terça-feira, 14 de maio de 2013

COMO AQUI CHEGARAM OS NEGROS AFRICANOS



O tráfico de escravos da África para o Brasil caracterizou-se por uma cruel tragédia da história humana, só comparável à inquisição.
Nesses dois trágicos acontecimento da vida mundial, a Igreja Católica Apostólica Romana esteve sempre atuante: num caso, como cúmplice, no outro, como implacável carrasco, encobrindo, com o terror sanguinolento, uma mega rapinagem por toda a Europa.
Foram mais de 5 milhões de africanos desembarcados nas praias brasileiras durante os anos de 1525 à 1851. Os navios negreiros, também conhecidos por “tumbeiros” ou “túmulos flutuantes”, fizeram o abominável tráfico escravagista, numa cruel migração transatlântica. Em carta escrita em 1648, o Padre Antônio Vieira afirma: “Sem negros não há Pernambuco e sem Angola não há negros”.
Os escravos eram batizados no porto de origem, ao mesmo tempo em que era gravada uma cruz em cada lado do peito do infeliz, com um ferro em brasa. Lançados aos porões dos navios, alguns morreram de sede e pestilência; alguns foram atirados no mar como mercadorias deterioradas durante epidemias e o restante que sobreviveram a tantas atrocidades satisfizeram a cobiça de nossos mercados de escravos.
Navios superlotados de seres indefesos, magros, sombras cambaleantes... as afeições contraídas, seus grandes olhos parecendo que iriam saltar a qualquer momento, e, pior de tudo, suas barrigas franzidas, formando um perfeito buraco, como se elas tivessem se desenvolvido no sentido das costas.
As provisões aos escravos, para que se enquadrassem servilmente ao sórdido esquema social da época, era de “200 a 300” chicotadas com um chicote de couro de múltiplas correias. Tais chicotadas tiveram lugar nas prisões e plantações até os últimos dias de escravidão brasileira.
Pálida descrição do quadro histórico escravista patrocinado pelo Reino português e pela religião católica nos tempos da colonização perversa. Os conquistadores repartiram entre si o valioso terreno em Capitanias Hereditárias e exportaram milhões de toneladas de ouro, pedras preciosas, madeira, café, açúcar, fumo, etc., às custas do trabalho escravo.

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