terça-feira, 15 de outubro de 2013

UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE A LINHA DOS CANGACEIROS

cangaco
Aranauam (Ara=Luz nauam=Paz) a todos.
Antes de mais nada, gostaria de especificar aqui às pessoas que durante três anos de meu desenvolvimento, a minha madrinha tinha uma formação umbandista oriunda das terras nordestinas, então muitas linhas que não eram ou ainda não são conhecidas aqui em São Paulo, ela cultuava em seu centro, uma delas era a linha de cangaceiros…
Eu em minha limitada ignorância me pergunto: Por que cultuar uma linha de espíritos que em sua gigantesca maioria foram nocivos, seguiam suas próprias e ignorantes Leis e acima de tudo, matavam em nome de uma Lei que dentro de um contexto intelectual não existia?
Ainda me pergunto, cultuar o espírito de Lampeão, foi um dos maiores assassinos do sertão nordestino, um homem que aparava crianças no facão, onde tinha como comparsas, Corisco, Colchete e o Diabo Loiro, que foi em minha opinião, através de estudos antropológicos, uma tríade infernal.
Baseado em meus argumentos, criei algumas teorias que gostaria que me ajudassem a refletir:
a) Será que foi um modo que O Inquiestionável e Onisciente Pai encontrou para que através da vida miserável que levaram e a forma que encaravam a sua própria justiça pudessem ensinar àqueles que teriam tendências a trilhas um mesmo caminho?
b) Será que a história está errada e exumou esses pobres homens, justiceiros do Cangaço?
c) Ou será que justamente pelo grande números de pessoas que adentram nos terreiros, pelo grande número de sacerdotes despreparados que presidem seus terreiros, deram espaço a espíritos inferiores e ignorantes que vagam em nosso orbe?
Pelos três anos que presenciei nos trabalhos realizados na minha madrinha, de fato não presenciei nenhuma caridade prestada por esses espíritos que ali trabalhavam, só os via beber, falar uma série de coisas que em meu modo de ver eram extremamente infundadas e enfim, o resultado dos trabalhos eram sempre nulos. Para que dar passagem a essas entidades?
Alguns podem questionar se o próprio terreiro trabalhava assim, digo com veêmencia que todas as entidades sempre prestavam “serviços” sejam de cura, de conselhos ou de desmanche, mas particularmente essa linha, que era evocada uma vez por trimestre, não se faziam nada, alguns confesso, eram engraçados, traziam sim alegria na casa, mas… Resultados? Nenhum.
Bom, para as pessoas que me conhecem bastante, sabem que sou contra o culto de algumas linhas que abriram na egrégora umbandista, assim como linha de malandros que comentarei posteriormente, acho complicado.
Quero esmiuçar em pormenores qual conclusão eu cheguei mediante as perguntas que relacionei acima, começando pela pergunta “a”:
- A Umbanda, segundo o nosso grande mestre Sete Encruzilhadas, não veio para julgar acima de tudo as atitudes cometidas na Terra, não veio para os doutores, não veio para as altas classes sociais, e aceitariam espíritos de negros, índios e outras raças que sofreram segregação no decorrer dos séculos. Pensando desse modo, para que julgar espíritos que cometeram vários equívocos em sua limitada ignorância e obtiveram uma chance de reaver seus débitos praticando o bem e a caridade através da Egrégora da Grande Mãe que é a Umbanda? Todas as pessoas tem muito potencial para mudança, a energia de Oxumaré e Omulu é presente em cada ser desse orbe, e aquele que julga pelo passado, em meu modo de ver, está condenando o próprio futuro, por fim, quem sabe não são homens que aceitaram seus erros e viram na Umbanda sua esperança de evolução, seu incentivo para galgar os degraus da evolução? Quem somos nós mediums para separarmos e julgarmos tais espíritos que necessitam de nosso ectoplasma para dar continuidade aos serviços prestados por Jesus? É algo para se pensar, não?
 
b) Através de Estudos e pesquisas realizados por mim e por historiadores muito mais competentes que eu, verifiquei que a veracidade da grande maioria dos boatos e informações que foram conservadas até os dias hodiernos, é correta e irrefutável, portanto, descartaremos essa hipótese.
c) Isso é algo que realmente temos que nos atentar, não sou um medium que se possa chamar de exímio clarividente, mas em minha limitada visão já avistei espíritos que davam o nome de Corisco ou até mesmo Lampeão que eram na verdade, alguns quiumbas ou espíritos carregados de plasma cinzento ou roxeado, espíritos de baixo padrão vibratório que se plasmavam como verdadeiros cangaceiros dentro do centro, é óbvio que isso não ocorre apenas com cangaceiros, às vezes temos médiuns que incorporam “caboclos” quando na verdade, são eguns que se utilizam daquela energia para alimentarem seus vícios que não morreram junto com sua carne, mas acho muito pouco provável que seja um axioma dentro do contexto da linha dos Cangaceiros, mas que existem eguns e quiumbas se passando por diversos personagens existem, uma vez me consultei com “PAdinho Ciço” ou o Padre Cícero muito conhecido por todos, mas isso é um outro assunto que será comentado em posts posteriores, é claro.
Então, caros leitores, ainda prefiro contar sim com a opinião A, mas como é uma breve opinião, aguardo novos comentários através do blog ou do meu próprio email, quem sabe juntos não chegamos a um denominador comum mais satisfatório?
Namastê (O Meus Deus está em você e o Seu está em Mim)
Neófito da Luz

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