpar na torneira da pia com água.
  • Guardar e recolher o material, deixando o local limpo.

Orientações gerais:

  • Ao se locomover pelo ambiente do ritual não furar nem costurar a corrente, evitando bater nos médiuns.
  • Ao afastar-se da função, seja por um período ou não, auxiliar o novo cambono, passando orientações a respeito do trabalho com as entidades.
  • Não aproveitar-se da função para fazer consultas em nome de parentes, amigos, sobrecarregando o trabalho das entidades.
  • Não manter diálogo com  assistência.
  • Qualquer dificuldade em orientar os consulentes, pedir auxilio a hierarquia
  • Não atrapalhar o encerramento dos trabalhos levantando o ponto ou guardando os materiais.
  • Durante a abertura e encerramento dos trabalhos, todos devem estar na corrente.

Cambones:

  • Servir também é um aprendizado.
  • O trabalho do cambone  é tão importante quanto ao do médium e entidade.
  • A responsabilidade mediúnica do cambone é tão importante quanto a de qualquer outro médium.
  • O médium que camboneia, não atrapalha seu desenvolvimento. A experiência como cambono lhe é importantíssima no aprendizado.
  • Orientar a entidade quanto aos cuidados com o médium.
  • Avisar de qualquer situação constrangedora a hierarquia.
  • Levantar o perfil das entidades, visto que quem esta de fora, tem maior percepção e entendimento da entidade.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Saudação de Yemanjá


Comidas de Santo


Comidas de Santos comidas rituais ou alimentos votivos são as comidas específicas de cada Orixá, que para serem preparadas são submetidas a um verdadeiro ritual. Esses alimentos depois de prontos são oferecidos aos Orixás acompanhados de rezas e cantigas, durante a festa ou no final, em grande parte são distribuídas para todos os presentes, são chamadas comida de axé pois acredita-se que o Orixá aceitou a oferenda e impregnou de axé (bons fluídos) as mesmas.

Eis então algumas das principais comidas de Santo:

Acarajé - é a comida ritual do Orixá Iansã. O acarajé é feito com feijão-frade, que deve ser partido num moinho em pedaços grandes e colocado de molho em água para soltar a casca, após retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal. O segredo para o acarajé ficar macio é o tempo que se bate a massa. Quando a massa estiver no ponto ela fica com a aparência de espuma, para fritar use uma panela funda com bastante azeite de dendê.
 
Ado - é uma Comida ritual feita de milho vermelho torrado e moído em moinho e temperado com azeite de dendê e mel, é oferecido principalmente ao Orixá Oxum.
 
Amalá - é comida ritual do Orixá Xangô. É feito com quiabo cortado, cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce, pode ser feito de várias maneiras. É oferecido numa gamela forrada com massa de acaçá.
 
Axoxô – é comida ritual do Orixá Oxóssi, milho vermelho cozido refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê, enfeitado com fatias de coco sem casca.
 
Deburu - é a comida ritual do Orixá Obaluaiyê , é o milho de pipoca estourado numa panela com areia . Depois de peneirar a areia essa pipoca é colocada num alguidar ou tigela (de barro) e enfeitado com pedacinhos de coco.
 
Ekuru - é uma comida ritual de diversos Orixás, a massa é preparada da mesma forma que a massa do acarajé , feijão-frade sem casca triturado, envolta em folhas de bananeira como o acaçá e cozido no vapor.
 
Comidas de Santo
 
Omolocum - comida ritual da Orixá Oxum , é feito com feijão-frade cozido, refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce. Enfeitado com camarões inteiros e ovos cozidos inteiros sem casca, normalmente são colocados 5 ovos ou 8 ovos, mas essa quantidade pode mudar de acordo com a obrigação do candomblé.
 
Abará - é um dos pratos da culinária baiana e como o acarajé também faz parte da comida ritual do candomblé . A preparação da massa é idêntica à do acarajé. Quando comida ritual, coloca-se um pouco de pó de camarão e quando da culinária baiana coloca-se camarões secos previamente escaldados para tirar o sal, que pode ser moído junto com o feijão e depois colocar alguns inteiros. Essa massa deve ser envolvida em pequenos pedaços de folha de bananeira semelhante ao processo usado para fazer o acaçá e deve ser cozido no vapor em banho-maria; é servido na própria folha.
 
