sábado, 14 de julho de 2012

O CAMINHO DO MÉDIUM DE UMBANDA


O que acontece com uma pessoa que, descobrindo sua
mediunidade, recorre a um grupo Umbandista, supondo que tanto o
primeiro quanto o próprio grupo, sejam sérios e busquem a verdadeira
evolução espiritual por esse caminho?
Na maioria das vezes esse médium toma conhecimento de que
terá que freqüentar as giras, ir “dando cabeça” para suas entidades e, a
partir daí, quando elas forem se firmando, terá de fazer certos
trabalhos e firmezas para que elas cheguem cada vez mais
positivamente. Alguns, em casos de Umbandomblés, costumam ir
logo dando “obis” ou fazendo borís para “firmar o santo na cabeça” do
iniciante. Outros ainda, colocam o médium para rodar e rodar que nem
carrapetas no meio do terreiro para forçarem a entrada desta ou
daquela entidade – se o médium cai e se machuca, dizem estar
apanhando da entidade .... será?
Vamos aprender um pouquinho mais sobre esse negócio a que
chamamos MEDIUNIDADE.
Já vimos que, em síntese, a mediunidade é aquela capacidade
do ser encarnado se comunicar com planos espirituais ou dimensionais
diferentes daquele onde ele habita. Sabemos também que há uma série
de “capacidades mediúnicas” que podem ser reconhecidas no ser
encarnado. Dentre elas encontramos a de incorporação, a
clariaudiência, a clarividência, a psicografia ... e uma série de outras
capacidades que não nos interessa no momento. O que é importante e
que deve ser mesmo do conhecimento de todos é que cada uma delas
está presente nos seres encarnados em maior ou menor grau, inclusive
podendo-se ter mais desenvolvida uma capacidade que outra – como
exemplo citamos os casos de médiuns exclusivamente de incorporação
ou os voltados, também exclusivamente à psicografia.
O que não se estuda, e ensina (a não ser em muito poucos
casos) é que essa mediunidade está diretamente ligada ao
funcionamento das chamadas “RODAS” ou “CHAKRAS” que a nossa
AURA apresenta aos olhos de quem pode ver.


Já falamos sucintamente sobre Chakras no volume
anterior. Nesse iremos um pouco mais a fundo, de vez que a
compreensão sobre o funcionamento dessas RODAS, que na verdade
são VÓRTICES de entrada e saída de energias é de extrema
necessidade para quem lida com o Mundo Astral.
Para quem já viu ou leu sobre, aprendeu que os Chakras são
vórtices energéticos.
Mas o que é isso de vórtices?
Vórtices são como cones de energia em formato de aspirais
que, ora estão no sentido de absorção, ora no sentido de expulsão. São
como que pequenos tornados que têm como raiz os plexos nervosos
do corpo físico. Daí podermos imediatamente afirmar que nossos
plexos nervosos são antenas por onde as energias entram e saem e, por
conseqüência, nosso sistema nervoso é a primeira parte do físico que
é atuada por essas energias.
Existe um sem número de plexos e, por conseqüência, vórtices
ou Chakras mas, como a literatura se prende mais aos principais,
vamos nos ater também a eles para uma explicação mais profunda
sobre como funciona essa tal de mediunidade.
Comecemos pelo CHAKRA FUNDAMENTAL que se situa
sobre o plexo sacro, mais ou menos na altura dos genitais (entre o ânus
e os genitais) . Por esse plexo ou Chakra, se desprotegido, podem se
ligar obsessores de vibração sexual extraindo energia das gônadas e
ovários. Vítimas de obsessão através desse plexo podem se tornar
insaciáveis sexualmente ou inversamente, no caso de haver excessiva
perda energética por aí, sem falar de doenças que se materializam pelo
esgotamento ou mesmo bloqueio energético provocado por ações
exteriores.
Pelo lado positivo do uso desse Chakra, podemos identificar
parte da incorporação de Pretos Velhos, Exus e, Omulus.
Normalmente entidades que dobram o corpo físico do médium ao
chegarem.
Deixa eu fazer um adendo aqui, porque em se tratando de
incorporação, a entidade não atua em somente um Chakra, mas em vários e de formas e intensidades diferentes. Por isso não vá se
apressando em achar que a incorporação de um Preto Velho se faz da
mesma forma que a de um Exu, só porque ele atua no Chakra
fundamental, ok?
Acima deste e na altura do baço (órgão responsável pelo
armazenamento de glóbulos vermelhos do sangue), encontramos o
CHAKRA ESPLÊNICO. Esse Chakra também é usado por entidades
do Astral Inferior que, se ligando aí, podem extrair vitalidade do ser
encarnado. De uma forma geral, o “vampiro” se coloca por trás porque
esse Chakra gira absorvendo energias de fora, pela frente e para
dentro do corpo, possibilitando-o a absorvê-la pelas costas do ser.
A função desse Chakra seria a de difundir a energia absorvida
(do sol, principalmente) .
Mais acima um pouco, na altura do Plexo Solar que fica logo
acima do umbigo, encontramos o chamado CHAKRA UMBILICAL
Esse Chakra está diretamente relacionado com as emoções de índoles
diversas. Tanto é assim que, em casos como sustos muito fortes,
sentimos a pressão no que chamamos “boca do estômago” provocando
às vezes, até mesmo evacuações e micções fora de hora. Por esse
Chakra, se desguarnecido, se operam as ligações de espíritos
sofredores e certos obsessores, provocando emoções descontroladas
como ciúmes, medos, tristezas, etc. Por atuação nesse Chakra o
encarnado pode até sentir todas as dores que acompanham o
desencarnado que está por perto, às vezes achando que essas sensações
são dele mesmo. É importantíssimo que esse Chakra esteja equilibrado
para que o médium não sofra esse tipo de influência e, ao contrário, se
dele se aproximarem entidades descontroladas emocionalmente, sejam
elas induzidas ao equilíbrio pelo contato.
Médiuns espontâneos, ou seja, aqueles que tiveram sua
mediunidade aflorada sem que para isso passassem por qualquer
treinamento ou ritual, podem correr sério risco, caso não aprendam a
controlar as emanações que transitam por esse Chakra, pois, como se
pode deduzir, poderiam levá-los até mesmo à loucura.

