“Quem garante
Que o que você é
É o que o outro espera de você?
(...)
Quem garante
Que seguindo adiante eu possa enfim viver?
Sem me comparar
Sem me entristecer
Sem tentar mudar
Sem poder entender
(...)
Quem garante
Que o que você é
É o que o outro enxerga?”
Eu garanto, não sou o que o outro, ou os outros, esperam de
mim. E não sou também o que eu espero de mim. Sou só uma pessoa perdida em um
labirinto do qual não consegue sair... E nós sabemos, é esperado mais que isso
das pessoas, é esperado que tenham algum senso de direção, principalmente
quanto à própria vida, aos próprios sentimentos..
E se eu conseguir sair desse labirinto, eu garanto que não
vou partir pra uma vida diferente, não vou “enfim viver” , principalmente se
isso implica em seguir um caminho de maneira leve, sem muitos devaneios, sem
muitas paranóias, sem muitos questionamentos, pois provavelmente entrarei em um
novo labirinto . Não consigo evitar, sempre vou comparar o que eu sou com o que
eu poderia ser, caso não fosse tão fraca. Vou sempre me entristecer pela minha
fraqueza, sempre tentar mudar... E, infelizmente, não vou entender porque não
consigo nem mudar, nem me conformar. Eu devia conseguir fazer pelo menos um dos
dois.
Por fim, também garanto, não sou o que os outros enxergam.
Mas não importa... Afinal, quero ser vista
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