Acaçá - é uma comida ritual do candomblé e da culinária baiana . Feito com milho branco ou milho vermelho, que após ficar de molho em água de um dia para o outro, deve ser moído num moinho formando uma massa que deverá ser cozida numa panela com água, sem parar de mexer, até ficar no ponto. O ponto de cozedura pode ser visto quando a massa não dissolve se pingada num copo com água. Ainda quente essa massa deve ser embrulhada em pequenas porções, em folha de bananeira previamente limpa, passada no fogo e cortada em tamanho igual para que todos fiquem do mesmo tamanho. Coloca-se a folha na palma da mão esquerda e coloca-se a massa, com o dedo polegar dobra-se a primeira ponta da folha sobre a massa, dobra-se a outra ponta cruzando por cima e virando para baixo, faz o mesmo do outro lado. O formato que vai ficar é de uma pirâmide rectangular.
 
Caruru – É uma comida ritual do candomblé e da culinária baiana. É preparado com quiabo cortado em quatro de comprido e depois em rodelas, cebola ralada ou batida no processador, pó de camarão, sal, azeite de dendê, castanha-de-caju torrada e moída, amendoim torrado sem casca e moído. Preparação: Numa panela coloque azeite de dendê, a cebola e o sal, refogue um pouco, em seguida coloque o quiabo cortado, colocar um pouco de água e deixar cozinhar, quando estiver cozido colocar aos poucos a castanha e o amendoim acrescentando um pouco mais de dendê, depois de pronto é colocado numa gamela.
Efó - é uma comida ritual e da culinária baiana , pode ser feita com a folha chamada língua de vaca ou com folha de mostarda. Preparação: Meio quilo de camarão seco, descascado. Pimenta-malagueta em pó. Meio dente de alho. Uma cebola. Uma pitada de coentro. Um maço de língua-de-vaca (ou taioba, ou bertalha, ou espinafre, ou mostarda). Primeiro, ferve-se a língua-de-vaca, escorre-se numa peneira, estende-se na tábua e bate-se bem com a faca, até ficar uniforme. Enxuga-se e estende-se na peneira para secar toda a água. Cozinha-se no azeite-de-dendê puro, temperado com tudo o resto. A panela fica tapada, para suar. Come-se com arroz. Nanã, rainha das águas doces, quando escolhe, pede um bom efó de língua-de-vaca.
Tendo como contexto principal a terra e os seus frutos, os Iorubás basicamente subsistiam pela colheita do inhame (isu), milho (àgbado), feijão (ewa), quiabo (ilá) e mandioca (paki). São estes os elementos principais que encontramos até hoje nas comidas que são confeccionadas para os Orixás no Candomblé.
A comida é assim claramente também mais uma tradição que foi trazida de África pelos escravos e que foi mantida no culto do Candomblé.
A preocupação com o comer é uma constante na vida do ser humano, transformando-se, quase sempre, na sua ocupação principal. A sorte, a ajuda, os pedidos para uma boa colheita, boa caça, um bom trabalho, etc. fizeram também sempre parte das preocupações, e como forma de agradar aos Orixás a comida era “partilhada”, no sentido em que os Orixás também comiam do mesmo tipo de comidas, e desta integração surge a força, a base para os pedidos, para agradecimentos – as comidas dos Orixás – ONGE BILE – as chamadas comidas secas.
São estas as comidas que são hoje em dia dadas em oferenda aos Orixás, fazendo parte de maioria dos rituais nos quais se invoca a sua presença, a sua participação ou ajuda. Desde os simples Ebós e Oferendas até aos mais complexos rituais de Iniciação, a comida é sempre uma parte muito importante.
Os ingredientes que a compõem, a forma como é confeccionada, tudo tem o seu preceito próprio, e assim, uma determinada comida, que contém determinados elementos energéticos, é apropriada para este ou para aquele Orixá especificamente.
Entenda-se que o Orixá não come “fisicamente”, mas alimenta-se, isso sim, da energia e da vibração da comida que lhe é oferendada, porque esta integra determinados elementos que se coadunam com a sua própria energia, com o seu campo vibratório e características naturais.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

PRECE CELTA


Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalante ódio. 
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior. 
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.
Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível, tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável!
Que os teus pensamentos e os teus amores, o teu viver e a tua passagem pela vida, sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome.
Aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu acalanto secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz!!!!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Do Sagrado para a Sujeira!

