As
modalidades de passes são diversas, como diversas são as ondulações de fluidos
transmitidas pelos médiuns aos diversos enfermos. O médium adestrado no
exercício do amor e disciplinado pela Doutrina Espírita, recebe a intuição
adequada para o tratamento do doente que requer a sua presença, sem nunca se
esquecer de que o que se recebe de graça, de graça deverá ser doado.
As escolas de médiuns existentes em toda
parte, proliferando em muitos países são, pois, bênçãos de Deus para os
iniciantes e mesmo para a doutrina a que pertence o aprendiz. Porém, quando
pronto para o trabalho de doação, liberta-te da mecanização que pode escravizar
os teus dons, e entrega-te à intuição divina com a divina força do amor e
percebe a harmonia da natureza, disseminando vida em todos os rumos e paz em
todas as dimensões.
Cada pessoa é um mundo diferente com
necessidades diversas. A nossa mente, trabalhando aberta, como mãos que pedem
aos céus direção, possibilita-nos atender a todos na sua faixa de vida,
oferecendo ambiente para os benfeitores espirituais operarem com proveito entre
o médium e o doente.
Os Espíritos doadores capazes de atrair
fluidos e transformar energias de vários cambiantes, ao encontrarem uma
mediunidade educada nos altos preceitos evangélicos, traçam planos e executam
trabalhos com grande facilidade, produzindo frutos visíveis na área da cura
para aqueles que sofrem, seja frente a frente ou a distâncias inacreditáveis.
Prova disso se encontra no próprio Evangelho, onde Jesus curava com um simples
"levanta-te e anda".
Há médiuns que são capacitados para
trabalhar somente com o seu fluido magnético, desde que não venham, por isso, a
se encherem de vaidade. Eles podem buscar os fluidos no suprimento universal e
transformá-los no amor, doando-os aos que padecem. Todavia, os olhos
espirituais nunca se esquecem da presença de alguém para vigiar e manter à
distância os perturbadores da ordem.
O passista deve ser confiante nos
poderes de Deus e na assistência dos guias espirituais, acrescentando seus
valores da forma como os requisitos da doutrina pedem e induzem ao
procedimento. Nunca deves pensar que és o melhor, pelas curas que são feitas
com a tua ajuda. São muitas as mãos que trabalham em tudo o que realizas.
Cultiva a humildade no que pensas e falas. As energias que te circundam são
sensíveis aos teus sentimentos. O médium de cura começa a curar pela fala, que
predispõe o enfermo à ação benéfica dos fluidos. Se os médicos descobrissem
esta verdade, curariam muitas pessoas mesmo antes de administrarem os remédios.
A palavra bem ordenada faz milagres.
O médium curador deve obedecer à lei
natural em sua alimentação do dia-a-dia. Comer para viver e nunca viver somente
para se alimentar. A seleção dos alimentos fica por conta da consciência que
vibra no Bem.
O passe individual é uma doação direta
de um para o outro e concreta na sua estrutura bioquímica. Quando estamos em
plena harmonia com a vida universal, todas as nossas células vibram uníssonas
na doação comum de vida para vida. Isso é Deus nos ensinando a amar! Isso é
Cristo nos mostrando como amar!
Quando fores chamado ao trabalho de
cura, não te esqueças do preparo pela oração. A prece é feita de fios que nos
ligam aos poderes maiores com segurança, e o que passa por eles, na forma de
energia, é impulsionado pela fé. Isso mostra o quanto pode a confiança no
Soberano Senhor e o quanto podemos realizar com Deus no coração.
A regra geral que requer o curador é o
ambiente sereno, onde predomina o silêncio. É bom que te abstenhas de
formulários humanos, de apetrechos difíceis e de palavras especiais. A melhor
fórmula é o coração em ritmo com o coração de Deus e os apetrechos podem ser
músicas elevadas, caso seja possível, enquanto as palavras iniciais devem ser
ditas como súplica ao Criador, para que entres em sintonia com a força divina
que existe fora e dentro do teu coração. Nunca faças um passe sem que a alegria
seja a flor do teu rosto. Analisa o enfermo, conversando com ele antes do
tratamento, para que possas sentir do que ele carece e doar o que a fome do
companheiro exigir. Se souberes preparar o enfermo psicologicamente antes do
tratamento, na verdade te dizemos que a cura poderá ser imediata, quando não um
grande alívio. A mente instintiva daquele que padece tem os mesmos poderes da
de um santo, nas curas que opera. Só que a ele, o doente, falta o estímulo para
gerar o que se gera espontaneamente no místico cheio de amor no coração. A
natureza nos cede muitos meios de fazer o bem. Nós, os Espíritos encarnados e
desencarnados, é que não compreendemos e nos desviamos, por ignorância, das
correntes de luz que nos tocam, trazendo, em sua estrutura, a mensagem da saúde
com o brilho da harmonia, a nos falar baixinho aos ouvidos: "Amai, que a
felicidade é gerada pelo amor".
Estuda a fisiologia do corpo, pois se
fizeres isso com interesse de aprender, Deus te inspirará quanto à fisiologia
da alma. A própria alma te induzirá ao conhecimento de vários corpos que ela
usa e a vida presente em tudo, dar-te-á a sabedoria para usar os teus dons na
perfeita cura de todo o agregado psicofísico.
Muitos pedem, em orações continuadas e
repetidas, o desenvolvimento da terceira visão para o tratamento de enfermos.
As inteligências superiores estão te ouvindo, mas tens, primeiramente, de saber
fazer uso desse dom, que depois será despertado no centro da tua vida. É
caridade de Deus não haver o despertar de certos dons em determinadas
criaturas. O Senhor espera o poço ficar pronto para a água aparecer, ou o
aprendiz se instruir e se educar para ver a aparição do Mestre.
Trabalha com o que tens, que Ele
multiplicará, no campo das tuas intenções. Avança, que Deus sabe o que deve te
pertencer. Não exijas do grande Soberano, pois nem sempre sabes que pedes.
Se tens o dom de curar e te dispões a
trabalhar com Ele, não olvides a renúncia, vigia a sensualidade e disciplina
todos os teus impulsos inferiores, para que a luz de Deus possa fluir sem
interrupção pelos canais da tua mente, para os corações que sofrem nos caminhos
do mundo. Sê feliz, com a felicidade do Cristo.
(Segurança
Mediúnica,
Cap 15, pág.
78)
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