quinta-feira, 24 de maio de 2012

CONVITE INADIÁVEL


Um dia, quando entrei nesta casa, há algum tempo, tive a impressão que penetrava num núcleo de luz. E não errei. Aqui edifiquei os meus conhecimentos espíritas e posterguei com isso algumas armadilhas que haviam sido preparadas por mim.
Agora, com outros olhos, imagino o que dizer nestas linhas. Fiz pouco. Talvez seja esse o depoimento que posso deixar neste momento.
A Casa de Djalma, como é carinhosamente chamada pelos seus membros e visitantes, abriga um conjunto de vontades do plano espiritual. Não que seja uma casa melhor do que outras, mas, sob a égide de seu patrono, buscamos aqui concentrar um foco de irradiações de luz para o movimento espírita do Estado.
Fiz pouco, repito. Do lado de cá, vislumbro o quão somos pequenos durante a encarnação no afã de preservar interesses e conveniências. Fiz pouco, repito. Porque os meus interesses, muitas vezes, ligavam-se aos interesses menores de grupos minoritários que insistiam em irradiar as luzes do Espiritismo exclusivamente. Fizemos pouco, muito pouco. Caímos em erros desnecessários quando bebíamos do sorvedouro de conhecimentos que não podem ser desperdiçados.
Peço vênia, neste instante, para dizer que o nosso compromisso se redobra do lado de cá. Incautos somos todos nós quando bebemos a luz e ela não conseguimos saciar a nossa sede d' alma.
Fizemos pouco e estamos aqui para dizer em alto e bom som para que outros irmãos, alguns contemporâneos meus inclusive, não voltem a repetir o que fiz.
O tempo de amor que se proclama não deve ser unicamente da boca para fora. Deve ser muito mais do que isso, irmãos de crença. A verdade inexorável de nossas vidas é o amor e não há outro caminho. Quando será que entenderemos isso, finalmente?
Isto é inadiável. Quero levantar a voz para alertar quantos “egoísmos” e “orgulhos” predominam ainda na nossa seara.
Despertem, irmãos, para estes novos tempos que chegam. Digam aos seus pares na Casa Espírita que uma nova era bate às portas e que não devemos ficar fora dela. Incluam em suas reflexões doutrinárias como a Casa pode construir o amor coletivamente entre seus membros.
Somos todos convocados a participar desta nova era. Abram os olhos da alma para o novo entendimento das coisas do Espírito.
Clamem aos quatro cantos onde forem. Falem para os amigos. Debatam com os irmãos do caminho. Criem grupos de reflexões. Ganhem com o jogo combativo do debate alteritário. Busquem fazer a sua parte, irmãos. Este novo tempo já começou e você o que está fazendo ou fará?
Abram os olhos para os novos tempos. Tempos de união. Tempos de amor. Somos todos convidados e não podemos deixar passar esta oportunidade única para as nossas vidas.
Somos trabalhadores da última hora. Somos trabalhadores do agora. Eis o convite inadiável. Eis a chance que tanto pedimos para redimir os nossos “pecados” de ontem.
Amigos e irmãos em Cristo, juntem-se a nós. Façamos juntos esta nova era.
Lírio Ferreira
Texto recebido por Carlos Pereira durante o lançamento do Movimento Atitude de Amor, em 24 de julho de 2004, no GE Djalma Farias. 

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