Por Jorge Scritori
A Umbanda possui dentro das suas práticas e liturgias vários procedimentos que acabam tendo o seu destino externo ao Terreiro, ou seja, na rua! Não é necessário enumerar estes procedimentos, mas é bom lembrar os mais comuns: 
- Oferendas na natureza; 
- Despachos de materiais para descargas energéticas; 
- Consagrações e imantações de elementos: guias de conta, colares, etc;
Todos estes procedimentos podem sofrer alteração de acordo com a escola que o médium segue, mas existe algo que não muda em escola nenhuma: o hábito de abandonar os materiais nos locais do trabalho!
Aos irmãos que já mudaram esta postura, por favor, não se aborreçam; estou falando em relação aos que não mudaram! 
Pensando desta maneira, podemos entender que o nosso cartão de apresentação ou de visita é feio, bem feio. Matas queimadas, encruzilhadas emporcalhadas, comidas apodrecidas nas cachoeiras, portas de cemitérios fedendo, beira da praia intransitável e todo horror que se possa imaginar. 
Ha algumas semanas, estava transitando por uma avenida bem conhecida na zona leste de São Paulo (para ser mais exato eu estava na avenida Jacu-Pêssego), parado em um semáforo aguardando a sua abertura. Ao reparar no canteiro central, vi que uma criança se incomodava com algo, que ela chutava e dava risada. Foi aí que me dei conta que naquele pequeno perímetro estavam depositados um total de 9 alguidares, que pela decomposição e posicionamento foram colocados em dias diferentes…
A pergunta é: Porque que o nosso trabalho tem que se tornar o lixo para o outro?
Não se trata somente do outro irmão não religioso, mas de nós mesmos!
Quantas vezes você se incomodou de procurar um local para fazer oferenda e o mesmo já tinha sido usado e abusado, estava fedido e sujo?!  Já passei por isto inúmeras vezes e sei o quanto é complicado.  
Ok Jorge, você falou, apontou e demonstrou, mas o que pode ser feito?
Simples!
Devemos todos, sem exceção, repensar os nossos procedimentos externos antes que medidas legais sejam tomadas como ocorreu na região sul do Brasil, onde uma cidade abraçou uma lei de proibição de despachos nas encruzilhadas!
Por que não podemos colocar, aguardar e retirar?  Jorge, isto quebra o fundamento de alguns trabalhos e etc, etc, etc…
E que tal não ter local para fazer trabalho?  Que fundamentos teremos nisto?  
Que tal uma proibição dura e severa contra as nossas liturgias?
Não precisamos chegar a este ponto!
Se somos adeptos dos Orixás, que possuem a sua representação na natureza, porque temos que ser os primeiros a destruir, sujar, estragar e denegrir?  Alguns mais exaltados podem apontar: e os locais específicos destinados as nossas práticas?
Estes locais, pelo menos todos que conheço, são administrados por pessoas de extrema competência, mas a natureza não esta dando conta do recado. Não estamos deixando os pontos descansar e se renovar.  Por mais que se façam limpezas diárias nestes pontos, o grau de decomposição e comprometimento é muito grande, sendo assim, vamos cada um fazer a sua parte!
Segue abaixo um procedimento de trabalho externo adotado pelo Instituto Cultural Sete Porteiras do Brasil – I7.  Este procedimento não é obrigatório, se trata somente de uma sugestão que adotamos e recomendamos!

