sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Um Pouco sobre Mediunidade

Por Julio Isao


Mediunidade

a)      O que é Mediunidade?
Será que sabemos ao certo o que vem a ser a mediunidade? Podemos com toda confiança defini-la e desta forma demonstrar o quanto dominamos este assunto?
Emmanuel define a mediunidade como a ocorrência que, invariavelmente, nasce de espírito para espírito. Ou seja, é natural e própria de todos os espíritos, independente do estágio em que estejam.
Assim podemos definir com toda propriedade que todos os espíritos encarnados ou desencarnados possuem capacidade mediúnica, pois é a forma primordial de comunicação do espírito.
Conforme definimos acima, concluímos que a mediunidade é uma faculdade ou aptidão inata do espírito, ou ainda, uma faculdade de comunicação do espírito. Portanto, um dos componentes da mente, definida como conjunto de faculdades que atuam em sincronismo e em regime de interdependência.
Assim, se nos livrarmos dos dogmas, das ortodoxias, das teorias de culpa, conseguimos visualizar a mediunidade como valioso instrumento de educação e progresso.
É bem certo que a comunicação de espírito para espírito, é um processo que necessita ser desenvolvido e aprimorado constantemente, pois o espírito que está recebendo a mensagem precisa ter condições mínimas de conhecimento e intelecto para compreender e aprender o que o espírito está lhe transmitindo.
Assim, é um grande equivoco presumir que os Espíritos suprem todas as nossas deficiências, pois a cada um é dado conforme suas condições.

b)     Desenvolvimento
O desenvolvimento mediúnico é tema que levanta muitas questões, mas o que observamos é a necessidade de agregar o conhecimento prático com o teórico.
Precisamos sinalizar a diferença entre desenvolvimento mediúnico e educação mediúnica; no primeiro o processo é focado no desenvolvimento das faculdades mediúnicas, sem, contudo se preocupar com a percepção da origem da mensagem, no segundo caso, o processo é direcionado a reforma íntima do médium, procurando sinalizar a origem da mensagem em esferas superiores.
Assim, podemos dizer, que na educação mediúnica, quem se aprimora é o individuo ao invés de aprimorar as ferramentas, isto implica na busca pela evangelização pessoal, e conseqüentemente a evangelização e evolução dos guias que nos dão suporte direto.
Neste enfoque, percebemos que o papel do médium é muito mais amplo do que percebemos, mas vamos deixar este enfoque para ser observado mais adiante.

c)      Tipos – classificação
Podemos classificar a mediunidade de várias formas, mas para melhor compreendê-la, vamos dividir a faculdade mediúnica em relação à: Natureza, quanto ao Médium e quanto ao Fenômeno.

Quanto a Natureza temos a natural e a de prova ou tarefa. A primeira se desenvolve com a aprimoramento moral do individuo e a de prova, que é a concessão pelo Alto de uma faculdade mediúnica que naturalmente o indivíduo não teria condições de tê-la.
Podemos dizer que a faculdade mediúnica natural é algo inerente ao homem, como podemos perceber a intuição ou a inspiração, que muitos tem, estes são exemplos mais simples para conseguir visualizar.
Nas faculdades mediúnicas de prova, podemos citar como exemplos as de psicografia, incorporação, psicofonia etc.

Quanto ao Médium podemos classificar em: inconscientes, semiconscientes e conscientes.
- Médiuns Inconscientes: que durante o transe mediúnico não tem consciência do que ocorre, neste grupo também, incluímos os sonambúlicos, este é um nicho que esta diminuído drasticamente com o passar dos anos, pois, estamos cada vez mais, conhecendo a dinâmica do Plano Espiritual.
Estes médiuns não guardam qualquer lembrança do que ocorreu durante o transe.
- Médiuns Semiconscientes: são os que guardam alguma lembrança do que ocorreu no transe mediúnico, mantém o controle sobre o corpo e o processo de transe, podendo inclusive interferir no processo de manifestação.
- Médiuns Conscientes: mantém total lembrança do que ocorre durante o transe mediúnico, podendo interferir no processo de manifestação ou mesmo do transe em si.

Quanto ao Fenômeno: dividir em Lucidez, incorporação e efeitos físicos.
- Lucidez: incluímos a telepatia, vidência, psicometria, audição e intuição, são desenvolvidas pelos médiuns conscientes.
- Incorporação – total ou parcial: incluímos as manifestações orais, escritas, sonambúlicas, são faculdades desenvolvidas pelos médiuns inconscientes ou semiconscientes.
Não existe incorporação em médium consciente, o que se tem é o processo de irradiação.
- Efeitos Físicos: incluímos todas as séries de fenômenos assim denominados, inclusive os processos de cura, desenvolvidas pelos médiuns das três categorias.

Matéria – Espírito: antes de prosseguir, necessitamos distinguir o que vem a ser a matéria e o Espírito.
Considerando que tudo no universo é energia, que tem como único ponto de diferenciação o grau de adensamento, ou, melhor dizendo, de densidade, onde a energia na sua forma mais sutil é utilizada para compor a estrutura do Espírito e na sua forma mais densa compõe as estruturas do perispírito e do corpo físico. Este é um tema que iremos discorrer de forma mais abrangente no próximo modulo do Curso.
Fizemos esta introdução para podermos falar da absorção, esta se dá em conformidade com a densidade do meio em que se encontra, ou seja, quando mais fluídico, etéreo estivermos maior será a nossa capacidade de absorver as energias fundamentais do universo, chegando a ponto de, em algumas civilizações mais avançadas moralmente, a base alimentar seja puramente fluídica, o que não é o nosso caso ainda. O mesmo se dá com os fluidos espirituais, se mantivermos nosso padrão vibratório elevados, aumentamos a nossa capacidade de absorvê-los, caso contrário, nos tornamos refratários a todo tipo de intervenção.
Para elucidar, vamos imaginar que estamos em uma situação de perigo, onde estamos necessitando de ajuda, se nos mantivermos calmos, seremos (na medida do possível) e confiantes na proteção divina, iremos receber a ajuda com muito mais tranqüilidade e agilidade, caso contrário, não iremos nem mesmo conseguir ouvir as orientações que os nossos amigos estão nos dando.
Tudo é uma questão de estar sintonizado na estação certa, na hora certa.

