segunda-feira, 20 de maio de 2013

Congresso Nacional de Umbanda


A proposta em relação a um Congresso sempre se fez importante no tocante a assuntos de alta relevância para a religião. Porém é hora de realizarmos um trabalho voltado a normatizações, o que não quer dizer codificação, temos que ter um posicionamento único em relação a própria religião. É necessário que haja o comprometimento de todos para realizarmos uma plataforma de compreensão dentro do conceito religioso. Para isto segue abaixo uma proposta inicial para ser discutida e melhorada através de todos os que estarão participando. O Congresso Nacional de Umbanda, que será realizado em 2014, proposto pelo MPU segue respeitando todas as vertentes e linhas de estudo, sendo assim não segrega ou discrimina nenhum tipo de opinião que não seja para enaltecer o meio.  Não será colocado em pauta nenhum assunto de cunho litúrgico ou que faça parte de qualquer ritual, entende-se assim que existe dentro da religião colocações que servem a todos, estas devem ser enaltecidas por todos como fonte básica onde parte a própria religião. Propõe-se uma “Carta Magna de Umbanda” e através desta, todos poderão assinar dando uma referencia única. Esta referencia respeita os ditames da sublime forma de interpretação da base religiosa, podendo ser um documento Nacional onde através dele podemos nos diferenciar de trabalhos que não condizem com a realidade da Umbanda.

Sabemos que muitos que não comungam de nossa fé e acabam por interpretá-la de maneira errônea, dando conotações equivocadas que influenciam a opinião pública e a mídia. A partir do momento que realizarmos este trabalho, estaremos protegendo nosso conceito básico, dando força a todas as casas que professam a fé religiosa de Umbanda.  Através desta Carta Magna de Umbanda podemos cobrar de órgãos governamentais e não governamentais, que respeitem os direitos existentes na Constituição Brasileira colocando este documento como referencia de interpretação de nossa religião.


O trabalho foi apresentado em reunião dia 14 de Abril na Rua Brigadeiro Jordão, 297 Ipiranga a partir das 9h00 da manhã. Cada órgão federativo, representado pelos seus diretores, sacerdotes e lideranças se empenharam na ajuda em relação à trazer propostas para o Congresso Nacional de Umbanda, a direção foi do MPU todos unidos com  responsabilidade pela Umbanda.

O Congresso tem por finalidade agregar todas as vertentes, escolas, federações, templos, escritores, pensadores, imprensa, filósofos, doutores que estão inseridos na religião de Umbanda com a finalidade de atingir a opinião pública sobre o que é Umbanda, sua cultura social, política e religiosa. Temos a responsabilidade de fundamentar um pensamento único em relação a alguns pontos específicos.  Estes pontos são aspectos claros existentes em qualquer vertente da Religião de Umbanda e passam a ser uma forma de normatizar uma base. A normatização nada mais é do que uma forma de trazer  a unidade, coerente e inteligente para difundirmos a nossa religião respeitando a liturgia e os estudos aplicados em cada vertente.

O lançamento oficial do Congresso Nacional de Umbanda será na Câmara dos Vereadores de São Paulo dia 17 de Agosto a partir das 13h00 onde iniciaremos o cadastro das autoridades e posteriormente a leitura das propostas já apresentadas. neste dia será assinado o primeiro documento oficializando a realização do Congresso.



*TEMA CENTRAL - Aceitar uma “Carta Magna de Umbanda”
Proposta de Carta Magna de Umbanda "pré aprovada"!

Reuniões ainda acontecerão em outros Estados do País para que haja participação de todos!


Carta Magna de Umbanda
Abaixo segue os princípios fundadores da Umbanda
  A Umbanda é religião e tem em seus fundamentos  a base na crença em um Único Deus,  e sua estrutura se estende através do panteão de forças que cremos em nossa liturgia, os Orixás.
Acreditamos nos espíritos da Umbanda com suas linhas e sublinhas, onde os denominamos de guias espirituais.
Dando por verdade que a religião teve as influências das filosofias Indígena, Africana, Kardecista e Católica.
Cremos em Oxalá - Jesus Cristo e seguimos seus ensinamentos.
Possui sacramentos e ritos próprios de batismo, casamento e fúnebre.
A Umbanda é uma religião de culto a natureza através dos Orixás, sendo assim é uma religião ecológica. Seus ritos são realizados através de orações, que podem ser cantadas, ritmadas com a utilização de instrumentos musicais.
Todos estes aspectos dentro da religião de Umbanda se sustentam como fonte de atuação através da prática caritativa, assistencialista e religiosa aos que a ela recorrem.
 A Umbanda atua na elevação e educação religiosa praticando trabalhos que visam a evolução do ser humano.
Entende-se que a religião de Umbanda, respeitando suas influências, é genuinamente brasileira, com duas características em sua origem:
Primeira - que ela é milenar em suas atribuições espirituais em relação a manifestações.
Segunda – que se iniciou através do Médium Zélio Fernandino de Moraes, em 15 de Novembro de 1908, em Neves, Niterói, através do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
A Umbanda se pratica por meio da doação pessoal, onde os médiuns de forma voluntária atuam na ajuda mutua, visando a Caridade. Possuem compromisso, onde a responsabilidade é o alicerce ético na prática religiosa. 