REGRA DE OFERENDA E PROCEDIMENTOS EXTERNOS
1) Pedir licença no ponto de força e a todos os seus intermediários (deixar algo ou pedir licença mentalmente);
2) Montagem da Oferenda;
3) Pedido, descarrego ou imantação/consagração;
4) Tempo de espera antes de retirar: de 15 a 25 minutos;
5) Recolhimento de todos os elementos sendo cada elemento separado de acordo com sua classe (vidro com vidro, fruta com fruta, etc) e cada um depositado no seu lixo de destino.
Um grande abraço irmãos!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Iniciação na Umbanda


A iniciação na Umbanda acontece em três níveis: Filosófico, Mediúnico e Ritualístico. Juntas, promovem o desenvolvimento da percepção e, conseqüentemente, a expansão da Consciência Espiritual.
A comunicação mediúnica, também denominada incorporação, deve ocorrer na dimensão espiritual e não no plano mental do médium. Por isso, é necessário trilhar o caminho iniciático. Somente através dele o médium consegue, durante as incorporações, transcender suas barreiras culturais, psicológicas e emocionais.
A exemplo de outros processos, os estágios iniciáticos são gradativos e reconhecidos à medida que as etapas anteriores são plenamente cumpridas. Porém, quando mal interpretadas, as graduações podem estimular equivocadas relações de poder hierárquico entre os médiuns. Equívocos dessa natureza comprometem as oportunidades coletivas e limitam excessivamente as atuações dos iniciantes. São nocivas lacunas geralmente associadas a métodos iniciáticos inadequados.
Por não existir um método iniciático totalmente infalível, é preciso estabelecer critérios. Não devemos confundir critério com discriminação. Os critérios pré-estabelecidos como normas reguladoras das iniciações fundamentam-se na compatibilidade entre os Princípios do iniciante e os do Templo.
Os Princípios filosóficos da Umbanda são, por natureza, universais, e independem de qualquer cultura ou tradição. Entretanto, cada Templo Umbandista tem o direito de interpretá-los e praticá-los conforme os seus fundamentos. Ainda bem que é assim, pois do contrário, teríamos mais uma religião estagnada em codificações dogmáticas e não dinâmica como é a Vida.
Enganam-se aqueles que pretendem fazer da sua verdade a verdade do outro. As iniciações devem visar a busca da Luz espiritual, e não a Verdade.
Todos nós somos espíritos encarnados e, consequentemente, se perecíveis no corpo físico, imortais em nossa essência que segue sua via evolutiva conforme as Leis Cármicas.
Entretanto, ainda estamos muito distantes dos princípios da espiritualidade superior, sendo prova disto a limitação que temos para perceber o Mundo Astral e também a nós mesmos em nossas várias encarnações, sem falar da situação das relações de troca injustas entre humanos e das infames guerras fratricidas.
A Umbanda ensina que sem a prática do Bem não há Salvação e que não se deve esperar a Iluminação sem se desvencilhar do Egoísmo, da Vaidade e do Orgulho. O caminho preconizado é o da Simplicidade, da Humildade e da Pureza.
Uma via longa e penosa quando se pretende sair da Ilusão e, realmente, partir para a conquista destes altos valores do espírito, capazes de nos libertar do obscurecimento consciencial a que estamos submetidos.
Tão difícil é esta via que seria praticamente impossível atingir estes objetivos sem o auxílio  dos Mestres da Simplicidade, da Humildade e da Pureza, transfigurados nas entidades que baixam nos terreiros de Umbanda.
Pela nossa condição moral, não haveria como estes Mestres chegarem até nós, a não ser pela mediunidade.
Assim, médiuns são aqueles espíritos que receberam, antes da presente encarnação, determinados ajustes em seu Organismo Astral e nas suas concepções morais, que possibilitem ceder sua constituição física à comunicação mediúnica, trabalhando em prol da Caridade e da evolução, própria e dos seus semelhantes. Este é um compromisso firmado entre este Ser e os Espíritos da Confraria Cósmica de Umbanda antes do nascimento e que deve florescer de maneira natural ao longo da encarnação do indivíduo.
Iniciação na Umbanda é um processo contínuo, que se desenvolve no decorrer de várias e várias encarnações dedicadas a este aprendizado, também não acaba nunca pois é infinita a evolução espiritual e cada minúscula porção de conhecimento trazido por um iniciado deve ser fruto da sua própria vivência orientada por mestres.
A Iniciação na Umbanda não é vetada a ninguém, todavia pouquíssimos carregam este selo conferido pelas Hostes do Bem, como um legado cármico. Muitos ainda surgirão, e cada vez de maior porte.
Àqueles que iniciam agora a jornada, lembro que muitas vidas os aguardam e cada pequeno degrau é alçado às custas de um esforço indescritível, mas não impossível.

