“Vejam! A mediunidade como
instrumentação da vida surge em toda a parte. O lavrador é médium da colheita,
a planta é o médium da frutificação e a flor é o médium do perfume. Em todos os
lugares, damos e recebemos, filtrando os recursos que nos cercam e
moldando-lhes a manifestação, segundo as nossas possibilidades.
Veja! Eis o carpinteiro, o
médium de preciosas utilidades. Da devoção com que se consagra ao trabalho,
nasce elevada percentagem de reconforto à Civilização.
Veja! Eis o escultor, o médium
da obra-prima. A Arte é a mediunidade do Belo, em cujas realizações encontramos
as sublimes visões do futuro que nos é reservado.
Veja! Eis os empregados da
higiene pública, os varredores, valiosos médiuns da limpeza.
Veja! Eis o juiz, médium das
leis...
Todos os homens em suas
atividades, profissões e associações são instrumentos das forças a que se
devotam. Produzem, de conformidade com os ideais superiores ou inferiores em
que se inspiram, atraindo os elementos invisíveis que os rodeiam, conforme a
natureza dos sentimentos e idéias de que se nutrem”. Portanto, cabe a cada ser
zelar pelos bens que recebeu do Alto e agradecer sempre pelas inúmeras
possibilidades que o Mestre nos oferta de sermos úteis.
LUIZ,André. Nos domínios da
mediunidade. XAVIER, Francisco Cândido,
Ed. FEB., cap. 30, p. 281
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