O desenvolvimento mediúnico tem que dar bastante atenção ao
funcionamento desse Chakra e suas relações com as entidades que
acompanham o médium.
Mais acima um pouco encontramos o CHAKRA CARDÍACO
que tem assentamento sobre o Plexo cardíaco e. por conseqüência,
sobre o coração. Tem a função de “governar” o sistema circulatório e
está diretamente ligado aos sentimentos (diferentes de emoções). Por
aí costumam se ligar os espíritos na categoria de GUIAS ou
MENTORES. Quando espíritos evoluídos conseguem se ligar ao
corpo do encarnado pelo Chakra cardíaco, a sensação que este sente
costuma ser de bem-estar e muita paz interior. Diferentemente do que
acontece quando um involuído que se liga mais pelo Chakra umbilical.
Esse Chakra é o que vibra quando sentimos empatia, amor
fraternal, piedade ou compaixão. Mas é muito importante que ele não
seja atuado pelo Chakra umbilical porque, se assim for, o sentimento
poderá virar emoção e atrapalhar trabalhos que possam ser feitos.
Deixa eu ver se me torno ainda mais claro.
Numa sessão de passes magnéticos, por exemplo, onde o
médium deve transmitir energia para alguém necessitado, ele deverá
estar com seu Chakra cardíaco atuante para que as vibrações de Guias
e Mentores possam fluir por ele. Se no entanto, ele se deixar levar
pelo problema da pessoa necessitada (em outras palavras: se
envolver emocionalmente com), poderá ativar o Chakra umbilical e,
em conseqüência, ter seu emocional ativado. Quando o emocional é
ativado, o médium corre o risco de se ligar diretamente com o
emocional da pessoa que está sendo atendida e, por isso, acabar
absorvendo dela, energias e até mesmo encostos que a acompanhem.
Deu para entender? Já dá para entender alguma coisa sobre o
porque de alguns médiuns acabarem passando mal depois de
certas giras?
Parece que o Chakra cardíaco está também diretamente ligado à
mediunidade de efeitos físicos por atuar na corrente sangüínea e
produzir, com isto, maior quantidade de plasma (ectoplasma). Isso é o
que diz a literatura existente mas, de minha parte, embora aceite uma certa influência deste Chakra nos efeitos físicos, acredito que os
Chakras inferiores têm muito mais a ver com isso, até porque
trabalham com energias bem mais próximas do que chamamos de
matéria e, dessa forma, poderiam exteriorizar essas energias sob a
forma de ectoplasma que, na verdade, é uma emanação proveniente da
condensação energética do espírito, somada ao desdobramento de
energias existentes no corpo físico do médium que, em certos casos,
chega até mesmo a ter partes de seus corpos físicos
desmaterializadas durante o efeito.
Na altura da garganta, mais ou menos da glândula tireóide,
encontramos o CHAKRA LARÍNGEO, responsável pela emissão de
voz e pelo controle de certas glândulas endócrinas do corpo físico,
cuja disfunção é, às vezes, atribuída à tireóide quando na verdade é o
mal desenvolvimento ou super desenvolvimento do Chakra laríngeo o
responsável.
Por esse Chakra se ligam espíritos que dão mensagens
psicofônicas (controlam a fala do médium) na chamada incorporação
integral. Nesses casos o espírito é capaz de modificar totalmente a voz
do médium assemelhando-a à sua própria e também reproduzir
sotaques e línguas estrangeiras desconhecidas pelo médium
(xenoglossia).
Controla também o “passe de sopro” tão usado pelos Pretos
Velhos quando nos dão aquelas baforadas de seus cachimbos .... ah,
você não sabia que aquilo era um passe?
Você pode nem saber, mas esse é um dos Chakras que podem
ser atuados diretamente, sem que haja incorporação. Nesse caso o
médium se vê obrigado a falar coisas das quais ele mesmo não
entende, quase que obrigado pela entidade que se encosta por trás.
Já aconteceu com você? E você nem sabia que isso era
possível? Pois é!