domingo, 24 de novembro de 2013

historia de SR.MARABO


O reino estava desolado pela súbita doença que acometera a rainha. Dia após dia, a soberana definhava sobre a cama e nada mais parecia haver que pudesse ser feito para restituir-lhe a saúde. O rei, totalmente apaixonado pela mulher, já tentara de tudo, gastara vultosas somas pagando longas viagens para os médicos dos recantos mais longínquos e nenhum deles fora capaz sequer de descobrir qual era a enfermidade que roubava a vida da jovem. Um dia, sentado cabisbaixo na sala do trono, foi informado que havia um negro querendo falar com ele sobre a doença fatídica que rondava o palácio. Apesar de totalmente incrédulo quanto a novidades sobre o caso pediu que o trouxessem à sua presença. Ficou impressionado com o porte do homem que se apresentou. Negro, muito alto e forte, vestia trajes nada apropriados para uma audiência real, apenas uma espécie de toalha negra envolta nos quadris e um colar de ossos de animais ao pescoço. - Meu nome é Perostino majestade. E sei qual o mal atinge nossa rainha. Leve-me até ela e a curarei. A dúvida envolveu o monarca em pensamentos desordenados. Como um homem que tinha toda a aparência de um feiticeiro ou rezador ou fosse lá o que fosse iria conseguir o que os mais graduados médicos não conseguiram? Mas o desejo de ver sua amada curada foi maior que o preconceito e o negro foi levado ao quarto real. Durante três dias e três noites permaneceu no quarto pedindo ervas, pedras, animais e toda espécie de materiais naturais. Todos no palácio julgavam isso uma loucura. Como o rei podia expor sua mulher a um tratamento claramente rudimentar como aquele? No entanto, no quarto dia, a rainha levantou-se e saiu a passear pelos gramados como se nada houvesse acontecido. O casal ficou tão feliz pelo milagre acontecido que fizeram de Perostino um homem rico e todos os casos de doença no palácio a partir daí eram encaminhados a ele que a todos curava. Sua fama correu pelo reino e o negro tornou-se uma espécie de amuleto para os reis. Logo surgiram comentários que ele seria um primeiro ministro que agradaria a todos, apesar de sua cor e origem, que ninguém conhecia. Ao tomar conhecimento desse fato o rei indignou-se, ele tinha muita gratidão pelo homem, mas torná-lo autoridade? Isso nunca! Chamou-o a sua presença e pediu que ele se retirasse do palácio, pois já não era mais necessário ali. O ódio tomou conta da alma de Perostino e imediatamente começou a arquitetar um plano. Disse humildemente que iria embora, mas que gostaria de participar de um último jantar com a família real. Contente por haver conseguido se livrar do incomodo, o rei aceitou o trato e marcou o jantar para aquela mesma noite. Sem que ninguém percebesse, Perostino colocou um veneno fortíssimo na comida que seria servida e, durante o jantar, os reis caíram mortos sobre a mesa sob o olhar malévolo de seu algoz. Sabendo que seu crime seria descoberto fugiu embrenhando-se nas matas. Arrependeu-se muito quando caiu em si, mas seus últimos dias foram pesados e duros pela dor da consciência que lhe pesava. Um ano depois dos acontecimentos aqui narrados deixou o corpo carnal vitimado por uma doença que lhe cobriu de feridas. Muitos anos foram necessários para que seu espírito encontra-se o caminho a qual se dedica até hoje. Depois de muito aprendizado foi encaminhado para uma das linhas de trabalho do Exu Marabô e até hoje, quando em terra, aprecia as bebidas finas e o luxo ao qual foi acostumado naquele reino distante. Tornou-se um espírito sério e compenetrado que a todos atende com atenção e respeito. Saravá o Sr. Marabô!