Segunda Parte do documento "Carta Magna de Umbanda"

Doação - A Umbanda tem no voluntariado a forma de crescimento natural da religião, onde a participação se faz fundamental.
Caridade – A ação caritativa é uma das formas da elevação do espírito.  Fora da caridade não existe evolução.
Compromisso - A Umbanda tem no médium compromissado com o bem, com a verdade, com a lealdade, com a caridade, com a entrega pessoal, com o respeito, a essência do verdadeiro religioso como forma de evolução.
Prosperidade – A Umbanda defende que todo seguidor da religião deve ser prospero. A prosperidade se da pelo esforço constante do conhecimento e trabalho individual.

Racismo – A Umbanda é uma religião brasileira e assim como seu povo que é miscigenado. A Umbanda é o exemplo inter-racial e responde por ela mesma, não existindo qualquer forma de preconceito.
Homossexualidade – Na Umbanda todo ser humano é visto como irmão (a) espiritual, sendo aceita qualquer orientação sexual.  Assim abominamos qualquer tipo de discriminação e preconceito.
Drogas – Todos que recorrem aos vários Templos de Umbanda encontrarão o lado assistencialista. O dependente químico deve ser tratado sem aspectos preconceituosos, tendo total assistência por parte da religião de Umbanda. A Umbanda respeita a vontade do individuo em buscar e aceitar o tratamento espiritual.
Eutanásia/Suicídio – A Umbanda, por valorar a vida, nos aspectos terreno e espiritual, entende que só o Criador tem o direito a tirar uma vida. Tais práticas são abominadas pela religião de Umbanda.
Aborto – Entende-se que a partir da concepção já existe vida, um espírito que anseia por sua evolução. A Umbanda é contra a prática do aborto; porém, quando existe o risco de morte da mãe, o arbítrio deve ser dela.
Violência doméstica – A Umbanda condena qualquer forma de violência doméstica, atendendo aos parâmetros da legislação vigente com destaque para:  Estatutos do Idoso e da Criança e do Adolescente, Leis de proteção à mulher e a Carta das Nações Unidas (ONU), onde os direitos da pessoa humana devem ser preservados, combatendo qualquer tipo de violência doméstica.
O papel da mulher na sociedade – A Umbanda defende o direito de igualdade, onde a mulher deve ocupar qualquer posição com o mesmo tratamento.
Pedofilia/Maus tratos – A Umbanda condena qualquer forma de ato que atente contra a criança e o adolescente, em especial os casos de pedofilia e maus tratos, e defende que as Leis já estabelecidas devam ser aplicadas.
Posicionamento e ética em relação à Umbanda e outras religiões – A Umbanda traz em si a base religiosa que deve ser respeitada. Amar, respeitar, não julgar, não caluniar, atuar sempre com verdade, na base do bem, da educação e da elevação. O posicionamento ético em qualquer religião deve se basear em tais atributos, manifestado pelo verdadeiro religioso de Umbanda. Sobre a questão inter-religiosa a Umbanda respeita todas as religiões e busca o Estado Laico, não discriminando nenhum tipo de manifestação religiosa que vise o respeito e evolução do ser humano.
Sobre os médiuns e assistidos –  Os médiuns e assistidos em geral são vistos como religiosos e devem agir como tal, acreditando em Deus, nos Orixás e guias espirituais, possuir os atributos da Fé, amar seu semelhante, não julgar, jamais caluniar, ser um pacificador, estar a serviço do bem e jamais utilizar o seu conhecimento de forma torpe. Estes atributos são posicionamentos éticos para todos que comungam da Fé de Umbanda.
Candidatos à política na Umbanda. A Umbanda exige que todo candidato que se apresente dentro da religião, concorde, se comprometa e assine documento público com o compromisso de seguir a “Carta Magna de Umbanda”, que deverá ser exposta em seu próprio site, blog e em suas redes sociais.
Ensino religioso – A Umbanda defende o ensino religioso nas escolas de forma ecumênica, porém, enfatiza a inclusão da Carta Magna de Umbanda como fonte didática e a música umbandista como forma de inclusão social.

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