Fluído – Irradiação: fluído é a manifestação da energia num estado mais sutilizado, de forma que tem uma penetração mais abrangente e profunda nos corpos materiais, esta energia escoa no universo como se estivesse num grande oceano, a distinção que temos dos fluídos está relacionada com a carga energética que o criou, ou seja, podemos direcionar fluidos para a cura material, para o reequilíbrio espiritual etc, enquanto a irradiação e o direcionamento direto, focado e com um objetivo claro de uma determinada carga fluídica, mental, etérea ou material, assim, podemos perceber que existem casos de manifestações mediúnicas que se dão através de irradiação mental do Espírito comunicante sobre o agente comunicador, desta forma, os campos energéticos, ou auras, não são interpostas, possibilitando ao espírito comunicante a manutenção de distância necessária, não temos como adentrar no campo das necessidades reais da pratica da irradiação no processo de comunicação mediúnica.
Nos processos de cura, a irradiação é utilizada para que a área que será objeto do tratamento receba a carga necessária sem que ocorra uma sobrecarga na região em torno, possibilitando o direcionamento de tratamentos específicos para áreas pré-determinadas, o que na matéria podemos visualizar com as cirurgias a Laser, por exemplo.

Aproximação: sempre que um espírito se aproxima, podemos perceber pela carga vibratória que o envolver, assim, podemos distinguir quando é um amigo espiritual ou não, se é uma entidade elevada ou não, mas para isso, se faz necessário que desenvolvamos nossa capacidade de observação, somente com a observação, é que conseguimos aprimorar esta sensibilidade.
Por falta de aprimoramento, muitas vezes confundimos capacidade magnética com capacidade moral, às vezes ouvimos falar que tal pessoa sente mais forte a entidade x do que a y, na verdade ela consegue perceber melhor um padrão de energia do que outro, isto implica dizer que mesmo que sentimos de forma mais branda a aproximação desta ou daquela entidade, não implica que elas são mais ou menos fortes, mais ou menos evoluídas, mas sim que ainda não desenvolvemos mecanismos para ler estes padrões energéticos.
Motivo pelo qual, alguns médiuns são enganados por espíritos inferiores, por ter um padrão energético muito intenso, se passando por espíritos superiores. Daí a necessidade de distinguir padrão vibratório e padrão energético nas aproximações.

d)     Passes espirituais e magnéticos
Os passes são grandes ferramentas de auxilio aos necessitados, conhecidos pelos homens deste os tempos mais remotos de nossa história, está tão presente no nosso dia a dia, que muitas vezes nem nos damos conta, que estamos aplicando um passe em determinada pessoa, por exemplo, quando um filho se machuca, e a mãe assopra o machucado ou põe a mão sobre a ferida e ajuda seu filho a aliviar a dor, este é um exemplo de passe.
Existem basicamente 2 tipos de passes, os passes magnéticos e os passes espirituais.
No primeiro caso, o passista pode ou não captar energias sutilizadas, incrementando com as suas próprias e doando em favor do necessitado. Não existe processo mediúnico neste caso, pois a doação é de energia magnética do passista para o necessitado. Neste caso, se faz necessário que o passista tenha se preparado adequadamente para o atendimento.
Já no segundo caso existe uma combinação de elementos espirituais e materiais, onde o passista, por intermédio do Guia, aplica fluidos ao necessitado, tudo sob orientação e manipulação direta do Guia. Neste tipo de passe pode haver ou não a combinação do agente magnético do passista com o agente espiritual do Guia.

Centros de Força: são acumuladores e distribuidores de força espiritual, situados no corpo etéreo pelos quais transitam os fluidos energéticos de uns para outros dos envoltórios exteriores do espírito encarnado.
No homem comum, eles se apresentam como círculos de mais ou menos 5 centímetros de diâmetro, quase sem brilho, porém no homem espiritual, é quase sempre um vórtice luminoso e refulgente.
Temos os seguintes centros de força:
Plexo
Localização
Centro de Força
Sacral
Base da Espinha
Básico
Hipogástrico
Baixo Ventre
Genésico
Mesentérico
Região do baço
Esplênico
Solar
Região do estômago
Gástrico
Cardíaco
Região precordial
Cardíaco
Laríngeo
Garganta
Laríngeo
Frontal
Fronte
Frontal
*
Alto da Cabeça
Coronário
* O chacra coronário não está relacionado com nenhum plexo do corpo físico, mas o está com a glândula pineal.
Iremos estudá-los de forma mais aprofundada no próximo modulo do Curso

Corpo Etéreo: é composto de eflúvios vitais, na sua maior parte emanados do neuropsiquismo do corpo denso, e assegura a ligação entre o perispírito e este do qual, aliás faz parte, como se fosse um prolongamento.
Este corpo etéreo se desintegra com 30 a 40 dias após a morte do corpo físico.

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