domingo, 17 de novembro de 2013

Rituais na Umbanda – Cruzamento com Pemba


Pemba é um Giz em forma esférica, usado ritualisticamente em culto afro-brasileiros, pelo guia incorporado, para riscar seus pontos no chão. Seu pó também pode ser utilizado em magias.
Cruzamento com Pemba é um ritual utilizado na Umbanda para melhor  proteção dos médiuns que já contam com uma incorporação definida, e  que por esta razão tomam também parte ativa em descargas fluídicas  negativas. Em todas as Nações que praticam a Umbanda, não é permitido a um médium de incorporação, iniciar o seu trabalho sem  que antes, tenha feito o cruzamento.
pemba

O Cruzamento com pemba deve ser feito da seguinte forma:  segurando a Pemba com a mão direita, fazer uma cruz na fronte,  depois cruzar a palma da mão esquerda e descendo, cruzar também o  peito do pé direito.
Após isto, passar a pemba para a mão esquerda e com ela fazer uma cruz na nuca, depois cruzar a palma da mão direita  e descendo cruzar o peito do pé esquerdo.
Essas são algumas formas de utilização da Pemba. Entretanto, cada Guia protetor do terreiro tem sua própria doutrina e portanto podem haver formas diferentes de cruzamento com Pemba.
Em alguns terreiros temos visto o cruzamento com pemba mais simples.
Cruzando-se a palma da mão direita, e depois a parte de cima da mão direita e circula o punho, fazendo o mesmo procedimento na mão esquerda. Após o cruzamento das mãos, ocorre a saudação de ambos os médiuns com o X com as mãos.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Atenção

Não haverá atividades espirituais no dia 14/11, pois estaremos em atividades conjuntas pelo Instituto Cultural Umbanda Para Todos no dia 15/11

Agradecemos a colaboração

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Giras e Rituais na Umbanda


Gira na Umbanda diferencia-se de uma tenda a outra, justamente por não haver um órgão centralizador, que a nível nacional ou estadual, dite normas e conceitos sobre a religião ou possa proibir os abusos. Por isso cada terreiro segue um ritual próprio, o que faz a diferenciação da qualidade de um para outro. Entretanto, a base de todo terreiro tem que seguir o principio básico do bom senso, da honestidade e do desinteresse material, além de pregar, é claro, o ritual básico transmitido através dos anos pelos praticantes. Com este tópico para esclarecer, transmitimos, sem nenhum segredo o ritual que nós praticamos.
Muito do que colocamos aqui, refere-se a umbanda tradicional.