Situado entre os olhos, mais especificamente entre as
sobrancelhas e responsável pela clarividência, está o CHAKRA
FRONTAL. Comanda a visão no plano físico e a visão além do
alcance normal, no plano imaterial. Através dele o médium pode identificar entidades desencarnadas, elementais naturais e artificiais e
até mesmo alcançar a visualização de lugares e acontecimentos longe
do lugar onde está. Mas além da vidência, este Chakra também é
responsável pela clariaudiência, através do que, o médium pode
escutar sons provenientes de outros planos. Além disso, esse Chakra é
responsável pela clareza de raciocínio e percepção intelectual. Pela
força mental o encarnado poderá enviar através desse Chakra, energias
positivas e/ou negativas para outras pessoas, com a conseqüência do
que escolher, é claro. Na utilização negativa, mesmo que inconsciente
desse Chakra, está o que costumamos chamar de “olho grande”, “olho
gordo”...
No alto da cabeça, assentado sobre a glândula PINEAL,
encontramos o CHAKRA CORONÁRIO. Este é o Chakra mais
procurado pelos “pais no santo” para a feitura dos filhos. Por que?
É através desse Chakra que recebemos o que chamaríamos a
LUZ do ALTO. Porque você acha que os sacerdotes, mesmo católicos
raspavam o alto da cabeça?
O Chakra coronário, assentado sobre a glândula pineal, é o
sintonizador das ondas do plano mental recebidas por telepatia, quer
provenham elas de fora, de espíritos desencarnados e até mesmo
encarnados. Funciona como uma antena para vibrações superiores,
normalmente pondo-nos em contato mental com elas, o que não quer
dizer que, sendo mal trabalhado, não nos coloque em sintonia com
baixas vibrações e entidades.
Fazer a coroa, como costuma ser dito nos terreiros, é, na
verdade, sintonizar essa antena com o padrão vibratório do orixá (luz
da cabeça) que deve reger o iniciante. Crê-se que, depois dessa
sintonização o médium passe a receber a influência do orixá, mais
diretamente e sem interferências de outros. Mais ou menos como se
você sintonizasse bem seu radinho e ele passasse a receber melhor a
estação que você pretende.
Percebe agora o perigo de uma sintonização ou coroação
errada? De uma coroação feita às pressas?. O que acontece quando você sintoniza bem uma emissora e se fixa nela? Claro ! As outras
deixam de entrar ! E se a sua emissora real não for a sintonizada ?
Agora veja bem: O que não é trabalhado normalmente, nas
‘feituras” e “coroações”, são os outros Chakras principais que, como
já vimos, sofrem influência de diferentes modos, tanto de energias
circundantes, como de entidades, sejam elas positivas ou não.
Então veja bem esse exemplo na matéria: Você já escutou um
radinho que, embora bem sintonizado na estação, apresenta um ruído
contínuo que parece um motor de lancha? Pois é. Isso costuma ser
influência da fonte de alimentação. Um radinho assim, mesmo que
tenha sua antena e seus circuitos sintonizadores bem calibrados, vai
lhe mostrar todas as estações cheias de ruídos. Se considerarmos
que a fonte de alimentação é parte integrante do funcionamento do
rádio, assim como os outros Chakras o são de nosso corpo Material e
Astral, veremos que, mesmo com o Chakra coronário bem sintonizado
o médium pode ficar à mercê de outras interferências vindas por
outros Chakras que não tenham sido sintonizados. Deu para entender?
Uma “feitura” ou “coroação” correta tem, obrigatoriamente,
que atuar em todos os Chakras principais. De outro modo seria fazer
um bonito telhado sobre uma casa apodrecida.
Releia sobre a função básica de cada Chakra e avalie por si os
danos que poderiam advir de Chakras desequilibrados em médiuns
que se arvoram em participar de trabalhos de atendimento e
principalmente de demanda.


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