Gira na Umbanda

No sentido de trabalho significa reunião de vários espíritos de uma mesma categoria. A gira pode ser festiva, de trabalho, de treinamento, fechada ou aberta e especifica. Antes da gira propriamente dita, deve ser feita uma “abertura dos trabalhos” para que o ambiente seja devidamente preparado. Apresentaremos um modelo de abertura de gira em capítulo a parte.
Festiva ¬ é aquela em que se presta uma homenagem ao Orixá/Entidade do dia. Nela pode-se puxar outras vibrações, separadamente;
De trabalho ¬ são giras realizadas regularmente para o atendimento de consulentes;
De treinamento ¬ pode ser realizada junto com a gira de trabalho ou em dia especifico. Nela se processa o desenvolvimento mediúnico dos iniciantes que serão trabalhados pelas entidades incorporadas ou por médiuns feitos, através da vibração de seus guias, sem incorporação;
Aberta ¬ é uma gira onde se toca para duas ou mais categorias de espíritos. Nela podem trabalhar, ao mesmo tempo, Caboclos, Pretos Velhos, Ibeijada, etc. Cada médium trabalha com a entidade que desejar se manifestar.
Fechada ¬ nessas giras trabalha-se com uma “linha” de cada vez. Somos mais favoráveis a este tipo de gira por não haver cruzamento de energia, assim existindo melhor aproveitamento dos fluidos por parte dos médiuns;
Neste caso, chama-se uma única linha por vez, espera-se encerrar seu trabalho, e só depois que ela tiver deixado a gira, chama-se outra linha. Todos os médiuns trabalham com Caboclos, depois com Baianos, por exemplo.
Especifica ¬ são as giras de Abaluaê, Oriente, Ibeijada, Exús e Pomba Gira. No caso destas giras são necessários certos procedimentos para se isolar o trabalho. Isso pode ser feito com preces, cânticos especiais ou até mesmo em dias especiais após imantações.
A gira de Exú é uma gira difícil de ser trabalhada, pois muitos deturpam a sua finalidade e o modo de trabalho de tais entidades. A falta de conhecimento leva muitos a acreditarem que se trata do “diabo”. Mal sabem que o diabo é o mal, o orgulho, a vaidade, a discriminação e a preguiça que alguns carregam consigo.
Deve-se cantar 7 curimbas para Ogum que sempre abre e fecha esta gira – não é obrigatória a incorporação de Ogum. A energia de Ogum é responsável pelo equilíbrio dos espíritos desta faixa de evolução. Os Exús e Pombas Giras não precisam usar bebidas a não ser para trabalhos específicos e a quantidade é absurdamente pequena. Eles recebem sua libação na tronqueira.
giras e rituais na umbanda
Os Exús e Pombas Giras são entidades evoluídas, embora estejam na base do desenvolvimento espiritual, por isso não aceitamos, de forma alguma, aqueles que fazem gestos obscenos, falam palavrões e dão gargalhadas espalhafatosas ou mesmo que utilizam roupas extravagantes já que todas as outras entidades trabalham com os médiuns vestidos de branco. Isso tudo é teatro, brilho, fantasia não tem nenhuma importância espiritual. Tais entidades são de muito respeito e muita luz, porém humildes e muito próximas da consciência terrena, deixam seus médiuns a vontade até mesmo em suas “palhaçadas”. Médium evoluído, Exú em evolução, valendo também o inverso.
Estas entidades defendem nosso campo anímico (ligação matéria/espírito) para que Oxalá possa continuar conveccionando a vida. Vemos assim que elas têm uma importante função no plano espiritual.
A gira de Ibeijada também é uma das giras difíceis de um terreiro. Após a “abertura” normal da gira e com todos os fundamentos preparados para este trabalho puxa-se a falange das crianças que, por acaso, não são malcriadas apesar de serem alegres e brincalhonas. Muitos médiuns se aproveitam de tal situação e fazem arruaça, achando que com isso tornam autentica a sua incorporação.
Os Erês ou Cosmes (homenagem a São Cosme, entidade protetora das crianças segundo a Igreja Católica) podem brincar sem desrespeitar os princípios espirituais. Essas entidades são a sublimação das forças cósmicas e jamais devemos desafiá-las pensando que por “serem crianças” não tem muita força. A devoção a essa vibração pode nos salvar de situações difíceis.
Deve-se, sempre após uma gira de Ibeijada, chamar outra entidade para encerrar os trabalhos, pois as “crianças” limpam os consulentes e fazem os trabalhos, mas não descarregam a negatividade.
A gira de Abaluaê deve ser isolada das demais, através de preces específicas que devem ser rezadas antes e depois desta gira. Nessas preces deve-se buscar o fortalecimento mental dos médiuns da corrente e projetar energia equilibrando-os para conseguirem assimilar esta vibração que, por ser uma energia de sublimação (Nanã = reação, Omulú = ação) chega na terra de forma triangular , ocupando um espaço maior que as demais vibrações, portanto formando um campo magnético amplo em que o médium pode não conseguir permanecer.
A gira do Oriente deve começar a ser preparada uma semana antes do dia propriamente dito. Ela deve ser aberta pelo Zelador com preces e, durante a semana, devem ser invocadas todas as entidades que irão trabalhar, mantendo-se iluminados os respectivos pontos de firmeza. No dia da gira só deverão participar os médiuns que se mantiveram em harmonia com os fundamentos do terreiro naquela semana. Nestas giras geralmente recebe-se espíritos de muita sabedoria que vem a terra para nos ensinar ou passar mensagens importantes. Não devemos confundir esta gira com a festa dos ciganos. Agira do Oriente trabalha com os espíritos mentores de diversas crenças e culturas orientais.

Gira Bloqueada

Assim chamamos a dificuldade que o médium de incorporação parcial tem de penetrar na faixa vibratória de certos consulentes. Quando isso ocorre o médium não está, necessariamente, falhando ou sem a sua entidade.
Os motivos podem ser:
a) consulente carregado de energia negativa. O consulente fica envolvido dentro de uma redoma.
b) consulente que procura a tenda por simples curiosidade ou para testar as entidades.
c) o consulente é médium ou mesmo Zelador. Já tem sua “coroa” feita e suas próprias entidades fecham a sua faixa vibratória para resguardá-lo.
Nos casos “a” e “b” o médium não deve se deixar perturbar e também não deve tentar romper o bloqueio, pois além de lhe causar grande perda de ectoplasma isso pode fazer com que caia em descrédito. O correto é recomendar ao consulente uma limpeza espiritual através de banhos de descarrego, imantações e preces e pedir-lhe que retorne para nova consulta.
É importante salientar que as giras de passe não são “consultório sentimental” ou lugar de “conversa fiada, muito menos fábrica de milagres. As pessoas devem ser orientadas para que não desgastem os médiuns contando toda a sua vida. A entidade irá perguntar somente o necessário, não ficará tentando fazer adivinhações.
O Consulente deve ser instruído a manter-se concentrado em seus objetivos para que toda a força do terreiro seja empenhada em fazer a ciclagem espiritual do mesmo. É desta forma que se consegue o que se procura e não com trabalhos direcionados a terceiros. Ninguém tem o direito de interferir no caminho espiritual de outra pessoa a não ser que esta peça. Não devemos esquecer do “livre arbítrio” e principalmente de que “nos tornamos responsáveis por tudo que cativamos”.
No caso “c” deve-se somente saudar a “coroa” do consulente e realizar o passe.

domingo, 3 de novembro de 2013

FAÇA COISAS DE GENTE, NÃO QUEIRA VIVER COMO ANJO

Fonte: Wanderley de Oliveira

Que tal abandonar essa doença de angelitude e fazer coisas de gente? Vamos dar alguns exemplos de coisa de gente?
Pagar suas contas em dia e não ficar devendo a ninguém.
Parar de carregar culpa por problemas que são dos outros.
Procurar aquela a pessoa dona do carro que você esbarrou no estacionamento.
Parar de falar mal do síndico do prédio.
Pagar a conta de luz que você usa em casa sem reclamar, e ainda dando um beijinho nela na hora de pagar.
Quando você não sabe nada sobre algo que lhe perguntem, encha o coração de humildade e diga: não sei!
Aceitar que a “grama” do vizinho pode ser muito bonita, mas a gente só tem cuidar daquela que é nossa.
Tentar tomar banho no tempo necessário sem desperdiçar água.
São coisas pequenas que nos fazem grandes diante de nossa consciência. Chegaremos a ser anjos, mas vai demorar um pouquinho... Enquanto isso, que tal fazer bem feito o papel que nos compete como seres humanos comuns?
Os anjos foram pessoas como nós e aprenderam a fazer o melhor nas pequenas coisas e hoje são grandes diante de nós e das nossas pequenas coisas.
Práticas religiosas sem cumprimentar o porteiro?...


FAÇA COISAS DE GENTE, NÃO QUEIRA VIVER COMO ANJO
____________________________________________________________
Que tal abandonar essa doença de angelitude e fazer coisas de gente? Vamos dar alguns exemplos de coisa de gente?
Pagar suas contas em dia e não ficar devendo a ninguém.
Parar de carregar culpa por problemas que são dos outros.
Procurar aquela a pessoa dona do carro que você esbarrou no estacionamento.
Parar de falar mal do síndico do prédio.
Pagar a conta de luz que você usa em casa sem reclamar, e ainda dando um beijinho nela na hora de pagar.
Quando você não sabe nada sobre algo que lhe perguntem, encha o coração de humildade e diga: não sei!
Aceitar que a “grama” do vizinho pode ser muito bonita, mas a gente só tem cuidar daquela que é nossa.
Tentar tomar banho no tempo necessário sem desperdiçar água.
São coisas pequenas que nos fazem grandes diante de nossa consciência. Chegaremos a ser anjos, mas vai demorar um pouquinho... Enquanto isso, que tal fazer bem feito o papel que nos compete como seres humanos comuns?
Os anjos foram pessoas como nós e aprenderam a fazer o melhor nas pequenas coisas e hoje são grandes diante de nós e das nossas pequenas coisas.
Práticas religiosas sem cumprimentar o porteiro?...